Economia

COMPORTAMENTO DE PREÇOS

Gasolina cai pela metade nas refinarias, mas só 5% nos postos

Combustível sai da refinaria a R$ 0,91 e chega custando até R$ 4,15 nas bombas

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Desde o início do ano, a Petrobras já anunciou mais de 11 quedas nos preços dos combustíveis. As reduções são impactos da desaceleração da economia no mercado internacional e consequente desvalorização do petróleo em razão da pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19. O preço médio da gasolina praticado pelas refinarias caiu 52,3% no ano. A queda de preço nos postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul foi de quase 5%.

O litro da gasolina é vendido nas refinarias a R$ 0,91, o menor preço praticado pela Petrobras desde 2004, conforme informado pela estatal ao Correio do Estado. Em janeiro, o litro era comercializado a R$ 1,90. A formação do preço final, porém, depende de fatores como consumo, estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e a mistura de biocombustíveis. As refinarias comercializam a gasolina pura; depois, é realizada a mistura de 73% de gasolina com 27% de etanol para formar o combustível que chega ao consumidor.

Neste intervalo, também houve alteração na tributação. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) teve as alíquotas alteradas: a da gasolina subiu de 25% para 30% e a do etanol caiu de 25% para 20%. Ainda sobre a questão tributária, a base de cálculo do combustível, também conhecida como preço médio ponderado e que serve de parâmetro para aplicação das alíquotas vigentes, demora um mês para ser aplicada, e o consumidor sempre acaba pagando impostos sobre o preço médio do mês anterior.

PEQUENA QUEDA

Quando comparado com os preços que eram praticados em janeiro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta uma leve queda no preço dos combustíveis no Estado: 4,81%. Já nas refinarias, ela é de mais de 50%. Em janeiro, o litro da gasolina era comercializado a R$ 4,36 em MS, enquanto em abril a média foi de R$ 4,15.

No primeiro mês do ano, o combustível saía da refinaria a R$ 1,90, a revendedora comercializava a R$ 4,00 e, por fim, o consumidor pagava R$ 4,36. Já em abril, o litro da gasolina é vendido a R$ 0,91 nas refinarias, R$ 3,70 pelas distribuidoras e por R$ 4,15 para o consumidor.

O preço médio do diesel da Petrobras para as distribuidoras foi de R$ 1,30 por litro em abril. Esse foi o menor preço praticado pela Petrobras desde 2012. No acumulado do ano, a redução foi de 44,1%.

Nos postos, conforme os dados na ANP, a queda no preço do diesel foi de 11%. Em janeiro, o litro do combustível era vendido a R$ 3,84 e passou a R$ 3,42 em abril. Nas distribuidoras o preço passou de R$ 3,42 para R$ 2,85 nos mesmos meses.

Levantamento da ANP aponta ainda que o etanol apresentou queda de 10,41%. O litro do biocombustível era comercializado a R$ 3,65 em janeiro; em abril, passou a média de R$ 3,27. Nas distribuidoras o combustível saiu de R$ 3,30 e chegou a R$ 2,85.

REDUÇÃO

A nova base de cálculo para o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) começou a valer na sexta-feira. A expectativa do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos (Sinpetro-MS) é a de que, nas bombas, a mudança na pauta fiscal represente uma queda de R$ 0,09 no preço da gasolina.

A pauta fiscal do Estado ainda aponta queda de R$ 0,02 no preço do diesel e de R$ 0,07 no do etanol. De acordo com o diretor do Sinpetro, Edson Lazarotto, apesar da projeção, é preciso aguardar o comportamento do mercado para determinar novas quedas nos preços dos combustíveis.

“Temos de aguardar como o mercado de petróleo internacional se posicionará nas primeiras semanas de maio. A queda de preços está muito instável no mercado internacional, ora o petróleo caindo, no dia seguinte o dólar continua alto. E os dois são itens que definem os preços praticados pela Petrobras. Cremos que haverá uma estabilidade de preços neste início de mês”, considerou.

Os representantes dos postos chegaram a declarar queda de 40% no consumo de combustíveis em Mato Grosso do Sul por conta da pandemia. “As vendas tiverem uma ligeira subida de volume em razão da liberação de alguns setores do comércio, mas ainda está muito fraca a recuperação”, disse Lazarotto.

CAPITAL

Apesar de os dados da ANP mostrarem pequena diferença porcentual no preço médio dos combustíveis, pesquisa realizada pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS) em Campo Grande aponta queda de até 17%.

Em fevereiro, conforme o levantamento, o litro do etanol era comercializado a uma média de R$ 3,52. Em abril, o litro do combustível foi comercializado a R$ 3,00, queda de 17,25%.

A pesquisa aponta ainda que a gasolina comum apresentou queda de 12,35% no comparativo dos bimestres. O preço do litro saiu de R$ 4,43 no segundo mês do ano para R$ 3,95 em abril.

O litro do diesel S500 reduziu 12,89%: em fevereiro o litro era vendido a R$ 3,69 e passou a R$ 3,27 em abril. Enquanto o diesel S10 saiu de R$ 3,79 para R$ 3,37, queda de 12,43%.

O levantamento do Procon foi realizado em 122 postos de combustíveis em Campo Grande no período de 13 a 21 de fevereiro. E em 137 estabelecimentos no período entre 15 e 28 de abril.

NEGATIVADOS

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

Além do alto número de consumidores com contas em atraso, os CNPJs também alcançam patamar recorde

23/12/2025 08h40

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS Gerson Oliveira

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O avanço da inadimplência entre as empresas de Mato Grosso do Sul atingiu em outubro o recorde de 119,8 mil companhias. Trata-se do maior número de CNPJs negativados desde o início da série histórica do indicador da Serasa Experian. Além das empresas, o número de consumidores também atingiu recorde com 1,234 milhão de pessoas físicas.

Ainda conforme o levantamento, juntos, os negócios somaram R$ 2,9 bilhões em dívidas inadimplidas. As empresas inadimplentes acumulam dívida média de R$ 25.795,72 por CNPJ, com cerca de oito contas em atraso. O ticket médio, ou seja, o valor médio por débito é de R$ 3.256,71.

“O número recorde de empresas inadimplentes reforça os sinais de fragilidade financeira no setor corporativo. A desaceleração na concessão de crédito tem limitado a capacidade das empresas de renegociar dívidas e reorganizar suas obrigações financeiras, aumentando a pressão sobre o caixa. O esfriamento da atividade econômica reduz a geração de receita, criando um cenário desafiador para a manutenção da liquidez e para a sustentabilidade das operações, especialmente entre micro e pequenas empresas”, avalia a economista da datatech, Camila Abdelmalack.

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

No cenário nacional, o número atingiu recorde de 8,7 milhões de empresas. Juntos, os negócios somaram R$ 204,8 bilhões em dívidas. Ainda segundo os dados, a dívida média das companhias em outubro deste ano foi de R$ 23.658,74. Cada negócio inadimplente acumulou, em média, 7,1 contas em atraso, entre as quais o ticket médio por compromisso vencido foi de R$ 3.329,5.

Do total de empresas inadimplidas em outubro, 54,9% eram do setor de serviços, 33% do comércio, enquanto 8% pertenciam à indústria. Já em relação aos setores das dívidas negativadas no período, o maior volume de negativações ficou em serviços (32,2%), seguido por bancos e cartões (19,3%).

Do total de 8,7 milhões de companhias inadimplentes em outubro deste ano, a maioria eram micro, pequenas e médias empresas (8,2 milhões), ainda segundo o indicador da datatech. Juntas, concentraram o volume de 56,8 milhões de dívidas negativadas que somaram R$ 184,6 bilhões em contas inadimplidas.

“As micro, pequenas e médias empresas sentem mais rapidamente os impactos dos juros altos e das incertezas do cenário internacional. Em um ambiente movediço, as maiores têm mais estrutura para honrar as suas dívidas, mesmo com o giro de capital impactado pela retração diante dos desafios atuais do cenário econômico brasileiro”, esclarece Camila.

CONSUMIDORES

O endividamento do consumidor sul-mato-grossense também atingiu o nível mais alto da série histórica e já compromete mais da metade da população adulta. Segundo os dados de outubro, o Estado soma 1.234.934 moradores com o nome negativado, o equivalente a 57,2% da população. Juntos, eles acumulam 5,42 milhões de dívidas, que totalizam R$ 9,23 bilhões.

As dívidas com bancos e cartões de crédito são as principais responsáveis pela inadimplência, concentrando 29,6% do total. Em seguida vêm as financeiras (18,3%), o varejo (10,9%) e as contas básicas de serviços como energia e telefonia (12,8%). 

Os dados mostram que a inadimplência em Mato Grosso do Sul é estrutural e crescente, mesmo com o avanço de modalidades de crédito mais acessíveis, como o consignado CLT e o saque aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que têm funcionado como alívio imediato, mas aumentando o risco de endividamento permanente.

Conforme já publicado pelo Correio do Estado, somente as dívidas com bancos “sujam” o nome de quase 500 mil sul-mato-grossenses, número que vem crescendo mesmo com o aumento de linhas de crédito e renegociação. Até outubro deste ano, o Estado registrou 105,1 mil novos nomes incluídos em cadastros de inadimplência.

“A última queda foi registrada em dezembro de 2024. Para todas as idades, regularizar as contas é o primeiro passo para sair do vermelho e retomar o controle da vida financeira”, afirma Patrícia Camillo, gerente da Serasa.

O mestre em Economia Eugênio Pavão, aponta que o problema se agravou desde a pandemia e que parte das famílias entrou em um ciclo de dívidas sem volta. 

“A pandemia trouxe muita dívida para a população, e algumas não conseguem quitar essas contas, necessitando de recursos extras para isso, entrando em novas dívidas para pagar as antigas”, afirma o economista.

Para ele, a ampliação do acesso ao crédito de alto risco contribui para a piora do quadro.

“Um acesso mais facilitado a instrumentos de crédito de alto risco, como os cartões de crédito e o limite do cheque especial, torna-se arma na mão do cidadão brasileiro. Porque, a partir do momento em que ele tem à sua disposição esse tipo de crédito, ele vai usar – em muitos casos, até mesmo sem pensar – ou vai interpretar como uma extensão de sua renda, o que não é verdade”, completa Pavão.

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LOTERIAS

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 788, segunda-feira (22/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 21h; veja quais os números sorteados no último concurso

23/12/2025 08h30

Confira o rateio da Super Sete

Confira o rateio da Super Sete Foto/ Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 788 da Super Sete na noite desta segunda-feira, 22 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 800 mil.

Premiação

  • 7 acertos - 2 apostas ganhadoras, (R$ 363.960,24)
  • 6 acertos - 4 apostas ganhadoras, (R$ 5.595,83)
  • 5 acertos - 65 apostas ganhadoras, (R$ 491,94)
  • 4 acertos - 588 apostas ganhadoras, (R$ 54,38)
  • 3 acertos - 4.911 apostas ganhadoras, (R$ 6,00)

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 788 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 1
  • Coluna 2: 7
  • Coluna 3: 1
  • Coluna 4: 2
  • Coluna 5: 2
  • Coluna 6: 4
  • Coluna 7: 0

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 789

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 24 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 789. O valor da premiação está estimado em R$ 100 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 20h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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