Economia

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Governo avalia tirar dinheiro de obras em estradas para compensar alta de combustíveis

A ideia é destinar até 71% do total dos recursos arrecadados com o tributo para esse fundo

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Técnicos do governo avaliam a criação de um fundo de compensação abastecido com recursos da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) para tentar conter a alta dos combustíveis.

O objetivo é atender a pedidos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que busca uma forma de intervir nos preços para segurar a alta da inflação e a queda de sua popularidade.

A ideia é destinar até 71% do total dos recursos arrecadados com o tributo para esse fundo. A diferença (29%) precisa ser transferida, obrigatoriamente, para estados e municípios.

Em 2020, a Cide arrecadou R$ 1,5 bilhão. Dessa forma, o porcentual estimado pelo governo geraria até R$ 1,1 bilhão para compensar os preços.

Hoje esse dinheiro vem custeando principalmente obras do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em estradas, além de projetos da Receita Federal por meio do Fundaf (Fundo de Desenvolvimento e Administração da Arrecadação e Fiscalização), que tem como objetivo principal alterar a estrutura de arrecadação do fisco.

O governo ainda não definiu qual será a solução e estuda diferentes saídas, que podem incluir tanto medidas infralegais como propostas a serem analisadas pelo Congresso.

Últimas notícias

Nesta quarta-feira (29), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que teve início a discussão da criação de um fundo de compensação de preços de combustíveis.

"Há três projetos e um deles é o da criação de um fundo de estabilização, sem mexer na política de preços da Petrobras no sentido de agredir, com ingerências de taxação ou de definição de valores, mas um fundo que dê justamente um conforto para essas oscilações", afirmou.

Lira disse ainda que estão sendo discutidas formas alternativas de abastecer esse fundo.

"Existem duas possibilidades de você tratar com esse fundo, e isso nós estamos discutindo ainda. Tanto com dividendos, que são repassados majoritariamente para a União, como com alguma discussão ali a respeito do gás do pré-sal."

Pessoas que participam dessas discussões no governo confirmam que uma das ideias é usar recursos de dividendos a serem pagos pela Petrobras à União, que têm crescido nos últimos meses.

Na última previsão bimestral do Ministério da Economia, houve um crescimento de 47% na expectativa de pagamento de dividendos das estatais ao Tesouro em 2021 -para mais de R$ 25 bilhões.

O principal fator para o aumento são os pagamentos da petroleira acima do previsto. Até o final deste ano a União, principal acionista da Petrobras, tem a receber cerca de R$ 12 bilhões.

No final de julho, Bolsonaro já havia sinalizado que usaria dividendos da Petrobras para outra iniciativa -um programa para comprar botijões de gás de cozinha para os mais pobres.

Segundo ele, os recursos -cerca de R$ 3 bilhões- sairiam da estatal.

"O novo presidente da Petrobras, o [Joaquim] Silva e Luna, está com uma reserva de aproximadamente R$ 3 bilhões para atender realmente a esses mais necessitados. Seria um vale-gás, seria o equivalente -no que está sendo estudado até agora- a um botijão de graça a cada dois meses", disse o presidente.

Assessores do Planalto e o próprio presidente da Petrobras afirmam que Bolsonaro fez referência, na verdade, aos recursos em dividendos que seriam pagos pela estatal.

Não é a primeira vez que se cogita a criação de um fundo de amortização de preços de combustíveis.

Em 2018, na gestão do então presidente Michel Temer (MDB), o então ministro Moreira Franco (Minas e Energia) avaliou criar um mecanismo similar de compensação, que serviria de colchão para amortecer as altas de preços dos combustíveis com recursos de tributos federais, principalmente.

Embora esse fundo seja defendido no governo Bolsonaro, há divergências em sua equipe. Inspirado no modelo chileno, ele não funcionou no país, obrigando o governo a injetar US$ 760 milhões no fundo apenas para estabilizá-lo.

Esse valor, gasto somente entre 2007 e 2009, foi resultado da diferença entre a arrecadação de impostos, que abasteceram o fundo, e a alta do petróleo, que superou, e muito, o valor das receitas tributárias.

A Colômbia também implementou um sistema similar para amortecer os altos e baixos dos combustíveis. Criado em 2008, tornou-se deficitário em 2010, com o prejuízo bancado pelo governo.

Outra proposta considerada é a criação de um imposto flexível sobre combustíveis, algo que chegou a ser anunciado por Bolsonaro como promessa de campanha, em 2018.

Esse modelo é executado em alguns países da Europa e funciona da seguinte forma: nos momentos de alta do petróleo, o imposto cobrado sobre combustíveis seria mais baixo e, ao contrário, seria mais elevado nos momentos de baixa do óleo.

O problema é que, neste momento, a iniciativa geraria mais um aumento de imposto a pesar contra a popularidade de Bolsonaro, que, quando assumiu o cargo, prometeu não criar novos tributos nem elevar os que estão em vigência.

De qualquer forma, a busca de um desenho que envolva recursos da União atende o que é defendido pelo presidente da Petrobras.

Em audiência na Câmara, Silva e Luna afirmou que não há espaço para aventuras na empresa e que qualquer solução que envolva uma intervenção do poder público precisaria ser compensada pelos cofres públicos.

"Em conformidade com a Constituição, e os senhores sabem disso, ela [Petrobras], quando orientada pela União em condições diversas de qualquer sociedade privada que atue no mercado, será compensada", disse Silva e Luna há cerca de duas semanas.

"Isso aconteceu em 2018, quando houve interferência da União e acabou tendo compensação no final por esses custos", afirmou o presidente da estatal.

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ECONOMIA

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin.

14/12/2025 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14.

Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria.

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. "Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras", dizem os pesquisadores.

Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No final de novembro, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a fintech vem sendo a maior pagadora de imposto no Brasil, com um alíquota efetiva de 31%. Em resposta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou que a diferença decorre da rentabilidade mais alta e acusou a instituição de Vélez de se aproveitar de "assimetrias regulatórias".

Um dos 5 maiores setores

De acordo com o relatório da Fin, a atividade financeira representou 4,8% do PIB brasileiro em 2024, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. É um dos cinco maiores setores da economia, à frente de áreas intensivas em mão de obra O segmento apresentou crescimento de 7,5% em 2023 e de 3,7% em 2024, acima da expansão do PIB (3,2% em 2023 e 3,4% em 2024), aponta o trabalho.

"Os dados mostram com clareza que o sistema financeiro brasileiro não apenas impulsiona investimento, inovação e consumo, como também sustenta uma parcela significativa do emprego formal e da arrecadação pública. Com um ambiente econômico favorável, o potencial de contribuição desse setor ao País pode ser ainda maior", disse a presidente da Fin, Cristiane Coelho.

O crédito ao setor privado alcançou 93,5% do PIB em 2024, aquém da mediana internacional (de 139,0%), conforme o estudo. Apesar disso, entre 2019 e 2024, a métrica cresceu 16,5 pontos porcentuais, o terceiro maior avanço entre cerca de 40 economias analisadas. Para efeito de comparação, pela mediana dos países avaliados, o crédito privado como proporção do PIB teve retração de 5,7 pontos porcentuais.

Em meio à popularização do Pix, o estudo mostra ainda que o Brasil está entre os mercados que mais ampliaram o volume e o valor de transações eletrônicas. Já em relação ao mercado de trabalho, o número de empregados do setor cresceu, em média, 3,2% ao ano de 2011 a 2021, enquanto a remuneração nominal subiu 7,4% ao ano.

"Quando observamos todas as atividades que compõem o setor financeiro, fica clara a sua verdadeira dimensão: em 2024, ele respondeu por quase 5% do PIB brasileiro e foi a atividade, entre as grandes acompanhadas pelo IBGE, cujo desempenho mais se correlaciona com o consumo e o investimento futuros", afirma o economista Vinícius Botelho, gerente de Assuntos Econômicos da Fin.

LOTERIA

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1152, sábado (13/12): veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/12/2025 08h05

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1152 da Dia de Sorte na noite deste sábado, 13 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 950 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 1,3 milhão.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 68 apostas ganhadoras, R$ 1.845,12
  • 5 acertos - 1.863 apostas ganhadoras, R$ 25,00
  • 4 acertos - 21.890 apostas ganhadoras, R$ 5,00
  • Mês da Sorte: Fevereiro - 66.183 apostas ganhadoras, R$ 2,50

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1152 são:

  • 12 - 14 - 16 - 24 - 22 - 10 - 18
  • Mês da sorte: 02 - Fevereiro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1153

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 16 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1153. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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