Economia

PETROBRAS REDUZ, GOVERNO AUMENTA

Governo reajusta pauta fiscal e gasolina ficará R$ 0,18 mais cara em MS

Preço do combustível cai nas refinarias, mas repasse do ICMS impacta, medida passa a valer a partir do dia 1º

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Após congelar a pauta fiscal do combustível por 30 dias, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) autorizou o reajuste do preço médio ponderado dos combustíveis para cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com isso, a gasolina comum ficará R$ 0,18 mais cara em Mato Grosso do Sul, o preço de referência passa de R$ 5,0205 para R$ 5,6434. 

“Fomos pegos de surpresa, esse valor foi congelado por 30 dias, só que devido às medidas de restrição e diversos impactos econômicos, achamos que esse prazo seria estendido. Só na gasolina comum o aumento será de R$ 0,18, é um impacto muito grande no bolso do consumidor, ainda mais na situação que vivemos”,  explicou o gerente Executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes (Sinpetro), Edson Lazaroto ao Correio do Estado. 

O reajuste passa a valer nas bombas dos postos de combustíveis a partir de 1º de abril, segundo comunicado do Sinpetro. Isso ocorre por conta  da taxa de 30% de ICMS cobrado pelo Estado, que tem uma das maiores taxas do país. Antes, o valor médio cobrado por litro era de R$ 1,50 e passa para R$ 1,68.

O valor de referência para a cobrança do tributo estadual sobre o etanol passou de R$ 3,49 para R$ 4,20, que deve impactar em reajuste de R$ 0,14 nas bombas. Já o diesel S-10 e s-500, o impacto será de R$ 0,04.

“É uma pancada muito grande, além dos diversos aumentos que tivemos neste ano com a Petrobras, ainda temos que lidar com reajuste do ICMS. Poderiam ter um pouco de bom senso e aumentar aos poucos, isso gera consequências em toda economia, mas principalmente no bolso do consumidor”, destacou Lazaroto. 

Mato Grosso do Sul está entre os cinco estados com maior cobrança de ICMS sobre a gasolina. No País, a variação na cobrança é de até 74% e outras 20 unidades da federação conseguem manter o imposto em percentuais inferiores ao de MS.

Últimas notícias

PETROBRAS REDUZ, GOVERNO AUMENTA 

No início da semana, a Petrobras anunciou que cortará R$ 0,11 do preço médio do litro do diesel e da gasolina nas refinarias, porém, com o reajuste anunciado pelo Governo a partir da próxima quinta feira (1), o consumidor não terá muitas mudanças. 

A redução apresentada pela Petrobras representa queda de 3,71% no preço da gasolina, que passará a custar, em média, R$ 2,69 para as distribuidoras. Já o diesel terá redução de 3,85%, passando para o valor médio de R$ 2,75.

“O nosso pedido foi para congelar por 60 dias, porém o governo tem liberdade para decidir,  fato é que a medida vai impactar diretamente o consumidor que precisa do veículo para trabalhar, motoristas de aplicativo e toda  a população”, destacou Edson Lazaroto. 

 A gasolina acumula alta de 41,6% nas refinarias neste ano, e o diesel, de 33,9%. O gás de cozinha já está 17,1% mais caro em 2021. No ano passado, os preços praticados nas refinarias atingiram o menor valor já registrado. A gasolina foi a R$ 0,91 e o diesel a R$ 1,14 em abril de 2020.

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Ranking

MS ocupa 7º lugar no ranking nacional da Agropecuária

O Valor Bruto da Produção Agropecuária do Estado chegou a R$ 79,2 bilhões em 2025

18/12/2025 17h45

Safra de grãos cresceu 18,5% no Estado

Safra de grãos cresceu 18,5% no Estado FOTO: Paulo Ribas/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul ocupa o 7º lugar entre as capitais do Brasil em Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária. Ao todo, o Estado foi responsável, até agora, por 5,6% de todo o valor, que ultrapassou R$ 79,2 bilhões. 

As primeiras posições foram ocupadas pelos estados de Mato Grosso (R$ 220,5 bilhões), Minas Gerais (R$ 168,0 bilhões), São Paulo (R$ 162,5 bilhões), Paraná (R$ 158,5 bilhões), Goiás (R$ 121,3 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 98,8 bilhões). 

Em novembro, a safra total de grãos em Mato Grosso do Sul cresceu 18,5% com destaque na produção de amendoim e sorgo e safra total chegando a 110,49 milhões de toneladas. 

Deste total, 28,18 milhões de toneladas são referentes a cereais, leguminosas e oleaginosas. No mesmo mês, dados do SIGA-MS mostraram uma colheita de 7,56 milhões de hectares, um aumento de 5,58% com relação ao mesmo período de 2024. 

O amendoim liderou a alta na produção, com 198% na 1ª safra. Em seguida, vem o sorgo, com 157,4% e o milho, com 79,9% na 2ª safra. 

Com relação às áreas plantadas, o destaque foi para a cultura do girassol, com 167%, para a 1ª safra do amendoim, 105,2% e para o sorgo, 63,7%. 

Os mesmos produtos se destacam no aumento da produtividade, com o girassol com aumento de 600%, amendoim de 146,4% e o sorgo de 137,8%. 

O VPB de R$ 79,216 bilhões representa um aumento de 21,3% em relação ao ano passado, que foi de R$ 62,26 bilhões. 

A Agricultura representa 64,43% do VPB estadual, com uma estimativa de R$ 51,04 bilhões, e uma expansão de 37,13% em relação a 2024. 

A estimativa para a pecuária em 2025 é de R$ 28,16 bilhões, que representa uma variação de 35,02% no comparativo ao ano anterior, e deve representar 35,56% do VBP do setor estadual. 

Safra de grãos cresceu 18,5% no EstadoFonte: Governo Federal

AGRO

O rebanho de destaque no Estado em 2025 foi o da piscicultura, criação de peixes em cativeiro, com mais de 604 milhões de cabeças. 

Mesmo sendo o maior valor, o número mostra uma redução de 44,65% na quantidade de animais. 

O segundo mais expressivo foi o de aves, com 119 milhões de cabeças, seguido pelo de bicho-da-seda, com 20 milhões de cabeças. 

O abate de bovinos cresceu 4%, totalizando 4,1 milhões de cabeças, enquanto a criação de suínos alcançou 3,5 milhões de animais abatidos. 

DESEMPENHO

Mato Grosso do Sul foi um dos Estados que mais avançou no agronegócio brasileiro, impulsionado por uma safra recorde de 28 milhões de toneladas de soja e milho, um crescimento de 18% no VBP. 

O aumento expressivo na safra 2024/2025 representou um aumento de 35% em relação ao ciclo anterior, o que colocou o Estado em 5º lugar no ranking nacional, com destaque para o milho, que cresceu 62% em relação à safra anterior. 

O movimento também foi impulsionado pela chegada e expansão das indústrias de etanol de milho. Na safra atual, MS produziu 1,58 bilhão de litros de biocombustível, um crescimento de 58%. 

A citricultura também avança com uma projeção de 30 mil hectares de laranja e o amendoim segue em crescimento, com área plantada de 43,5 mil hectares e produção estimada em 173,7 mil toneladas. 

No setor de florestas, a área de eucaliptos plantada superou 1,89 milhão de hectares, impulsionada pela expectativa de instalação de duas novas plantas industriais, sendo uma em Inocência e outra em Bataguassu. 

“Os produtores sul-mato-grossenses demonstraram mais uma vez sua capacidade de adaptação, investindo em tecnologias que elevam a produtividade e preservam o meio ambiente. Esse equilíbrio é a base do crescimento sustentável do nosso estado”, destaca Tamiris Azoia, coordenadora do departamento técnico da Famasul.

A exportação acumulou crescimento de 4% entre janeiro e novembro, com um faturamento de US$ 9,2 bilhões. O destaque nas vendas externas é da celulose, que representa 31% da receita, somando US$ 2,84 bilhões, 20% a mais que em 2024. 

Em seguida, vêm a soja em grãos, com US$2,33 bilhões, e a carne bovina, com US$ 1,70 bilhão, crescimento de 51%. 

A estimativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) sul-mato-grossense deve encerrar o ano com um crescimento de 6,8%, superando os R$ 227 bilhões. 

MATO GROSSO DO SUL

Prefeituras prometem 13º em dia; há dúvida para folha de dezembro

Quase todas dizem que pagarão o benefício de fim de ano em dia; 24% dos municípios não pagarão todas as contas do ano

18/12/2025 08h40

Prefeitura de Campo Grande promete pagar 13º em parcela única

Prefeitura de Campo Grande promete pagar 13º em parcela única Divulgação

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Pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a que o Correio do Estado teve acesso, mostra que quase a totalidade das prefeituras de Mato Grosso do Sul vai pagar o 13º salário em dia.

Apenas uma prefeitura, não citada pela instituição, demonstrou insegurança quanto à possibilidade de não honrar o compromisso da bonificação obrigatória de fim de ano aos servidores públicos.

Quanto à folha de dezembro, que é paga até o quinto dia útil do mês de janeiro, não há mesma convicção por parte dos prefeitos. O levantamento da CNM mostra que cinco prefeituras de Mato Grosso do Sul, número que equivale a 5% das prefeituras ouvidas pela instituição, não sabem se conseguirão pagar em dia a folha de dezembro.

Sobre o 13º salário, a Confederação Nacional dos Municípios mostra que 55% das prefeituras devem pagar a bonificação obrigatória de fim de ano em parcela única e 45% delas, de forma parcelada.

A Prefeitura de Campo Grande, que pretende pagar o 13º salário dos servidores até a data-limite, no dia 20, está entre as que farão a transferência em parcela única.

Prefeitura de Campo Grande promete pagar 13º em parcela únicaFeito por Denis Felipe com IA

A pesquisa da CNM entrevistou 72 dos 79 prefeitos de Mato Grosso do Sul, o que faz com que o número final não tenha 100% de abrangência.

Sobre a primeira parcela ou parcela única do 13º, 43% das prefeituras (31) disseram que já pagaram o benefício, enquanto 56% afirmaram que o salário será pago até o dia 30 deste mês. Apenas 1 município disse que o pagamento do 13º salário vai atrasar.

Entre as prefeituras que vão parcelar o pagamento do benefício de fim de ano aos servidores, 32 vão honrar o compromisso até o dia 20, enquanto apenas uma delas fala em atraso.

Restos a pagar

A situação não é tão boa quando se fala em dívidas não honradas neste exercício orçamentário. Um total de 17 prefeituras de Mato Grosso do Sul devem deixar restos a pagar a descoberto. Restos a pagar são gastos empenhados em um exercício orçamentário que ficam para serem pagos em exercícios posteriores. 

As 17 prefeituras que não honrarão seus compromissos equivalem a 24% do total das entrevistadas pela CNM. Um total de 54% dos municípios do Estado não deixará restos a pagar a descoberto neste ano.

Sobre o fechamento de contas, um total de 59 prefeituras (57%) dizem que encerrarão este ano com as contas em dia. As que não conseguirão atingir o feito são 14 (19%). Uma prefeitura não respondeu.

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