Economia

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Indústria retoma espaço sob Lula e entrada na competição com o agro

Movimento é observado após plano de crédito e subsídios voltado ao setor e melhora na atividade

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 Após o governo Lula (PT) lançar um plano de crédito e subsídios à indústria, o volume de empréstimos aprovados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao setor é o maior em relação ao total em oito anos. De acordo com a instituição, o volume liberado de janeiro a setembro supera o montante destinado ao agronegócio -algo que não se via desde 2016.

O movimento é observado em meio à melhora da atividade no setor e à maior procura por financiamento após a criação das linhas do plano Nova Indústria Brasil, lançado em janeiro. A demanda dobrou neste ano, na comparação com um ano antes.

Apesar de a fotografia ser comemorada pelos representantes da iniciativa privada, o cenário para o ano que vem ainda é visto com cautela. Entre as causas, estão desde motivos já presentes há muitos anos -como a falta de competitividade e a concorrência com a China- até fatores mais recentes como o atual ciclo de aumento da taxa básica de juros (a Selic).
José Luis Pinho Leite Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, afirma que a instituição está em um processo de gradual retomada do apoio ao setor após os números observados nos últimos governos.

"Nos anos anteriores aos do governo do presidente Lula, a indústria foi totalmente deixada de lado. O BNDES deixou de apoiar o setor industrial no sentido não só de financiamento, porque diminuiu muito, mas também deixou de ter uma diretoria que olhava para a indústria", afirma.

Ele diz que, no acumulado de janeiro a setembro, o setor contou com 27% de todo o crédito aprovado pelo BNDES -em comparação, a agropecuária ficou com 26%. No mesmo período do ano passado, a ordem era inversa. O campo ficou com 31% e as fábricas, com 18%.

"Estamos nos reaproximando do setor industrial sem deixar de apoiar os outros. Não queremos deixar de apoiar o agro nem a infraestrutura", afirma. "O agro também demanda máquinas e equipamentos do setor industrial. Não queremos deixar de apoiar isso".

A maior aprovação, no entanto, não aproxima os números aos do passado. Em meados dos anos 1990, por exemplo, a indústria liderava as aprovações e chegou a obter mais de 50% dos recursos concedidos pela instituição (ao longo dos anos, a infraestrutura passou a ser a campeã).

"Você não sai do nada e volta ao que era lá em 2010, no governo Lula, que era 40% [de aprovação para a indústria]. Você vai caminhar aos pouquinhos. E é isso que nós estamos fazendo", afirma Gordon.

Os números observados até meados do ano mostram que os segmentos de alimentos e bebidas (25% do total à indústria), mecânica (18%), química e petroquímica (12%) e transportes (12%) lideram as aprovações no setor.

A maior atenção à indústria vem no momento em que o BNDES como um todo tem emprestado mais. Nos últimos 12 meses até junho (último período com dados completos consolidados), foram aprovados R$ 208 bilhões aos diferentes setores. O valor representa o dobro do verificado dois anos antes (a preços constantes).
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou em evento no Palácio do Planalto o momento de aumento de investimentos do setor. "Depois de muito tempo, presidente [Lula], é a primeira vez que a indústria lidera o crescimento nesse último trimestre. E o investimento lidera o crescimento", disse na quarta-feira (30).

Mário Sérgio Telles, superintendente de Economia da CNI (Confederação Nacional da Indústria), afirma que o aumento que vem sendo observado neste ano é influenciado pela atividade mais aquecida no país e por um "efeito psicológico" gerado pelo plano do governo --com empresas buscando mais o BNDES devido ao anúncio.

"O BNDES tinha se fechado bastante para todos os setores e as aprovações tinham caído muito", diz. "É um momento de inflexão importante, com demanda maior, um mercado de trabalho crescendo e concessões de crédito avançando. As aprovações para a indústria cresceram significativamente em 2023 e estão crescendo neste ano em relação ao mesmo período do ano passado", afirma.

Apesar disso, ele faz ressalvas sobre a condição geral do setor e afirma que o custo de financiamento é apenas um dos grandes problemas da indústria. "Não é um momento espetacular. Longe disso", afirma.

Dados compilados pela CNI mostram que produção, faturamento, emprego e intenção de investimento na indústria cresceram nos últimos meses. A utilização da capacidade instalada, por outro lado, mostra uma melhora em agosto ainda com margem de elevação sem pressão nos preços.

"Você tem problema tributário, custo de energia, custos de infraestrutura e, vamos lembrar, nos últimos 15 anos tivemos a crise do Lehman Brothers e um crescimento muito grande da concorrência chinesa. Essa conjunção de fatores é que resultou nessa perda de competitividade da indústria brasileira", afirma.

Robson Gonçalves, economista e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), diz que os números vistos agora não necessariamente representam uma tendência e que o país vive um cenário de desindustrialização.

"O BNDES sozinho não conseguiria mudar isso. Você precisaria de uma política industrial. O governo anunciou uma; mas, depois disso, as importações de aço e vidro, por exemplo, aumentaram. O material de construção vindo do exterior praticamente dobrou em relação há alguns anos. Isso é desindustrialização", afirma.
Para ele, o cenário é de incertezas. "A demanda de recursos de longo prazo do BNDES exige que haja projetos de investimento. E, para que haja esses projetos, as empresas têm que ter um horizonte de investimento no qual confiam", diz.

 

*Informações da Folhapress 

Economia

JBS e Masterboi suspendem fornecimento de carne para o Carrefour

Do outro lado, a empresa alega que não há desabastecimento em suas redes espalhadas pelo país

24/11/2024 20h00

Empresa JBS não enviará carne mais para a rede Carrefour

Empresa JBS não enviará carne mais para a rede Carrefour Reprodução/JBS

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 Os principais frigoríficos brasileiros suspenderam o fornecimento de carne ao Carrefour em resposta ao anúncio do presidente mundial da empresa de que a rede francesa não vai oferecer carne produzida em países do Mercosul nos seus pontos de venda da França.

O Carrefour, que também comanda a rede Atacadão, nega que haja desabastecimento em suas lojas no momento. "A comercialização do produto ocorre normalmente nas lojas. Nenhuma loja está desabastecida", diz, em nota.

A Masterboi confirmou que iniciou o corte de fornecimento ao grupo na sexta-feira (22). Segundo fontes ouvidas pela Folha, a JBS (com a marca Friboi) também parou de vencer carne bovina para o Carrefour na última quinta-feira (21). Procurada, a empresa não se manifestou.

As empresas e um grupo de 44 associações brasileiras ligadas ao agronegócio aguardam uma retratação do Carrefour.

As companhias ligadas à carne bovina são as que mais estão segurando as entregas às lojas do grupo Carrefour no país, mas as de frango e suínos também estão revendo relacionamento e, em alguns casos, atrasando e até suspendendo o fornecimento ao grupo, conforme relatos de executivos.

A avaliação do agro brasileiro é a de que a disputa não envolve somente vender ou não para o Carrefour francês, e sim a imagem que a suspensão anunciada pelo presidente mundial da empresa, Alexandre Bompard, pode passar para outros países europeus. O temor é de que o veto externo se propague e gere perdas aos pecuaristas e empresas do Brasil.

Por isso, neste sábado (23) representantes de 44 associações da cadeia produtiva brasileira assinaram uma carta aberta ao executivo francês sobre a qualidade das carnes produzidas no Mercosul.

Eles afirmam no documento que a decisão anunciada na última semana por Bompard demonstra uma "abordagem protecionista que contradiz o papel de uma empresa global com operações em mercados diversos e interdependentes".
A carta ainda enumera dados envolvendo o avanço da pecuária brasileira, que nos últimos 30 anos aumentou a produtividade em 172%, enquanto reduziu a área de pastagem em 16%.

"Esses avanços foram possíveis graças a um compromisso contínuo com a inovação, eficiência produtiva e práticas sustentáveis. Além disso, nossa legislação ambiental é uma das mais rigorosas do mundo, assegurando o equilíbrio entre produção agropecuária e preservação dos recursos naturais", diz a carta.

A manifestação envolveu não só entidades ligadas às empresas exportadoras de carne --como Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) e ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal)--, mas também fabricantes de máquinas agrícolas (Abimaq), de óleos vegetais (Abiove) e de laticínios (Viva Lácteos), produtores de soja (Aprosoja), exportadores de sucos (CitrusBR), e a indústria sucroenergética (Unica), entre outras.

"Se uma carne brasileira não serve para abastecer o Carrefour na França, é difícil entender como ela poderia ser considerada adequada para abastecer qualquer outro mercado. Afinal, se o Brasil, com suas práticas sustentáveis, sua legislação ambiental rigorosa e sua vasta área de preservação, não atenderia aos critérios do Carrefour para o mercado francês, então, provavelmente, não atenderia aos critérios de nenhum outro país", conclui a carta aberta.

A manifestação mostra uma onda crescente contra o Carrefour, já que dias antes, seis entidades haviam assinado uma nota de repúdio ao grupo francês --CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Abiec, ABPA, Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), SRB (Sociedade Rural Brasileira) e Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

O setor de hotéis e restaurantes de São Paulo também se uniu a entidades ligadas ao agronegócio, pedindo boicote ao Carrefour. Em seu comunicado de repúdio, o o diretor-executivo da Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo), Edson Pinto, afirmou que o Carrefour deveria demonstrar "mais respeito aos produtos que enriquecem seus acionistas".

ENTENDA A CRISE

O Carrefour anunciou na última quarta-feira (20) que suspenderá a compra de carnes provenientes do Mercosul, incluindo do Brasil, para os seus pontos de venda da França.
A decisão, comunicada pelo CEO global Alexandre Bompard, foi uma resposta a pressões de sindicatos de agricultores franceses, que buscam proteger o setor agrícola local contra a concorrência internacional.

O Carrefour argumenta ainda que a medida está alinhada com preocupações ambientais e normas mais rigorosas exigidas na Europa.

No seu comunicado, o presidente mundial do Carrefour afirma "entender o desespero e a raiva dos agricultores diante do projeto de acordo de livre-comércio" e do "risco de inundar o mercado francês com uma produção de carne que não respeita suas exigências e normas."
"Esperamos inspirar outros atores do setor agroalimentar e dar impulso a um movimento mais amplo de solidariedade, que vá além do setor do varejo, que já lidera a luta a favor da origem francesa da carne que comercializa", afirmou.

Logo depois, o Grupo Les Mousquetaires, proprietário da rede de supermercados francesa Intermarché, também anunciou que irá boicotar as carnes bovinas, suínas e aves produzidas em países da América do Sul em geral.

A postura do Carrefour gerou uma reação intensa no Brasil. A medida também foi criticada por líderes políticos brasileiros, que pediram um boicote às lojas do Carrefour no país.
A França lidera a resistência à assinatura do pacto, que criaria a maior zona de livre-comércio do mundo e começou a ser desenhado em 1999. A Comissão Europeia, com o apoio de vários países do bloco, como Alemanha e Espanha, é favorável ao fechamento do acordo antes do fim deste ano.

 

*Informações da Folhapress 
 

crise sem precedentes

Boicote não causa desabastecimento nas unidades do Carrefour de Campo Grande

A reportagem percorreu todas as unidades da rede Carrefour na tarde deste domingo e constatou prateleiras cheias em todos os estabelecimentos do conglomerado, incluindo os hipermercados e o Atacadão

24/11/2024 16h45

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecido

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecido Fotos: Marcelo Victor

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Apesar do boicote do frigorífico JBS às unidades do Carrefour global, após a declaração do CEO Alexandre Bompard de que deixaria de importar carnes brasileiras, os hipermercados da rede em Campo Grande não enfrentam desabastecimento neste momento.

A reportagem do Correio do Estado visitou unidades da rede Carrefour em Campo Grande e encontrou prateleiras cheias em todos os supermercados do conglomerado, incluindo a rede Atacadão.

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecidoA reportagem foi em diversos hipermercados da rede e encontrou prateleiras ainda cheiras- Imagens: João Gabriel Vilalba

Segundo informações da Rede Carrefour no Brasil, que realiza um monitoramento interno, ainda não há indicativos de desabastecimento devido ao nível de produtos armazenados. No entanto, a situação pode mudar a partir de segunda-feira (25). 

A crise sem precedentes que pode afetar os frigoríficos de Mato Grosso do Sul teve início na última quarta-feira (20), quando o CEO da empresa, Alexandre Bompard, anunciou em suas redes sociais que não comprará mais carne dos países do bloco formado por diversas nações da América do Sul, como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Estarrecidas com as declarações de Bompard, a JBS, Marfrig, Minerva, além de outras médias e pequenas empresas frigoríficas, reagiram imediatamente, cancelando o envio de produtos para a rede Carrefour no Brasil.

“Caminhões da JBS que estavam no percurso para a entrega nas lojas ontem voltaram para trás”, disse uma fonte ouvida pelo Globo Rural, da TV Globo. 

Conforme informações obtidas pela TV Globo, o comunicado global da rede surpreendeu o conglomerado que faz parte do Carrefour no Brasil, que agora busca soluções para a crise política e econômica gerada pela própria empresa. Não está descartado um pedido de desculpas do presidente da rede na França.


"Absurdo", diz governador Eduardo Riedel sobre boicote 

Outro que ficou incomodado com as declarações do CEO do Carrefour Global, Alexandre Bompard, foi o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).

Logo após o anúncio, Riedel condenou a decisão da matriz do Carrefour, na França, de suspender a importação de carnes dos países do Mercosul.

“Esse é o tipo de coisa que a gente quer combater, estes absurdos comerciais que transportam a relação para algo negativo”, disse o governador.

Riedel ainda criticou a decisão do Carrefour de proibir a compra de carne do Mercosul.

 “Esse tipo de coisa que a gente quer combater. Estes absurdos comerciais trazem algo negativo para essa relação”, reforçou.

Indignada com as declarações do CEO do Carrefour Global, Alexandre Bompard, a senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deve se reunir com a embaixada da França no Brasil e cobrar explicações sobre os boicotes de grandes companhias francesas ao agronegócio brasileiro.

 “Queremos que ele explique a eterna objeção da França ao acordo entre Mercosul e União Europeia e essa ameaça de boicote, totalmente descabida, à carne do Brasil e do Mercosul pelo Carrefour francês”, disse a senadora.

Ainda segundo a senadora de Mato Grosso do Sul, não há razão justificável para o boicote e ela afirmou que as medidas são injustas para o mercado brasileiro.


“Não há qualquer razão real, a não ser o protecionismo francês a seus produtos, que recebem altos subsídios, para essas medidas injustas, que merecem mais do que indignação, merecem resposta recíproca”, defendeu.

 

Entenda o que está acontecendo e o que está por trás do boicote 

Na última quarta-feira (20), o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, afirmou que os produtos sul-americanos não atendem às exigências e normas francesas, o que vinha afetando os produtores locais. Ele também declarou que a rede na França não comercializaria mais carne proveniente do Mercosul.

As declarações de Bompard geraram uma crise sem precedentes na economia brasileira e devem afetar as vendas do grupo Carrefour no Brasil no início da próxima semana, tanto no varejo quanto no Atacadão, caso a rede não consiga reverter o problema. O Atacadão, a maior empresa de atacarejo do país, é controlado pelo Carrefour.

Conforme informações de fontes ouvidas pelo O Globo, Bompard afirmou que a decisão foi tomada após ouvir o "desânimo e a raiva" dos agricultores franceses, que têm protestado contra a proposta de acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Os protestos, que já duram meses e têm incomodado o governo francês, são organizados pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA) e pelos Jovens Agricultores (JA), com bloqueios de rodovias e outras manifestações, iniciadas na última segunda-feira (18).

Conforme informações do site especializado Farmnews, apesar de a França ter comprado menos de 40 toneladas de carne bovina in natura do Brasil, o agronegócio brasileiro teme que o boicote acabe incentivando a adesão de outros países devido a pressões locais.

Seguindo a mesma linha do Carrefour Global, outro grande grupo varejista francês, o Les Mousquetaires, publicou em suas redes sociais que o CEO do grupo, Thierry Cotillard, afirmou que as unidades das marcas Intermarché e Netto se comprometeram a não comercializar carne da América do Sul.

Ainda conforme a publicação de Cotillard, a medida visa à soberania alimentar e ao apoio aos agricultores franceses. Ele também solicitou uma mobilização coletiva nesse sentido.

 “Faço um apelo às indústrias para que demonstrem o mesmo nível de comprometimento e transparência quanto à origem da matéria-prima utilizada”, escreveu Cotillard. 


O que está por trás do boicote?

Conforme informações obtidas pelo O Globo, os movimentos dos grupos varejistas e dos agricultores franceses têm como pano de fundo as discussões sobre o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. As conversas e negociações duram há vários anos, e a questão agrícola sempre foi um ponto de confronto importante.

“Em toda a França, ouvimos a confusão e a raiva dos agricultores em relação ao projeto de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul e ao risco de transbordar no mercado francês de uma produção de carne que não respeita suas exigências e padrões”, escreve Bompard. “É fazendo um bloqueio que podemos tranquilizar os produtores franceses. No Carrefour, estamos prontos para isso”, disse Bompard anunciando o boicote à carne brasileira. 

A nota, no entanto, não foi bem recebida pelos agricultores e pelo governo brasileiro. Apesar das declarações de Bompard não deixarem claro se o boicote também se aplicaria às redes do Carrefour no Brasil, elas deixaram os produtores rurais indignados, que afirmaram ter iniciado a organização de um boicote contra a empresa.

 

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