O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), usado pelo governo para medir a inflação, teve variação de 0,27% em agosto e ficou acima da taxa de 0,10% de julho, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira. Com a alta, o acumulado no ano se aproximou do centro da meta, que é de 4,5%, chegando a 4,48%.
Nos últimos 12 meses, o acumulado apresenta 7,1% de valorização nos preços. O governo quer fechar o ano dentro da tolerância, que é de 2 pontos acima do centro da meta, ou seja 6,5%.
Os alimentos ficaram, em média, 0,21% mais caros e os produtos não alimentícios aumentaram 0,29%, acima do resultado de julho, que foi 0,25%.
O maior vilão desta medição foi o item refeição em restaurante, que teve alta de 0,92%. Alimentos "chave" que estavam em queda no mês anterior subiram em agosto: feijão carioca (de -0,73% para 1,21%), arroz (de -1,29% para 0,34%) e carnes (de -1,50% para 0,52%).
Outros itens exerceram pressão sobre o índice do mês, a exemplo do aluguel residencial, eletrodomésticos, artigos de vestuário e tarifas dos ônibus interestaduais.
Os preços de habitação subiram 0,32% ante alta de 0,28% em julho, com uma pressão adicional dos custos do aluguel residencial, com alta de 1,06%.
Os custos de vestuário tiveram oscilação positiva de 0,68% em agosto, acima da alta de 0,15% de julho, enquanto que os preços de artigos de residência avançaram 0,66%, ante 0,21% em julho.
Os preços de Transportes tiveram oscilação positiva de 0,03% em agosto, após queda de 0,02% em julho.
Os combustíveis passaram de -1,17% para 0,01%, apesar da menor intensidade de alta do etanol, que foi de 1,79% para 1,54%. A gasolina apresentou queda menos significativa, indo de -1,49% para -0,17%.


