Economia

ARTE REMUNERADA

Mercado fonográfico é atraente, mesmo na Capital, e tem workshop ensinando à entrar nesse meio

Produção de Música Eletrônica, por Felipe Ceará, mostra como se preparar para trabalhar com música no cenário local; mulheres e pessoas trans tem desconto

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Números confirmam a ascenção meteórica do mercado fonográfico brasileiro, com crescimento de 32% no último ano, gerando - em valores totais - R$ 2,111 bilhões em 2021, o que torna o setor cada vez mais interessante para investidores e, claro, para os produtores de conteúdo. 

Mestre em Estudo de Linguagens pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Felipe Ceará é graduado em música, também pela UFMS, e considera a cena local como "efervescente e em ascenção". 

"Acredito que a música e a arte podem ser uma fonte de renda e que existem possibilidades de trabalhos em diversos nichos do mercado musical brasileiro. Pensando em nível local [a cena], logo menos precisará de mais profissionais para ocuparem novos espaços", comenta ele. 

 

Atuante há tempos no mercado local, o músico tem performance como nome regionais que souberam muito bem escalar o cenário musical da região, como Begèt de Lucena (até com a própria banda O Santo Chico) e Marina Peralta

Diante dessa cena musical, que cresce cada vez mais, Ceará lembra que é crucial que haja compartilhamento de conhecimento entre a classe. 

Através disso, ele comenta ser possível alcançar o que toda pessoa que se dispõe à trabalhar com arte busca, melhorias de cachê, mais datas na agenda e mais espaço dentro nos festivais. 

"Quanto mais gente fazendo uma coisa com maiores habilidades, mais forte fica uma cena musical", cita. 

Oportunidade

Ainda, como característica não somente de Campo Grande, Felipe reconhece que o cenário da música tem a dificuldade de "furar a bolha" da produção que possui mais espaço, inegavelmente composta por homens cis (indivíduo que se identifica com o sexo biológico com o qual nasceu). 

Com isso, ele traz no próximo sábado o Workshop Produção de Música Eletrônica, iniciativa de um dia com café da manhã incluso, para o qual mulheres e pessoas trans possuem desconto na taxa de inscrição. 

"Entendendo o processo de reparação social dentro dos espaços de trocas de conhecimentos, predominantemente ocupados por homens cis, e a necessidade desses dois públicos estarem nesses espaços com suas referências, significados e gestos musicais, acredito que seja importância desse desconto", reessalta Felipe Ceará. 

No workshop, para produzir e tocar música eletrônica com computador e outros instrumentos, através da plataforma de trabalho Ableton Live, os participantes passarão pelos seguintes conteúdos: 

  • Escolha de repertório
  • Coleta, gravação e criação de samples
  • Por dentro do Ableton Live
  • Andamento
  • Quantize, Elastic Mode, Warp
  • Compressão e Equalização
  • Efeitos
  • Mapping

Com tanto a aprender, ele lembra à todos que se interessarem, que a música exige realmente muita dedicação. 

"No começo é necessário passar alguns apuros, tocar de graça, construir repertório, montar um portfólio e ir ocupando os espaços aos poucos. Independente do nível e do nicho em que esteja, é necessário enxergar o seu campo de atuação musical como um todo e estar sempre em processo de auto análise", revela.

Com vagas limitadas, o workshop de produção de música eletrônica será na realizado no Estúdio Subgrave, localizado na Rua do Violino, 33, no Tiradentes, onde Ceará passará várias dicas e técnicas que acumulou em sua caminhada estudando música e áudio. As inscrições são feitas pelo Whatsapp (67) 992620179.

Para Felipe, analisar o próprio trabalho, para entender a forma como impactar a sociedade ao redor, é a parte difícil. 

"Porque a musica acompanha as mudanças sociais e aí a gente precisa também mudar pra entender as mudanças. Mas as partes boas são também muito boas", brinca o músico. 

Como forma de tranquilizar os que querem entrar nesse mundo, ele complementa que, com o tempo, os cachês vão melhorando, acompanhados pela estrutura e palcos, deixando a coisa "cada vez mais prazerosa". 

"Aí junta isso mais o brilho no olhar das pessoas quando são tocadas pela música que você faz, as vezes nem o cachê paga isso", finaliza. 

 

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NEGATIVADOS

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

Além do alto número de consumidores com contas em atraso, os CNPJs também alcançam patamar recorde

23/12/2025 08h40

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS Gerson Oliveira

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O avanço da inadimplência entre as empresas de Mato Grosso do Sul atingiu em outubro o recorde de 119,8 mil companhias. Trata-se do maior número de CNPJs negativados desde o início da série histórica do indicador da Serasa Experian. Além das empresas, o número de consumidores também atingiu recorde com 1,234 milhão de pessoas físicas.

Ainda conforme o levantamento, juntos, os negócios somaram R$ 2,9 bilhões em dívidas inadimplidas. As empresas inadimplentes acumulam dívida média de R$ 25.795,72 por CNPJ, com cerca de oito contas em atraso. O ticket médio, ou seja, o valor médio por débito é de R$ 3.256,71.

“O número recorde de empresas inadimplentes reforça os sinais de fragilidade financeira no setor corporativo. A desaceleração na concessão de crédito tem limitado a capacidade das empresas de renegociar dívidas e reorganizar suas obrigações financeiras, aumentando a pressão sobre o caixa. O esfriamento da atividade econômica reduz a geração de receita, criando um cenário desafiador para a manutenção da liquidez e para a sustentabilidade das operações, especialmente entre micro e pequenas empresas”, avalia a economista da datatech, Camila Abdelmalack.

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

No cenário nacional, o número atingiu recorde de 8,7 milhões de empresas. Juntos, os negócios somaram R$ 204,8 bilhões em dívidas. Ainda segundo os dados, a dívida média das companhias em outubro deste ano foi de R$ 23.658,74. Cada negócio inadimplente acumulou, em média, 7,1 contas em atraso, entre as quais o ticket médio por compromisso vencido foi de R$ 3.329,5.

Do total de empresas inadimplidas em outubro, 54,9% eram do setor de serviços, 33% do comércio, enquanto 8% pertenciam à indústria. Já em relação aos setores das dívidas negativadas no período, o maior volume de negativações ficou em serviços (32,2%), seguido por bancos e cartões (19,3%).

Do total de 8,7 milhões de companhias inadimplentes em outubro deste ano, a maioria eram micro, pequenas e médias empresas (8,2 milhões), ainda segundo o indicador da datatech. Juntas, concentraram o volume de 56,8 milhões de dívidas negativadas que somaram R$ 184,6 bilhões em contas inadimplidas.

“As micro, pequenas e médias empresas sentem mais rapidamente os impactos dos juros altos e das incertezas do cenário internacional. Em um ambiente movediço, as maiores têm mais estrutura para honrar as suas dívidas, mesmo com o giro de capital impactado pela retração diante dos desafios atuais do cenário econômico brasileiro”, esclarece Camila.

CONSUMIDORES

O endividamento do consumidor sul-mato-grossense também atingiu o nível mais alto da série histórica e já compromete mais da metade da população adulta. Segundo os dados de outubro, o Estado soma 1.234.934 moradores com o nome negativado, o equivalente a 57,2% da população. Juntos, eles acumulam 5,42 milhões de dívidas, que totalizam R$ 9,23 bilhões.

As dívidas com bancos e cartões de crédito são as principais responsáveis pela inadimplência, concentrando 29,6% do total. Em seguida vêm as financeiras (18,3%), o varejo (10,9%) e as contas básicas de serviços como energia e telefonia (12,8%). 

Os dados mostram que a inadimplência em Mato Grosso do Sul é estrutural e crescente, mesmo com o avanço de modalidades de crédito mais acessíveis, como o consignado CLT e o saque aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que têm funcionado como alívio imediato, mas aumentando o risco de endividamento permanente.

Conforme já publicado pelo Correio do Estado, somente as dívidas com bancos “sujam” o nome de quase 500 mil sul-mato-grossenses, número que vem crescendo mesmo com o aumento de linhas de crédito e renegociação. Até outubro deste ano, o Estado registrou 105,1 mil novos nomes incluídos em cadastros de inadimplência.

“A última queda foi registrada em dezembro de 2024. Para todas as idades, regularizar as contas é o primeiro passo para sair do vermelho e retomar o controle da vida financeira”, afirma Patrícia Camillo, gerente da Serasa.

O mestre em Economia Eugênio Pavão, aponta que o problema se agravou desde a pandemia e que parte das famílias entrou em um ciclo de dívidas sem volta. 

“A pandemia trouxe muita dívida para a população, e algumas não conseguem quitar essas contas, necessitando de recursos extras para isso, entrando em novas dívidas para pagar as antigas”, afirma o economista.

Para ele, a ampliação do acesso ao crédito de alto risco contribui para a piora do quadro.

“Um acesso mais facilitado a instrumentos de crédito de alto risco, como os cartões de crédito e o limite do cheque especial, torna-se arma na mão do cidadão brasileiro. Porque, a partir do momento em que ele tem à sua disposição esse tipo de crédito, ele vai usar – em muitos casos, até mesmo sem pensar – ou vai interpretar como uma extensão de sua renda, o que não é verdade”, completa Pavão.

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LOTERIAS

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 788, segunda-feira (22/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 21h; veja quais os números sorteados no último concurso

23/12/2025 08h30

Confira o rateio da Super Sete

Confira o rateio da Super Sete Foto/ Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 788 da Super Sete na noite desta segunda-feira, 22 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 800 mil.

Premiação

  • 7 acertos - 2 apostas ganhadoras, (R$ 363.960,24)
  • 6 acertos - 4 apostas ganhadoras, (R$ 5.595,83)
  • 5 acertos - 65 apostas ganhadoras, (R$ 491,94)
  • 4 acertos - 588 apostas ganhadoras, (R$ 54,38)
  • 3 acertos - 4.911 apostas ganhadoras, (R$ 6,00)

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 788 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 1
  • Coluna 2: 7
  • Coluna 3: 1
  • Coluna 4: 2
  • Coluna 5: 2
  • Coluna 6: 4
  • Coluna 7: 0

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 789

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 24 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 789. O valor da premiação está estimado em R$ 100 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 20h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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