Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, mensalmente a PEIC divulga dados sobre o total de endividados que, em Campo Grande neste mês de junho, totalizaram 60% entre as famílias campo-grandenses.
Se comparado o mês em análise com o aterior, maio apresentou 60,6% das famílias endividadas. Vale ressaltar que, no mesmo período de 2021, junho apresentava um total de 67,4% das famílias endividadas.
Indo além do observado cenário de queda, os números que seguem são menos animadores, com o comprometimento médio da renda mensal toal de 50,1% das famílias, sendo de até 50% do salário.
Vale ressaltar também que, metade das famílias (49,9%) estão com contas atrasadas há pelo menos três meses.
“A principal variação que notamos é no índice de famílias com contas em atraso, que caiu de 28,9% para 28%, o que é importante. Porém, os que estão com dívidas em atraso, a maioria (49,9%) já está há mais de 90 dias inadimplente”, confirma Regiane Dedé de Oliveira, economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF-MS).
Voltando ainda mais no tempo, a maior parcela também se diz comprometida com dívidas por mais de 1 ano (37%).
Numa análise geral da própria situação financeira, 41,9% do público entrevistado disse que não terá condições de pagar essas contas atrasadas já no próximo mês.
Autoanálise e vilões
Coletada nos últimos 10 dias de abril, a pesquisa abre mostrando um cenário total de como as famílias se consideram comprometidas com dívidas, que englobam cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros.
Nessas alternativas, só 40% afirma que não tem dívidas desse tipo. Entre a maioria, 27,2% se diz "pouco endividado"; 16,5% se diz "muito endividado" e 16,4% se considera "mais ou menos endividado", o que totaliza 191.535 devedores em Campo Grande.
Para esse público, o principal vilão segue sendo o cartão de crédito, que enforca a renda do campo-grandense (71,3%), seguido pelos carnês (23,7%), financiamento de casa (13,2%) e de carro (9,1%).
Dos 191.535 endividados em Campo Grande, 11,7% (cerca de 22 mil pessoas) não terão condições de pagar as próprias dívidas.