Economia

REBANHO

Em 2020, MS teve o 5° maior rebanho de bovinos do Brasil

Corumbá ocupa a 2ª melhor posição no Brasil, com 1.775.391 cabeças

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Apesar de Mato Grosso do Sul ter apresentado queda de 1,96% no rebanho de bovinos em 2020, o Estado ainda se manteve como o quinto maior rebanho do País.

Os dados constam na Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o levantamento, em 2020, o Estado registrou 19.027.086 cabeças de bovinos, enquanto em 2019, o número foi de 19.407.908.

O maior volume foi em 2010, quando foram registrados 22.354.077. Na ocasião, Mato Grosso do Sul, ficou em 3° lugar entre os estados brasileiros.

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Além da queda de bovinos, também tiveram redução as categorias de suíno (3,02%) e ovinos (4,70%).

Corumbá tem o segundo maior rebanho no Brasil, com 1.775.391 cabeças e Ribas do Rio Pardo ocupou a terceira posição, com 1.040.593.

Em contrapartida, tiveram crescimento os rebanhos de bubalinos, com 9,44%, cavalos 13,77%, caprinos 8,81%, galináceos 1,20% e codornas com 35,57%.

CAVALOS

Corumbá se destaca com o maior efetivo de cavalos no Brasil, com 45.805 cabeças em 2020, aumento de 18,8% em relação a 2019.

No Estado, o efetivo de equinos (cavalo) foi de 410.740 cabeças.

Campo Grande teve 16.228 (2°); Aquidauana 15.869 (3°); Ribas do Rio Pardo 13.869 (4°); Ponta Porã 12.185 (5°).

SUÍNOS

O rebanho de suínos teve queda de 7%, com 1,4 milhões de cabeças.  

Entre os estados brasileiros, Mato Grosso do Sul ocupa 8ª posição como maior rebanho de suínos.

São Gabriel do Oeste ocupa a 1ª posição entre os municípios de Mato Grosso do Sul, com 227.067. Em seguida está Glória de Dourados, com 210.381; Brasilândia 152.678; Dourados 132.206 e Jateí com 126.157.  

PEIXES

Na aquicultura, Mato Grosso do Sul ficou como o 9° maior produtor no Brasil.

Em 2020, a psicultura no Estado produziu 16.496 toneladas, ficando na 9ª posição. O valor de produção foi de R$ 94 milhões.

Os três principais produtos no Estado são: Tilápia, com produção de 15.158; Pacú e Patinga (932) e Pintado, Cachara, Cachapira, Pintachara e Surubim (155).

Entre as 20 cidades do Brasil com maior produção de peixes, Aparecidade do Taboado ocupa a 14ª posição, contabilizando 6.209 toneladas produzidas no ano passado.

Se levar em conta somente a produção de tilápia, a cidade sobe para a 12ª posição.

Já a criação de alevinos apresentou queda de 19% se comparado ao ano anterior. Foram produzidos, aproximadamente, 36 mil milheiros de alevinos.

No entanto, o valor de produção aumentou 11,9%, registrando R$ 20,2 milhões a mais que em 2019.

AVES

Ainda conforme a pesquisa, no Estado, o efetivo de galináceos cresceu 1,2%, saindo de 29,68 milhões de cabeças em 2019 para 30,04 milhões em 2020.

Com isso, MS ficou em 13° como maior efetivo do País.

Entre todos os municípios pesquisados do Brasil, Sidrolândia tinha o 17° maior rebanho de galináceos, com um rebanho de 7,55 milhões de cabeças.

O número é 3,85% menor do que o registrado no ano anterior, que foi de 7,85 milhões.

Diante do aumento, a produção de ovos de galinha também teve crescimento de 22,5%, saindo de 54,37 milhões de dúzias para 66,61 milhões.

Terenos foi o principal produtor, com 25,5 milhões de dúzias, aumento de 2,19% em relação a 2019.

O município também é o único produtor de ovos de codorna. Em 2020 foi registrado 1,09 milhão de dúzias.

LEITE

A pesquisa mostra ainda que a produção de leite chegou a 295,9 milhões de litros em 2020, representando um aumento de 4,6%. MS ocupa o 19° lugar no Brasil.

Em nível nacional, a produção de leite no Estado registrou marca de R$ 35,4 bilhões de litros, um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior.

O valor da produção foi estimado em R$ 402 milhões, 24,4% maior que 2019.

MEL

A pesquisa divulgada pelo IBGE aponta que a produção de mel atingiu a marca de 984 toneladas, representando alta de 1,1%. O valor da produção foi estimado em R$ 11,5 milhões, sendo 17% a mais que em 2019, quando foi registrado R$ 9,9 milhões.

Entre os estados brasileiros, Mato Grosso do Sul ocupa a 10ª posição, com participação nacional de 1,9%.

Em MS, Jardim ocupa o 1° lugar na produção de mel, com 92 toneladas. Três Lagoas (2°) com 68 toneladas; Dourados 61; Angélica 50 e Selvíria com 45 toneladas.

PRODUÇÃO DE LÃ

Entre os estados produtores de lã, Mato Grosso do Sul ocupa o 4° lugar. Em 2020, a produção foi de 44 toneladas, com o valor da produção estimado em R$ 259 mil, 38,3% menor que 2019, quando foi registrado R$ 420 mil.

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SALDO POSITIVO

Exportação de carne dispara em MS mesmo sob tarifaço

Entre julho e novembro deste ano, o Estado exportou 165,4 mil toneladas, alta de 13%

20/12/2025 08h40

Em relação ao volume financeiro, as exportações de carne bovina aumentaram 51,1% no comparativo com todo o ano de 2024, com a venda de US$ 1,7 bilhão a outros países

Em relação ao volume financeiro, as exportações de carne bovina aumentaram 51,1% no comparativo com todo o ano de 2024, com a venda de US$ 1,7 bilhão a outros países Gerson Oliveira/Correio do Estado

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As exportações de carne bovina seguem em ritmo de crescimento no fim deste ano. Em Mato Grosso do Sul, entre os meses de julho e novembro, o Estado embarcou 165,4 mil toneladas de carne, volume 13% maior que o de todo o primeiro semestre, quando foram embarcadas 145,9 mil toneladas.

Os dados divulgados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) apontam que o volume também é 18% superior ao resultado do segundo semestre de 2024, quando foram contabilizadas 140,4 mil toneladas destinadas à exportação.

Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), em relação ao volume financeiro movimentado, as exportações de carne bovina aumentaram 51,1% no comparativo com todo o ano de 2024, com a venda de US$ 1,7 bilhão a outros países.

São US$ 516 milhões a mais que o US$ 1,2 bilhão comercializado nos 12 meses do ano passado.

As vendas de carne bovina aumentaram mesmo com o tarifaço da gestão de Donald Trump, que começou a valer em abril com taxa de 10% e que foi reajustado em mais 40% em agosto. As tarifas foram retiradas em 21 de novembro, e o resultado poderá ter reflexo apenas neste mês.

Em relação ao volume financeiro, as exportações de carne bovina aumentaram 51,1% no comparativo com todo o ano de 2024, com a venda de US$ 1,7 bilhão a outros paísesEstado registrou aumento das vendas ao mercado internacional - Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

A tendência de aumento e resiliência ainda deve permanecer, conforme avaliação da consultora de economia da Famasul, Eliamar Oliveira.

“Mesmo que dezembro tradicionalmente registre leve desaceleração em relação a novembro, a projeção aponta para um fechamento forte, com expectativa de superar 90 mil toneladas no quarto trimestre, repetindo o desempenho do trimestre anterior, que alcançou 94,6 mil toneladas. Esse comportamento confirma a consistência da demanda internacional pela carne produzida no Estado e reforça a importância da pecuária sul-mato-grossense nas exportações do agro brasileiro”, expressa.

Eliamar pontua que a intensificação do confinamento reflete o avanço de sistemas produtivos mais eficientes. São técnicas que reduzem o ciclo de engorda e permitem maior regularidade no abastecimento da indústria, de acordo com a consultora.

“Entre julho e novembro, o abate total em MS cresceu 6%, em relação ao mesmo período de 2024, enquanto o abate de animais jovens, entre 13 e 24 meses, aumentou 7%, evidenciando o efeito direto dessas tecnologias na previsibilidade da oferta, especialmente no segundo semestre”, contextualiza.

“O uso ampliado de instrumentos de gestão de risco, como travas de preços, contribui para mitigar a volatilidade do mercado, garantir maior segurança sobre a rentabilidade e dar equilíbrio financeiro ao produtor, mesmo em cenários de custos elevados”, completa Eliamar.

MERCADO INTERNO

O relatório Agro Mensal do Itaú BBA aponta que, mesmo com as exportações aquecidas em outubro, o forte crescimento dos abates ampliou a disponibilidade interna de carne, acima do normal para a época.

Ainda assim, o boi gordo apresentou reação no início de outubro e avançou cerca de 5,6% até meados de novembro, movimento acompanhado por uma valorização ainda maior da carcaça casada, que subiu 7,9% no período.

Guilherme Bumlai, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), comenta que, neste fim de ano, o grande fator que tem impedido uma queda nos preços da arroba é justamente o aumento das exportações.

“Se não fosse esse desempenho mais forte no mercado internacional, a pressão seria nitidamente de baixa, porque o ritmo de abates segue elevado e o mercado interno não tem mostrado força suficiente para absorver toda essa oferta. As exportações, portanto, têm cumprido um papel essencial de sustentação da estabilidade atual”, detalha.

Bumlai ainda afirma que houve uma expectativa não realizada de valorização da arroba. “Por outro lado, é verdade que muitos produtores esperavam uma arroba mais valorizada para este fim de ano, algo que não se concretizou. O mercado está firme, porém, sem espaço para altas expressivas enquanto o consumo doméstico não reagir”, observa.

Eliamar corrobora que o desempenho robusto das exportações, ao mesmo tempo em que a produção apresentou crescimento moderado, acarretou menor disponibilidade interna de carne bovina ao longo do ano.

“Como resultado, a oferta doméstica permaneceu mais ajustada, o que se refletiu em valorização dos preços no mercado interno. No atacado paulista, o preço médio dos cortes bovinos ficou cerca de 26% acima do observado no mesmo período do ano anterior”.

FUTURO

Para 2026, os especialistas concordam que o cenário tem forte tendência positiva. O Itaú BBA fala em uma entrada no fim do ano com fundamentos sólidos: oferta elevada, exportações robustas e um mercado interno que, embora pressionado, deve operar com maior equilíbrio com o avanço das chuvas e a melhora das pastagens.

“Com a esperada redução gradual da oferta, fruto da virada do ciclo pecuário, e se houver melhora no consumo interno, aí, sim, teremos condições mais claras para uma recuperação de preços. A combinação de exportações fortes e mercado doméstico mais aquecido deve permitir um início de ano melhor para o produtor. Hoje, estamos em um momento de sustentação, em 2026, podemos entrar em um momento de valorização”, considera Bumlai.

A consultora da Famasul ainda ressalta que a expectativa para o mercado no encerramento deste ano é de manutenção do bom ritmo de exportações, o que ajuda a absorver parte da oferta. 

“No início de 2026, a combinação de pastagens mais estruturadas, oferta gradualmente mais ajustada e demanda externa consistente cria condições para um cenário de preços mais firmes. A tendência é de transição para um período de maior sustentação da arroba, acompanhando o início de um ciclo de oferta mais curta e um ambiente internacional ainda favorável à carne bovina brasileira”, conclui Eliamar.

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sem gratificação natalina

Em crise, Santa Casa parcela 13º salário de servidores em três vezes

Décimo terceiro será pago em janeiro, fevereiro e março de 2026

20/12/2025 08h25

Hospital Santa Casa de Campo Grande é o maior, mais importante e principal hospital de MS

Hospital Santa Casa de Campo Grande é o maior, mais importante e principal hospital de MS Gerson Oliveira

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Hospital Santa Casa deixou de pagar o 13º salário integral dos servidores em dezembro. A partir disso, prometeu realizar o pagamento em três parcelas: janeiro, fevereiro e março, o que gerou revolta entre os funcionários.

De acordo com a lei, o 13º salário pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro.

Anteriormente, o Governo de Mato Grosso do Sul aportava a 13ª parcela da contratualização a todos os hospitais filantrópicos do Estado.

Mas, conforme repassado pela assessoria de imprensa do hospital, informou que neste ano não haverá o repasse integral em dezembro, mas sim parcelado em três vezes nos primeiros meses de 2026.

Confira a nota divulgada pela Santa Casa:

"A Santa Casa informa que em anos anteriores o Governo do Estado aportava a 13ª parcela da contratualização a todos os hospitais filantrópicos de MS. Neste ano informou que não haverá o repasse e o Secretario de Saúde, Dr. Mauricio Simões, informou à Federação das Filantrópicas (FHEBESUL) que fará o repasse em três parcelas nos meses de janeiro, fevereiro e março. A Santa Casa transmitiu a informação aos sindicatos e seguirá buscando outros meios para solucionar a questão, mas até o momento sem precisão".

O Correio do Estado entrou em contato com a assessoria de imprensa do governo de MS para saber o porquê o pagamento não pode ser feito em parcela única, mas, até o fechamento desta reportagem, não foi respondido. O espaço segue aberto para resposta.

Os funcionários estão revoltados, inclusive alguns cogitam entrar em greve, como os enfermeiros.

CRISE FINANCEIRA

A Santa Casa está em crise financeira há anos. Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a Santa Casa gasta por mês R$ 1 milhão a mais do que recebe.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre governo federal, Prefeitura de Campo Grande e governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Porém, o hospital alega que o valor não seria suficiente para suportar a demanda atual da unidade de saúde, além de não sofrer reajuste desde 2023.

Sem a solução com o poder público, a instituição foi à Justiça pedir que, caso a renovação fosse feita, o repasse mensal precisaria ser corrigido para R$ 45,9 milhões (R$ 550,8 milhões por ano), além da recomposição retroativa referente aos últimos dois anos sem aumento.

Segundo documento que o Correio do Estado obteve com exclusividade, o hospital tinha um teto de R$ 46.907.889,12 para ser gasto em 2024 com internações de alta complexidade – serviços e procedimentos que exigem alta tecnologia, alto custo e infraestrutura especializada.

Porém, a entidade ultrapassou em cerca de R$ 2,5 milhões deste montante, o que resultou em um gasto operacional de R$ 49.484.607,38.

No balanço mês a mês, apenas em setembro a Santa Casa conseguiu operar as internações de alta complexidade dentro do teto, com R$ 3.825.922,38, menos de R$ 100 mil abaixo do limite mensal (R$ 3.908.990,76).

Por outro lado, outubro, segundo as informações do hospital, foi o pior mês, com gasto que chegou a R$ 4,6 milhões. Na média mensal, a instituição operou R$ 214,7 mil a mais do que o estipulado pelo teto.

De acordo com relatório anual divulgado pelo hospital em março deste ano, 2024 fechou com prejuízo de R$ 98,3 milhões, bem distinto do apresentado em 2023, quando fechou com superavit de R$ 27,5 milhões.

Ao longo dos anos, o deficit acumulado da Santa Casa soma R$ 514,8 milhões. Outro fator que ajuda a explicar a conta fechando no vermelho são os constantes empréstimos que a instituição faz.

No mesmo relatório é possível constatar que o hospital ainda teria que pagar R$ 256.916.856,00 por causa de empréstimos e financiamentos, desses R$ 16.141.304,00 em circulantes (12 meses, considerado curto prazo no mundo financeiro) e R$ 240.775.552,00 em não circulantes (longo prazo).

Em relação ao repasse financeiro, 56% (R$ 18,3 milhões) é de responsabilidade do Governo Federal. Os outros 44% são oriundos do Estado (R$ 9 milhões) e do Município (R$ 5,2 milhões).

13º SALÁRIO

Todos os trabalhadores com carteira assinada têm direito ao 13º salário, incluindo os que trabalham em regime de tempo parcial ou intermitente.

O cálculo do 13º salário é feito com base no salário bruto do trabalhador. Para calcular, você divide o salário bruto por 12 e multiplica pelo número de meses trabalhados no ano.

No 13º salário, são feitos descontos de INSS e IRRF. O valor dos descontos depende do salário bruto e da faixa de renda do trabalhador.

O 13º salário pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro. 

Em 2025, como o dia 30 caiu num domingo, o prazo final para depósito foi antecipado para a sexta-feira, 28 de novembro.

A segunda parcela deve ser quitada até o dia 20 de dezembro. Em 2025, o prazo final para o depósito é 19 de dezembro, sexta-feira.

Veja quem tem direito ao 13º:

  • Trabalhadores com carteira assinada (CLT)
  • Trabalhadores domésticos
  • Aposentados e pensionistas do INSS (em 2025, as parcelas para este grupo foram antecipadas para os meses de abril e maio)
  • Trabalhadores afastados por auxílio-doença ou licença-maternidade (recebem valor proporcional)

A empresta/órgão/instituição que deixa de pagar o décimo terceiro dentro do prazo comete uma infração trabalhista e fica sujeita a diversas penalidades, como:

  • Multas Administrativas: A empresa pode ser autuada pelo Ministério do Trabalho, com multa aproximada de R$ 170,25 por empregado prejudicado. O valor pode dobrar em caso de reincidência.
  • Correção e Juros: O pagamento em atraso deve ser feito com correção monetária e juros, conforme previsto na Súmula 381 do TST.

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