Economia

DINHEIRO

Nota de 200 reais: entenda mudanças e efeitos na economia com a implantação

Esta é a sétima cédula da família do real a ser impressa no Brasil desde o surgimento da moeda

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Em meio a memes e polêmicas, já circula em todo o território nacional a nota de R$ 200. Ela é a sétima da família do real a ser impressa sob a justificativa do Governo Federal de conter uma futura falta de cédulas em circulação, mas quais as mudanças e efeitos práticos na economia do país?

INTRODUÇÃO

Desde a independência, o Brasil já teve sete moedas com nomes diferentes. A primeira delas era o réis, que circulava em Portugal e foi trazida para o território nacional na época da colônia. Somente em 1942 o país cunhou o primeiro dinheiro: o cruzeiro.

Contudo, a inflação no país não favoreceu nem a permanência dele nem dos próximos seis. As altas constantes desvalorizavam o dinheiro, forçando a troca de tempos em tempos. Foi assim que passaram de mãos em mãos o cruzeiro novo, o cruzeiro (segunda tentativa), o cruzado, o cruzado novo, o cruzeiro (terceira tentativa) e o cruzeiro real. 

Fernando Henrique Cardoso, enquanto ministro do presidente Itamar Franco, fez a mais recente alteração ao forjar o Plano Real. O modelo controlou a inflação descontrolada que afetava duramente a economia por corresponder a um regime de câmbio fixo atrelado ao dólar americano.

Em março de 1995, para se ter uma ideia, um real equivalia a U$ 1,20. Essa equiparação durou até 1999, quando uma crise começou a fazer com que a diferença entre ambas as moedas se transformasse cada vez mais em um precipício.

Quando o real surgiu, ele contava com as notas de um, cinco, dez, cinquenta e cem. A primeira, que tornava bastante prático o troco no comércio, deixou de existir em 2005, substituída por moedas.

Em 2001, o real ganhou sua primeira cédula adicional: a de dois reais e no ano seguinte, a de 20 reais, última inclusão antes da nota de 200 reais. 

O Banco Central reformulou o layout do dinheiro brasileiro e em 2010 lançou a segunda família das notas de real, cada uma delas com um tamanho diferente.

A criação de notas com valores altos, como a de 200 reais, também não é novidade. O cruzeiro real chegou a ter cédulas de 50 mil e o cruzeiro tinha uma que valia 500 mil

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COMO É A NOVA NOTA DE 200 REAIS?

A nota nova é predominantemente cinza com tons de azul e sépia. O animal retratado é o lobo-guará, um dos mais votados em uma pesquisa feita pelo Banco Central na época em que a nota de R$ 2 foi lançada.

O tamanho da nota de 200 reais é o mesmo da nota de 20, o que desagradou deficientes visuais, já que eles utilizam o tamanho para se guiarem na hora de usar o dinheiro.

A estampa não apenas causou polêmica como foi motivo de várias piadas na internet. Isso porque, para os internautas, o lobo-guará foi pintado com aparência fragilizada. Houve quem comparasse o animal ao vira-lata caramelo, que ficou famoso após ser resgatado dos maus tratos.

Houve ainda quem aproveitasse o momento para bolar imagens de notas de 200 reais em cores diferentes e com figuras famosas, como a cantora Gretchen, o jogador Neymar, Pablo Vitar e até mesmo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

QUANDO ENTROU EM CIRCULAÇÃO A NOTA DE 200 REAIS?

A cédula nova está em circulação desde o dia 2 de setembro. Ela foi implementada inicialmente nos estados que têm unidades regionais do Banco Central: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Os lotes foram enviados de avião. Normalmente, a circulação de pessoas favoreceria a disseminação da nova nota de 200 reais, mas com a maioria das viagens prejudicadas pela pandemia, ainda deve levar algum tempo até que ela seja vista em todas as unidades da federação. 

POR QUE A NOTA DE R$ 200 FOI CRIADA?

Segundo informações do Banco Central, a pandemia fez com que mais dinheiro circulasse pelo país e sem a nota de R$ 200, poderia haver a falta de papel-moeda. As estimativas do órgão mostraram que o país precisaria de mais R$ 105,9 bilhões em cinco meses para atender toda a demanda.

A encomenda de novas cédulas para o ano estava prevista em R$ 64 bilhões. Depois de considerar todos os cenários possíveis, optou-se em criar uma nova cédula para fazer frente ao problema futuro.

O Banco Central prevê produzir 450 milhões de unidades das notas de 200 reais até o fim do ano, o equivalente a R$ 90 bilhões.

EFEITOS DA NOTA DE 200 REAIS NA ECONOMIA

De acordo com o economista Hudson Garcia, a curto prazo, o lançamento da nota de R$ 200 não impactará nos principais indicadores econômicos, como Produto Interno Bruto (PIB), produtividade ou até mesmo gerar uma pressão inflacionária porque o país passa por um período de recessão econômica

“Os níveis de preço estão mais baixos. Então não corremos o risco de ter uma hiper inflação como aconteceu na década perdida dos anos 1980, quando a nossa moeda perdia valor constantemente e nós precisávamos correr constantemente para realizar as compras por conta do preço extremamente volátil”, disse ao Correio do Estado.

Garcia também aponta que a nota de R$ 200 pode dificultar o troco para os comerciantes, porque se antes apenas 10% da população tinha a nota de R$ 100, agora a situação tende a ser ainda mais crítica. “Vamos ter que ter muito mais notas de R$ 5, R$ 10, R$ 15 e R$ 20 para dar troco, o que aumenta o fluxo do papel moeda”.

Com a emissão da nota de R$ 200, avalia o economista, o Governo Federal está olhando para a questão dos custos de impressão e reimpressão de notas desgastadas ou inválidas. Além disso, houve aumento da circulação de dinheiro devido ao auxílio emergencial. Então, ao invés de gastar para imprimir duas notas de R$ 100, basta uma de duzentos reais.

A economista Daniela Dias classifica o assunto como polêmico, já que ele carrega consigo diversas críticas e menções a algumas possibilidades. 

“Existem pessoas que falam acerca da inflação ou da desvalorização da moeda  e compara a questão ao Guarani, que tem uma grande quantidade de moeda para comprar determinado item cotado em dólar ou real. Há quem fale da questão da desvalorização do real frente ao dólar, até pelos impactos da pandemia, dos preços de diversas commodities cujos preços são ditados pela economia internacional e por questões mais ligadas com a política”, comenta.

Na opinião dela, a emissão de uma cédula maior barateia o custo da emissão de papel moeda, que sofreu aumento com os auxílios emergenciais. 

“Porém, vale ressaltar que já houve uma redução do valor a ser emitido em papel moeda para os próximos meses no auxílio. Além disso, há muitas pessoas que são consideradas de classe mais baixa que ganham um salário mínimo e que dificilmente andarão com uma nota de R$ 200. Temos o momento mais cauteloso e uma migração para a utilização do cartão de crédito. Então temos papel moeda em menor quantidade do que antes, ainda mais quando consideramos a zona de consumo em níveis negativos”, pontua Daniela. 

A economista também ressalta que, em comparação a outros países, o Brasil parece estar indo na contramão. “Várias nações pararam de fabricar ou emitir moedas de alto valor justamente para dar maior liquidez na questão do próprio troco e até mesmo para favorecer outras fontes de pagamento”.

Para ela, dados os prós e contras, existem mais reveses do que vantagens nessa questão dada a efetividade da medida, “que não necessariamente está relacionada ao aumento da inflação”. 

O economista Márcio Coutinho afirmou ao Correio do Estado que a nova nota não traz impactos diretos na economia.

“Pelo simples fato de você ter uma nota de R$ 200, não significa com que gere renda. Se ganhava R$ 1 mil, continua ganhando a mesma coisa. Isso não vai impactar a economia. Não vai gerar inflação e a taxa de juros vai continuar do jeito que está. Talvez vai dificultar o troco”, completa.

COMO SABER SE UMA NOTA É FALSA?

Assim como todas as cédulas, a nota de R$ 200 tem dispositivos de segurança para evitar falsificações. O primeiro deles é a marca d’água. Ao colocar o papel sobre a luz, é possível observar um lobo-guará semelhante ao impresso e um quebra-cabeça.

Estarão ainda em alto relevo as flores típicas do cerrado estampadas na imagem, parte do corpo do lobo-guará, o valor R$ 200, o nome do Banco Central e os dizeres República Federativa do Brasil.

O número que aponta a quantia muda de cor conforme a iluminação e há um número escondido que só pode ser visto ao aproximar o dinheiro na altura dos olhos, na horizontal.

CONCLUSÃO

Entre prós e contras, e mesmo que a nova cédula não represente mudanças práticas na economia, a nova nota de 200 reais já está em circulação e, em breve, muitos brasileiros começaram a recebe-la ao fazer alguma compra no comércio em espécie ou até mesmo quando fizer saque em caixa eletrônico. 

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Economia

Com busca por arrecadação, Brasil teve em 2024 maior carga tributária em mais de 20 anos

Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023

13/12/2025 14h30

Crédito: José Cruz / Agência Brasil / Arquivo

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O Brasil registrou, em 2024, a maior carga tributária bruta (CTB) dos últimos 22 anos. Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023, quando o indicador marcava 30,22%, segundo dados da Receita Federal. Caso não tivessem sido feitas mudanças na metodologia do cálculo do indicador, o porcentual chegaria a 34,12%.

No levantamento de 2024 foram excluídas as contribuições das empresas ao Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS) e ao Sistema S, cujos recursos são usados para manter sistemas de aprendizado e cultura ligados a empresas, como Sesi, Senai e Sesc.

Segundo a Receita, a mudança foi adotada para alinhar o cálculo da carga tributária brasileira às diretrizes metodológicas internacionais, como as adotadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Apesar de terem recolhimento compulsório para as empresas, a justificativa para a exclusão é que o FGTS não pertence ao governo, mas aos trabalhadores. Já os recursos do Sistema S também não têm ingerência do poder público.

Para mitigar os impactos da mudança e permitir a manutenção da comparação dos dados ao longo do tempo, o estudo trouxe o recálculo dos valores dos anos anteriores com os novos critérios A exclusão resulta em uma redução consistente nos níveis de carga tributária registrados em toda a série.

Apesar da mudança impactar a repartição da carga tributária entre os entes federativos (com redução sobre dois tributos federais, já que tanto FGTS quanto as contribuição ao Sistema S entravam nessa rubrica), não há efeito na distribuição dos recursos, determinados por fundos de participação e transferências constitucionais.

Altas por todos os lados

A alta nos tributos do ano passado foi puxada principalmente por aumento de tributos federais e estaduais, mas a majoração da tributação aconteceu nas três esferas governamentais.

No âmbito federal, o maior impacto foi causado pela elevação das contribuições para PIS/Pasep e Cofins, seguidos por imposto de renda retido na fonte da pessoa física (IRPF), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre comércio exterior e imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

Nos Estados, as maiores altas ficaram por conta de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD). Na esfera municipal, o aumento de Imposto sobre Serviços (ISS) foi menor, de 0,09 ponto porcentual.

A série histórica da participação dos entes federativos na arrecadação total indica uma tendência clara: União e Municípios vêm ampliando suas fatias relativas na arrecadação, enquanto os Estados apresentam trajetória inversa, com redução contínua desde 2021.

Em 2024, a participação da União atingiu 66,14%, e a dos municípios, 7,59% — ligeiramente inferior ao valor registrado em 2023 (7,66%), o maior da série iniciada em 2015. Já os Estados, com 26,28%, atingem o menor patamar do período analisado.

O relatório da Receita também mostra que, embora a carga total brasileira esteja próxima da média da OCDE, sua composição é diferente. Há menor tributação sobre renda e propriedade no País

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LOTERIA

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 784, sexta-feira (12/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

13/12/2025 08h19

Confira o resultado da Super Sete

Confira o resultado da Super Sete Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 784 da Super Sete na noite desta sexta-feira, 12 de dezembro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 400 mil.

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - Não houve ganhadores
  • 5 acertos - 34 apostas ganhadoras, R$ 818,92
  • 4 acertos - 417 apostas ganhadoras, R$ 66,77
  • 3 acertos - 3.543 apostas ganhadoras, R$ 6,00

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 784 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 8
  • Coluna 2: 0
  • Coluna 3: 1
  • Coluna 4: 5
  • Coluna 5: 3
  • Coluna 6: 3
  • Coluna 7: 3

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 785

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 15 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 785. O valor da premiação está estimado em R$ 500 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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