Economia

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Nova exigência reduz custo da dragagem do Rio Paraguai para R$ 58 milhões

Edital flexibiliza compra de draga, mas impõe exigência de experiência com retirada de 1,6 milhão de m³ do leito do rio

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A empresa que vencer o leilão dos 600 quilômetros da hidrovia do Rio Paraguai terá de investir R$ 3,637 milhões por ano em dragagem, durante 16 anos dos 20 anos de concessão. O valor foi estimado pela Infra S.A., estatal federal, após a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) alterar os critérios do certame, excluindo a obrigatoriedade da compra de uma draga pela vencedora, que custaria R$ 14,4 milhões.

O custo foi apresentado após a diretora da Antaq aprovar o Acórdão 443/25, no dia 25 de junho, que solicitou estudos técnicos e ajustes nas minutas do contrato de concessão e do edital do leilão, previsto para o fim deste ano. No acórdão, o diretor-relator, Alber Vasconcelos, destacou que serão investidos R$ 55,9 milhões na infraestrutura hidroviária e nas condições de navegação (Capex) nos primeiros cinco anos de gestão do Tramo Sul do Rio Paraguai – trecho de 590 km entre Corumbá e a Foz do Rio Apa, em Porto Murtinho, além de 10 km do Canal do Tamengo.

Essas obras visam reduzir a imprevisibilidade das operações em razão do desconhecimento da condição hidrológica do rio, além de mitigar riscos como assoreamento, presença de pedras, conflitos entre embarcações, vegetação obstrutiva e infraestrutura precária para amarração dos comboios.

Vasconcelos justificou a retirada da obrigação de compra da draga: “Desde o início da discussão da presente concessão, é de entendimento consensual que a atividade de dragagem de manutenção é atividade sine qua non do futuro concessionário. Ou seja, o concessionário deve estar apto a cumprir o contrato, assim, é sua responsabilidade decidir se vai adquirir ou afretar a draga. Considero que não cabe ao Poder Concedente obrigar a aquisição de determinado equipamento e remunerar o concessionário por esse custo a ele imposto”.

Sobre a reversão da draga à União, ele afirmou: “Sob a premissa da aquisição da draga, prevê-se futura reversão dela à União. Tal fato, no meu entendimento é desarrazoado. Não há motivos para a União, ao fim do prazo contratual, ser proprietária de um avo completamente depreciado. Para o Poder Concedente, o importante é a execução dos serviços de forma eficiente e sustentável ambientalmente, devendo este fiscalizar e regular o contrato para que ao fim o serviço seja performado com excelência”.

Apesar da retirada da obrigatoriedade da compra, o relator ressaltou que “para o alcance dos objetivos da concessão, a principal atividade a ser executada pelo concessionário são os serviços de dragagem. Logo, é necessário que os participantes comprovem a capacidade técnica de execução dessa atividade”. As empresas deverão apresentar atestados de execução de dragagem com equipamentos do tipo draga de sucção e recalque (CSD), totalizando ao menos 1,665 milhão de metros cúbicos.

Ele enfatizou: “Considero fundamental este requisito técnico, caso contrário, o sucesso da concessão pode não ser alcançado. Uma vez que se prevê volume de dragagem de 670.000 m³, para a primeira campanha de dragagem do Tramo Sul, e, para a primeira campanha de dragagem no Canal do Tamengo, foi estimado o volume de 860.000 m³, totalizando aproximadamente 1,5 milhão de m³ de dragagem inicial”. Serão investidos R$ 4,5 milhões no Tramo Sul (4º ano) e R$ 5,6 milhões no Canal do Tamengo (5º ano).

CUSTO

Após esses investimentos, um dos documentos da Infra S.A., apresentado pela Superintendência de Projetos Portuários e Aquaviários da Antaq, aponta: “O custo anual estimado para a execução dos serviços de dragagem de manutenção será de R$ 3.637.116,10. Adotou-se a premissa de contratação de serviços, com base nas composições Sicro-MS (abril/2024), e do Contrato Dnit nº. 148/2023, atualizado para a data base de abril/2024, estando incluídos os custos com canteiro flutuante, custo operacional da dragagem e a mobilização do equipamento”.

O mesmo documento destaca: “Foram atualizadas as informações gerais do projeto, especialmente no que diz respeito aos custos de seguro, bem como os custos de manutenção relativos aos serviços da dragagem de manutenção”.

Estudos técnicos da licitação definiram que o vencedor deverá garantir calado mínimo de 2 metros, na estiagem, e 3 metros, na cheia, respeitando o comboio-tipo e a zona de referência hidrológica. A meta é possibilitar a navegação de comboios com 290 metros de comprimento, compostos por 16 barcaças de 3 mil toneladas cada, totalizando 48 mil toneladas por comboio. A projeção é transportar entre 25 e 30 milhões de toneladas ao ano, a partir de 2029.

Para isso, a concessionária deverá realizar campanhas de dragagem, monitoramento hidrológico, implantação e manutenção de auxílios à navegação, entre outros serviços. O contrato determina: “Salvo nos períodos de estiagem, quando deverá ofertar um calado de 2,0 m (dois metros)”, com metas contratuais que não se baseiam apenas na profundidade dragada, mas na “oferta contínua de calado operacional adequado aos usuários da hidrovia”. Em anos com mais água, será exigido menor volume de dragagem, em anos secos, o contrário.

Antes da reformulação, os documentos exigiam que a concessionária fosse obrigatoriamente uma empresa de dragagem – ou, no caso de consórcio, que ela tivesse no mínimo 15% do capital – para executar a limpeza e escavação do fundo do rio. 

Um trecho do edital justificava: “O motivo dessas exigências se deve ao fato de que os desembolsos a serem realizados pela Concessionária para obras e serviços de dragagem e para os serviços diretamente associados, conforme previstos no Evtea do empreendimento, ao longo do período de vigência do contrato, correspondem a cerca 48% do Opex (investimentos para operacionalização)”.

ECONOMIA

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin.

14/12/2025 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14.

Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria.

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. "Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras", dizem os pesquisadores.

Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No final de novembro, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a fintech vem sendo a maior pagadora de imposto no Brasil, com um alíquota efetiva de 31%. Em resposta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou que a diferença decorre da rentabilidade mais alta e acusou a instituição de Vélez de se aproveitar de "assimetrias regulatórias".

Um dos 5 maiores setores

De acordo com o relatório da Fin, a atividade financeira representou 4,8% do PIB brasileiro em 2024, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. É um dos cinco maiores setores da economia, à frente de áreas intensivas em mão de obra O segmento apresentou crescimento de 7,5% em 2023 e de 3,7% em 2024, acima da expansão do PIB (3,2% em 2023 e 3,4% em 2024), aponta o trabalho.

"Os dados mostram com clareza que o sistema financeiro brasileiro não apenas impulsiona investimento, inovação e consumo, como também sustenta uma parcela significativa do emprego formal e da arrecadação pública. Com um ambiente econômico favorável, o potencial de contribuição desse setor ao País pode ser ainda maior", disse a presidente da Fin, Cristiane Coelho.

O crédito ao setor privado alcançou 93,5% do PIB em 2024, aquém da mediana internacional (de 139,0%), conforme o estudo. Apesar disso, entre 2019 e 2024, a métrica cresceu 16,5 pontos porcentuais, o terceiro maior avanço entre cerca de 40 economias analisadas. Para efeito de comparação, pela mediana dos países avaliados, o crédito privado como proporção do PIB teve retração de 5,7 pontos porcentuais.

Em meio à popularização do Pix, o estudo mostra ainda que o Brasil está entre os mercados que mais ampliaram o volume e o valor de transações eletrônicas. Já em relação ao mercado de trabalho, o número de empregados do setor cresceu, em média, 3,2% ao ano de 2011 a 2021, enquanto a remuneração nominal subiu 7,4% ao ano.

"Quando observamos todas as atividades que compõem o setor financeiro, fica clara a sua verdadeira dimensão: em 2024, ele respondeu por quase 5% do PIB brasileiro e foi a atividade, entre as grandes acompanhadas pelo IBGE, cujo desempenho mais se correlaciona com o consumo e o investimento futuros", afirma o economista Vinícius Botelho, gerente de Assuntos Econômicos da Fin.

LOTERIA

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1152, sábado (13/12): veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/12/2025 08h05

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1152 da Dia de Sorte na noite deste sábado, 13 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 950 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 1,3 milhão.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 68 apostas ganhadoras, R$ 1.845,12
  • 5 acertos - 1.863 apostas ganhadoras, R$ 25,00
  • 4 acertos - 21.890 apostas ganhadoras, R$ 5,00
  • Mês da Sorte: Fevereiro - 66.183 apostas ganhadoras, R$ 2,50

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1152 são:

  • 12 - 14 - 16 - 24 - 22 - 10 - 18
  • Mês da sorte: 02 - Fevereiro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1153

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 16 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1153. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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