Pela quinta vez consecutiva, o dólar registrou queda e fechou esta sexta-feira vendido a R$ 5,918, o que representa recuo de R$ 0,008 (-0,13%). É maior queda semanal da moeda americana, de 2,42%, desde agosto do ano passado.
Durante o dia, a bolsa de valores oscilou com altas e baixas, mas fechou estável após a divulgação da prévia da inflação de janeiro.
A cotação do dólar caiu até o início da tarde, quando chegou a R$ 5,86, mas a partir das 14h, diminuiu a queda, com investidores aproveitando o preço baixo para comprar dólares e o câmbio fechou próximo da estabilidade.
De acordo com o Estadão, a tendência de desvalorização da moeda americana já vem de alguns dias, depois que as primeiras medidas de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos vieram mais brandas do que as ventiladas em campanha.
Mercado de ações
O mercado de ações teve um dia mais volátil. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.447 pontos, com queda de apenas 0,03%. O indicador mudou de direção diversas vezes ao longo do dia, mas encerrou em terreno negativo com a alta dos juros no mercado futuro.
Tanto fatores domésticos como internacionais influenciaram o mercado nesta sexta. No cenário interno, a divulgação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou para 0,11% em janeiro provocou a queda da bolsa.
Apesar de a prévia da inflação oficial ter registrado o menor nível para meses de janeiro desde a criação do real, o índice veio acima das expectativas, com as instituições financeiras esperando inflação zero para o mês.
Isso aumentou as chances de o Banco Central (BC) aumentar a taxa Selic (juros básicos da economia) além do previsto, o que desestimula investimentos na bolsa de valores.
No cenário internacional, no entanto, o dólar caiu em todo o planeta após o novo presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar a possibilidade de um acordo comercial com a China após uma conversa com o presidente chinês, Xi Jingping.
A revelação, feita em entrevista à emissora americana Fox News, acalmou o mercado global, ao reduzir a chance de tarifaço do novo governo dos Estados Unidos.
*Com informações da Reuters e Agência Brasil