Economia

INFRAESTRUTURA

Ponte na Rota Bioceânica pode ser concedida ao setor privado

Governo federal pretende conceder um total de 12 pontes que ligam o Brasil a países vizinhos

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O governo inicia em dezembro um projeto para conceder ao setor privado todas as 12 pontes que ligam o Brasil a outros países. Entre elas está uma ponte localizada em Mato Grosso do Sul, parte da Rota Bioceânica, que será incluída no pacote de concessões.

A ponte na BR-267, que conecta Porto Murtinho a Carmelo Peralta (Paraguai), está prevista para ser concluída em 2026, mas poderá ser inaugurada já sob administração privada. 

O Executivo federal considera a iniciativa inovadora, prevendo aumento de eficiência e redução no tempo de despacho de cargas nas fronteiras. Além disso, o Ministério dos Transportes estima uma economia com custo de manutenção de R$ 1 bilhão ao longo dos 30 anos dos contratos.

O projeto busca replicar esse modelo em outras pontes binacionais estratégicas para o comércio exterior entre o Brasil e seus vizinhos. No primeiro semestre, será leiloada a ponte de Uruguaiana, que liga o município gaúcho à cidade de Paso de Los Libres, na Argentina. Outras concessões previstas incluem as pontes da Amizade e da Fraternidade, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, no Paraguai. 

Reportagem do jornal O Globo, publicada na segunda-feira, apontou que o governo pretende conceder um total de 12 pontes que ligam o Brasil a outros países. 

“Com as concessões, vamos ampliar a qualidade da obra, melhorar o desembaraço alfandegário, aumentando as transações”, disse a secretária nacional de Transportes Rodoviários, Viviane Esse. “Já temos acordos com os países que nos permitem fazer essas licitações”. 

PONTE EM MS

Conforme já noticiado pelo Correio do Estado, estão previstas a conclusão da ponte sobre o Rio Paraguai e a pavimentação de trecho no lado paraguaio para 2026. 

“Foi apresentado pelo Consórcio Pybra que o cronograma de conclusão da obra da ponte é para fevereiro de 2026. Vínhamos trabalhando com a possibilidade de ficar pronta em novembro de 2025, mas agora ficou para fevereiro de 2026. As obras estão em ritmo normal, já conseguiram recuperar o atraso da paralisação no lado brasileiro, então, as contratações estão todas andando”, disse o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck.

Também já publicado pela reportagem, o acesso à ponte de Porto Murtinho só deverá ficar pronto em 2027. As obras do lado brasileiro integram o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e deverão ter início em breve.
“Já montaram o canteiro de obra e já receberam a ordem de serviço. Estão contratando as pessoas e iniciarão pela construção das pontes”, completou.

CONCESSÕES

Na primeira fase do programa de concessões, seis pontes serão leiloadas, começando pela que liga São Borja (RS) a Santo Tomé (Corrientes, Argentina). O edital será publicado neste mês, e o leilão ocorrerá em dezembro, com a concessão sendo outorgada a quem oferecer o menor valor de pedágio.

Negociações entre Brasil, Argentina e Paraguai estão em andamento para a concessão de outras pontes importantes, como a de Uruguaiana a Paso de los Libres (Argentina), e a da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este (Paraguai). A expectativa é de que as licitações ocorram no segundo semestre de 2025.

Os ministérios dos Transportes, de Relações Exteriores e da Agricultura e Pecuária, além de representantes do Fisco e da Polícia Federal, estão envolvidos no processo, que também depende de acordos bilaterais.

A ponte de São Borja, concedida à iniciativa privada em 1996, servirá como modelo para as demais. Com 1,4 km sobre o Rio Uruguai e 14 km de acessos, ela desperta o interesse de investidores em função do pedágio cobrado em dólar e do baixo investimento necessário, segundo Viviane Esse, secretária nacional de Transportes Rodoviários.

Outra ponte a ser concedida é a de Uruguaiana, responsável por 37% do comércio terrestre entre Brasil e Argentina e 30% das transações com o Chile. Atualmente, o tempo de despacho aduaneiro é de 24 horas, mas o governo espera reduzi-lo para 4 horas após a concessão. A ponte sobre o Rio Uruguai tem cerca de 1,5 km.

Nos planos do governo também está a concessão conjunta das pontes da Amizade e da Integração, entre Foz do Iguaçu e o Paraguai. Conforme o modelo proposto, a Ponte da Amizade será destinada exclusivamente a pedestres e sacoleiros, enquanto a da Integração atenderá ao tráfego de veículos de carga.

Viviane Esse destacou que o desembaraço aduaneiro mais rápido beneficiará o transporte de alimentos perecíveis, como o salmão chileno, que atualmente passa por duas fiscalizações, elevando custos logísticos e comprometendo a qualidade do produto.

GARGALO

Embora tenha sido concluída há dois anos, a Ponte da Integração, com 760 metros de extensão e o maior vão-livre da América Latina, ainda não foi liberada. As obras, que custaram R$ 322 milhões, foram financiadas por uma parceria entre o governo do Paraná e a usina Itaipu Binacional, mas a liberação depende da conclusão de obras complementares na fronteira.

Em razão do tráfego intenso na Ponte da Amizade, caminhões vazios só podem atravessá-la após as 19h. Segundo George Santoro, secretário-executivo do Ministério dos Transportes, as concessões visam reduzir a burocracia e facilitar a gestão dessas estruturas.

Ele mencionou cláusulas “pitorescas” nos contratos atuais: “Por exemplo, um país faz a manutenção de metade da ponte, e o outro, da outra metade. Caso um lado não tenha recursos ou equipe, o serviço não pode ser feito”.

Com as concessões, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) poderá economizar cerca de R$ 30 milhões por ano, o que permitirá investimentos em melhorias de estradas e acessos.
 

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Economia

Com 4,7 milhões de hectares de áreas degradadas passíveis de recuperação, MS é destaque nacional

Através de programas voltados ao carbono zero, crédito sustentável e uso eficiente do solo e água, o Estado é consolidado como exemplo nacional em recuperação de pastagens degradadas

15/12/2025 14h30

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul tem cerca de 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas com que podem ser transformadas em algum tipo de atividade, como agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais ou silvicultura. 

Esse número é parte de um montante total de 12 milhões de hectares de pastagens degradadas em todo o território estadual. 

As estratégias de recuperação de pastagens degradadas tornou o Estado um exemplo nacional no assunto, já que as ações estaduais garantem competitividade, sustentabilidade e segurança alimentar. 

A recuperação das áreas combinam políticas públicas estruturantes, crédito sustentável e inovação com programas voltados ao uso eficiente do solo e da água, como o Prosolo, MS Irriga, Plano ABC+ MS, Precoce MS e o FCO Verde. 

"Estamos mostrando ao Brasil que é possível produzir mais e com responsabilidade ambiental e tecnologia", disse o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). 

O Plano Estadual do Governo do Estado tem como meta definida a recuperação de 1.167 milhão de hectares nas pastagens degradadas até 2030. Esse desafio é um dos motores da nova economia verde em Mato Grosso do Sul que, através do uso de ciências e políticas públicas permanentes, consolida a referência do Estado no setor de pecuária de baixo carbono e agropecuária sustentável. 

"Quando governo, produtores e instituições de pesquisa trabalham juntos, conseguimos acelerar a transição para uma agropecuária moderna, de baixa emissão de carbono e com alto desempenho", destacou Verruck.

Políticas públicas

De acordo com o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), a degradação observada em Mato Grosso do Sul é resultado de anos de práticas antigas da pecuária extensiva, com baixa taxa de lotação e pouco uso de manejo e adubação. 

Isso causou o desgaste do solo e queda na produtividade das forrageiras, plantas cultivadas para alimentar os animais (gado, aves, suínos), sendo necessárias soluções robustas, que hoje fazem parte da política principal de Estado. 

As políticas públicas de MS são: 

  • Prosolo: programa de restauração das áreas afetadas por erosão, implantando práticas conservacionistas, recuperando a fertilidade do solo e melhorando estradas vicinais;
  • MS Irriga: programa de ampliação da irrigação sustentável e do uso racional da água para intensificação da produção; 
  • Plano ABC+ MS: plano de sistemas integrados de plantio direto, uso de bioinsumos e manejo de resíduos;
  • Precoce MS: incentivo ao manejo eficiente e à pecuária de baixo carbono; 
  • FCO Verde: linha de crédito destinada à recuperação da produção e de projetos sustentáveis. Entre 2020 e 2024, foram R$ 812 milhões destinados a 771 projetos. 
Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gadoFeito por Denis Felipe - Com IA

Destaques

A Semadesc e o Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (Fundems), estão investindo R$ 7,6 milhões em certificação e monitoramento do carbono na soja e no milho. 

Com relação à pecuária, além do status alcançado em 2025 de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Estado avança na implantação do seu Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovina, previsto para iniciar em 2026 e cobertura total até 2032. 

Além disso, também é desenvolvido o Selo Verde, que vai integrar dados ambientais e produtivos, garantindo transparência socioambiental nas cadeias de carne e da soja. 

Mato Grosso do Sul também está entre os cinco maiores consumidores de bioinsumos do País, através do Programa Estadual de Bioinsumos, criado em 2022. Também estão em funcionamento projetos de confinamento sustentável e intensificação das pastagens, ampliando produtividade e garantindo bem-estar animal. 

"Nossa meta é chegar ao produtor com assistência técnica de qualidade e acesso a crédito sustentável, garantindo que cada propriedade tenha as condições para produzir mais e conservar mais", reforçou Verruck.
 

CAMPO GRANDE (MS)

Carnê virtual do IPTU 2026 está disponível na internet; confira

Neste ano, reajuste do IPTU é de 5,32%, com 10% de desconto à vista

15/12/2025 12h00

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel MARCELO VICTOR

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Carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), referente ao ano de 2026, está disponível e já pode ser consultado via internet. Saiba quanto veio o imposto da sua casa, em 2025, neste site.

Neste ano, o IPTU será reajustado em 5,32%, conforme noticiado pelo Correio do Estado. O reajuste cobrou a inflação, prevista no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa é que milhares de carnês físicos sejam entregues na casa do contribuinte neste mês de dezembro de 2025.

As formas de pagamento do IPTU 2026 são:

  • À vista, com 10% de desconto – vencimento em 12 de janeiro
  • Parcelado, em 12 vezes – vencimento em dias de feriados, finais de semana ou não úteis, o pagamento deverá ser feito no primeiro dia útil subsequente

Ainda haverão aqueles contribuintes beneficiados com o Bônus IPTU Azul, que terão desconto de 10% (dez por cento) sobre o valor do IPTU e da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares lançados.

A concessão do Bônus IPTU Azul será efetivada independentemente de requerimento do contribuinte, mediante a redução de 10% no valor lançado, e, sobre o valor já deduzido, será aplicado o desconto para pagamento à vista, conforme a opção do contribuinte.

Neste ano, as cores azul e amarelo também dão adeus ao IPTU. Até então, os carnês eram emitidos em tons diferentes: azul para contribuintes sem débitos e amarelo para aqueles com pendências.

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

IPTU

O IPTU é um imposto brasileiro, de competência municipal, que deve ser pago por pessoas que tenham propriedades dentro do perímetro urbano.

A arrecadação do tributo municipal é convertido em melhorias para a cidade, nas áreas de segurança, educação, saúde, infraestrutura e lazer.

Quem não paga IPTU, corre risco de perder a posse do imóvel.

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