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INOVAÇÃO

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Posto solar para abastecer carros elétricos é inaugurado na Capital

Frota de veículos movidos a eletricidade no Brasil cresceu e chegou a 15 mil unidades no ano passado

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Um mercado ainda novo para a maioria dos brasileiros já foi notado por um empresário de Campo Grande. Com foco no abastecimento de carros elétricos, a Capital tem a primeira estação solar para recarregar carros elétricos de Mato Grosso do Sul. O objetivo do empresário Hewerton Martins é criar uma rota de postos solares que chegue até São Paulo, para dar autonomia aos viajantes.

De acordo com o CEO da Solar Energy, a ideia é amadurecida há mais de dois anos e foi colocada em prática há 40 dias. “É o primeiro posto de abastecimento de carro elétrico gratuito de Mato Grosso do Sul. É um estacionamento coberto com painéis solares e é público. Qualquer viajante que passar por ali pode abastecer e acessar o Wi-Fi gratuitamente. A ideia do posto de recarga a gente vem amadurecendo há uns dois anos, fomos à Alemanha e aos Estados Unidos para saber qual tecnologia seria mais viável e acessível aqui. É o primeiro posto gratuito, está na rua e é público, o que já existe aqui em Campo Grande é particular e de uso privativo”, explicou Martins.

As vendas de carros elétricos e híbridos têm participação discreta no mercado brasileiro, representando 0,2% do total de emplacamentos feitos no Brasil em 2019. De acordo com Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), até o ano passado, o Brasil registrou 15 mil unidades de veículos elétricos circulando pelo País.

ESTAÇÃO

O proprietário da estação já está de olho neste mercado, que tende a crescer nos próximos anos. “Nós trabalhamos há dez anos com energia solar fotovoltaica, hoje já temos tanto os equipamentos quanto conhecimento para oferecer a manutenção. Queremos fazer uma rede de abastecimento, criando uma rota que chegue até São Paulo. Alguém que tem um hotel ou restaurante, por exemplo, pode criar uma estação para atender os clientes”, disse Martins, que ressaltou que atualmente Campo Grande já apresenta um aumento em sua frota elétrica.  

“A gente já teve pessoas que passaram aqui para recarregar os veículos. Há uma tendência de expansão, com veículos mais baratos. Em um prazo de até cinco anos, acredito que o número vai aumentar do dia para a noite. Foi o que aconteceu com a bicicleta elétrica, em 24 meses você percebeu uma grande mudança. Hoje já temos carros mais acessíveis, caminhões, carros de aplicativo, táxi, o preço caiu muito. É nesse mercado que estamos de olho. O Brasil está atrasado nisso. Quando você viaja para outros países, percebe um número bem maior de veículos movidos a energia limpa”, reiterou Martins.  

PROJETO DE LEI

Mesmo com novos investimentos em tecnologia e expansão, o setor de energia solar vive uma indefinição quanto às regras para gerar e distribuir energia limpa.  

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu, em outubro do ano passado, consulta pública para alterar as regras sobre a energia solar que o consumidor gera a mais ao longo do dia e joga na rede da distribuidora de energia. Com a mudança, o mini e o microgerador de energia solar seria taxado em até 63% sobre a energia e passaria a pagar pelo uso da rede da distribuidora e também pelos encargos cobrados na conta de luz. Com a indefinição da reguladora, o Projeto de Lei nº 2.215/2020 foi apresentado para regulamentar o desenvolvimento do setor no País.

O deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) é autor do projeto que é tratado como marco regulatório da energia solar. Segundo ele, caso a resolução da Aneel prosperasse, aconteceria a inviabilização do setor, que vinha em franco desenvolvimento. Apresentada em março, a proposta tem o intuito de criar uma regulamentação para a mini e microgeração.  

“O projeto dá garantias de que até que a geração de energia fotovoltaica do País atinja o porcentual de 15%, não haverá nenhum tipo de taxa. Apenas a partir do momento em que alcançar 15,01%, começará uma progressividade de cobrança na distribuição. Enquanto for até 15%, a distribuição vai ter de suportar sozinha”, explicou Pereira.  

A proposta foi apresentada com requerimento de urgência, mas ainda não entrou em pauta.

Economia

Não houve invasão externa em sistema do Tesouro, diz Haddad

Segundo ele, alguém com acesso à ferramenta tentou desviar recursos

22/04/2024 19h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Não houve ataque externo na invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional, disse nesta segunda-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, alguém usou o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a senha do Portal Gov.br de gestores de despesas para entrar no sistema e supostamente desviar recursos federais.

“Não foi um hacker que quebrou a segurança [do Siafi], não foi isso. Foi um problema de autenticação. É isso que a Polícia Federal está apurando e está rastreando para chegar aos responsáveis”, declarou o ministro antes de sair para reunião no Palácio do Planalto. “O sistema está preservado. Foi uma questão de autenticação. É alguém que tinha acesso.”

O ministro disse não saber sobre valores supostamente desviados e disse ter recebido a informação assim que a imprensa começou a divulgar o caso. “Não tenho informação sobre valores. Isso estava sendo mantido em sigilo inclusive dos ministros. Estava entre o Tesouro [Nacional] e acho que a Polícia Federal. Eu soube no mesmo momento em que vocês”, disse, reiterando que não houve ataque externo de hackers ao sistema.

Divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo, a invasão do Siafi ocorreu neste mês. Os criminosos supostamente conseguiram emitir ordens bancárias e desviar dinheiro público usando o login de terceiros no Portal Gov.br.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. No fim desta tarde, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou ter entrado na investigação e estar acompanhando o caso “em colaboração com as autoridades competentes”.

Tesouro

Em nota emitida no início desta noite, o Tesouro Nacional confirmou a afirmação de Haddad de que o Siafi não foi invadido, mas que ocorreu uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular. Segundo o órgão, as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema.

O órgão acrescentou que está tomando todas as medidas necessárias em resposta ao caso, incluindo ações adicionais para reforçar a segurança do sistema. “O Tesouro Nacional trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações; e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações”, concluiu o comunicado.

Economia

Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

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Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

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