Economia

CUSTOS

Produtores rurais pagaram 22,15% a mais por fertilizantes por uma quantidade 26,4% menor

Os números contidos na Carta de Conjuntura nº 85, elaborada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), mostram que a dependência externa do insumo não é boa

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Os insumos com os preços em alta têm sido os grande vilões em todo o setor produtivo no Brasil.

Na agricultura, um deles atende pelas nomenclaturas de adubos e fertilizantes. Números contidos na Carta de Conjuntura nº 85, elaborada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), mostram que essa dependência externa não é nada boa.

No caso dos adubos e fertilizantes, 2022 foi um ano bastante desafiador com elevação nos preços e risco de disponibilidade.

Em Mato Grosso do Sul, precisamente no período entre janeiro e novembro deste ano, os gastos com importações se elevaram em 22,15%, totalizando a cifra de US$ 143,6 milhões numa compra acumulada - até o momento - de 202,8 mil toneladas.

Ano passado, essas importações somaram US$ 111,8 milhões para um total de 269 mil toneladas. Isso significa que a quantidade de adubos e fertlizantes importados diminuiu 26,4%.

Um estudo de perspectivas para 2023 publicado pelo Rabobank, banco de investimentos do agronegócio de oriundo dos Países Baixos, aponta para a direção de queda nos preços dos fertilizantes, embora os custos ainda permaneçam altos.

Segundo o estudo, a agricultura brasileira já está bastante acostumada a vivenciar anos complicados e, ainda sim, continuar a prosperar vencendo esses desafios.

Neste cenário, o banco considerou 2022 um ano bastante desafiador por todos os eventos que aconteceram.

Entre os fatores externos, o Rabobank destaca a guerra envolvendo um dos principais países produtores mundiais de fertilizantes, no caso, a Rússia, que colocou diversas dúvidas em relação ao fornecimento do insumo, além de ter feito com que os preços atingissem patamares extremamente elevados.

O estudo revela que o principal ponto de preocupação este ano foram, para o agronegócio brasileiro, os adubos e fertilizantes. 

Em 2020, o Brasil viveu uma alta vigorosa nas commodities e esse fato acabou por incentivar produtores ao redor do mundo a investirem mais em suas lavouras a fim de aproveitarem os bons preços.

Entretanto, durante este mesmo período alguns problemas de produção estavam acontecendo, mas como o mundo carregava bons estoques, a demanda continuava a ser atendida.

Porém, em 2021, os estoques já estavam em níveis insuficientes para continuar a atender as altas demandas e os preços começaram a reagir a menor oferta e assim permaneceram durante todo o ano, atingindo o pico ao final de 2021.

O início da guerra na Ucrânia foi o motivo que faltava para esses preços atingirem patamares ainda mais altos, recordes históricos para a maioria deles.

Em muitos lugares do mundo a alta nos preços está sendo forte o suficiente para restringir parcialmente a demanda e, no Brasil espera-se o mesmo movimento, mas em menor proporção.

Quando se olha para os níveis de importação destes defensivos reportados até o final de outubro deste ano, o estudo do Rabobank não aponta para redução nos volumes.

Usando o caso do glifosato como exemplo, até o final de outubro já haviam chegado aos portos brasileiros cerca de 133 mil toneladas de glifosato contra a 97 mil toneladas de glifosato na média de 5 anos durante todos os 12 meses do ano.

O problema é que estes defensivos chegaram aos portos brasileiros a um custo bastante superior ao observado em anos anteriores, com cerca de US$ 10,3 mil por tonelada, contra a média de US$ 3,8 mil por tonelada dos últimos cinco anos.

Mas, no caso de Mato Grosso do Sul, houve redução na quantidade importada. Contudo, para 2023, de acordo com o relatório do Rabobank, haverá uma retomada na produção dos principais países, o que deve fazer com que a cotação das principais moléculas tenda a cair.

Com relação às sementes de soja e de milho, o preço do insumo acompanhou a evolução do custo com fertilizantes e defensivos, uma vez que estes acabam por compor o custo de produção das sementes.  No entanto, como o aumento mais expressivo dos fertilizantes e defensivos ocorreu após o plantio de produção para a atual safra, a observação é de que em 2023 haverá um efeito residual da elevação dos custos na comparação com 2022.

Para a próxima safrinha de milho a ser plantada em janeiro de 2023, espera-se que haja sementes suficientes para o plantio, apesar da possível redução na oferta de alguns híbridos.

Na análise da combinação de todos esses fatores na composição dos custos de produção, especialmente da soja e do milho safrinha, o estudo do Rabobank aponta que a safra atual terá uma elevação bastante acentuada nos custos operacionais, em torno de 45% no caso da soja e de 25% para o milho safrinha.

O período de aquisição dos insumos mais tardio do milho safrinha em relação à soja favoreceu a composição do custo do cereal, uma vez que se beneficiou da baixa nos preços dos fertilizantes, principal motivo por trás do forte aumento nos custos.

Desta forma, para a atual safra a ser colhida a partir de janeiro de 2023, a perspectiva segue sendo de boas margens se forem observados os custos operacionais para culturas como soja, milho, dependendo da evolução destas safras.

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ECONOMIA

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin.

14/12/2025 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14.

Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria.

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. "Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras", dizem os pesquisadores.

Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No final de novembro, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a fintech vem sendo a maior pagadora de imposto no Brasil, com um alíquota efetiva de 31%. Em resposta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou que a diferença decorre da rentabilidade mais alta e acusou a instituição de Vélez de se aproveitar de "assimetrias regulatórias".

Um dos 5 maiores setores

De acordo com o relatório da Fin, a atividade financeira representou 4,8% do PIB brasileiro em 2024, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. É um dos cinco maiores setores da economia, à frente de áreas intensivas em mão de obra O segmento apresentou crescimento de 7,5% em 2023 e de 3,7% em 2024, acima da expansão do PIB (3,2% em 2023 e 3,4% em 2024), aponta o trabalho.

"Os dados mostram com clareza que o sistema financeiro brasileiro não apenas impulsiona investimento, inovação e consumo, como também sustenta uma parcela significativa do emprego formal e da arrecadação pública. Com um ambiente econômico favorável, o potencial de contribuição desse setor ao País pode ser ainda maior", disse a presidente da Fin, Cristiane Coelho.

O crédito ao setor privado alcançou 93,5% do PIB em 2024, aquém da mediana internacional (de 139,0%), conforme o estudo. Apesar disso, entre 2019 e 2024, a métrica cresceu 16,5 pontos porcentuais, o terceiro maior avanço entre cerca de 40 economias analisadas. Para efeito de comparação, pela mediana dos países avaliados, o crédito privado como proporção do PIB teve retração de 5,7 pontos porcentuais.

Em meio à popularização do Pix, o estudo mostra ainda que o Brasil está entre os mercados que mais ampliaram o volume e o valor de transações eletrônicas. Já em relação ao mercado de trabalho, o número de empregados do setor cresceu, em média, 3,2% ao ano de 2011 a 2021, enquanto a remuneração nominal subiu 7,4% ao ano.

"Quando observamos todas as atividades que compõem o setor financeiro, fica clara a sua verdadeira dimensão: em 2024, ele respondeu por quase 5% do PIB brasileiro e foi a atividade, entre as grandes acompanhadas pelo IBGE, cujo desempenho mais se correlaciona com o consumo e o investimento futuros", afirma o economista Vinícius Botelho, gerente de Assuntos Econômicos da Fin.

LOTERIA

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1152, sábado (13/12): veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/12/2025 08h05

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1152 da Dia de Sorte na noite deste sábado, 13 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 950 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 1,3 milhão.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 68 apostas ganhadoras, R$ 1.845,12
  • 5 acertos - 1.863 apostas ganhadoras, R$ 25,00
  • 4 acertos - 21.890 apostas ganhadoras, R$ 5,00
  • Mês da Sorte: Fevereiro - 66.183 apostas ganhadoras, R$ 2,50

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1152 são:

  • 12 - 14 - 16 - 24 - 22 - 10 - 18
  • Mês da sorte: 02 - Fevereiro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1153

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 16 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1153. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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