Economia

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Receita Federal libera lote com R$ 28 milhões em 19,3 mil restituições em MS

É a consulta ao 5º lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2022; em todo o Brasil será liberado R$ 1,9 bilhão

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A Receita Federal vai liberar, a partir desta sexta-feira (23), um total de 9.833 restituições no valor de R$ 28 milhões em Mato Grosso do Sul. 

Será o quinto lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) deste ano. 

Em todo o Brasil, serão contemplados 1.220.501 contribuintes, entre prioritários e não prioritários. O valor total do crédito é de R$ 1,9 bilhão.

Segundo a Receita Federal, o crédito bancário para 1.220.501 contribuintes será realizado no dia 30 de setembro, no valor total de RS 1,9 bilhão. 

Desse total, R$ 221.130.324,62 referem-se ao quantitativo de contribuintes que têm prioridade legal, sendo 5.201 contribuintes idosos acima de 80 anos, 36.492 contribuintes entre 60 e 79 anos, 4.247 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 15.378 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. 

Foram contemplados ainda 1.159.183 contribuintes não prioritários.

Para saber se a restituição está disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet (www.gov.br/receitafederal), clicar em "Meu Imposto de Renda" e, em seguida, em "Consultar a Restituição".

A página apresenta orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou uma consulta completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Se identificar alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificar a declaração, corrigindo as informações que porventura estejam equivocadas.

A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que possibilita consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

O pagamento da restituição é realizado na conta bancária informada na Declaração de Imposto de Renda, de forma direta ou por indicação de chave PIX. Se, por algum motivo, o crédito não for realizado (por exemplo, a conta informada foi desativada), os valores ficarão disponíveis para resgate por até 1 (um) ano no Banco do Brasil. Neste caso, o cidadão poderá reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal BB, acessando o endereço: https://www.bb.com.br/irpf, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de 1 (um) ano, deverá requerê-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda e clicando em "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".

Cabe ressaltar que, com esse lote, concluímos o pagamento de todas as restituições do exercício 2022 que não apresentaram inconsistência.

A malha em números

Entre março e setembro de 2022, a Receita Federal recebeu 38.188.642 declarações do IRPF 2022, ano-base 2021. 

Destas, 1.032.279 declarações foram retidas em malha. Esse número representa 2,7% do total de documentos entregues. São 811.782 declarações com Imposto a Restituir (IAR), representando 78,6% do total em malha; 198.541 declarações, ou 19,2% do total em malha, com Imposto a Pagar (IAP) e 21.956, com saldo zero, representando 2,1% do total em malha. 

Os principais motivos: 

41,9% - Omissão de rendimentos sujeitos ao ajuste anual (de titulares e dependentes declarados); 

28,6% - Deduções da base de cálculo (principal motivo de dedução - despesas médicas); 

21,9% - Divergências no valor de IRRF entre o que consta em Dirf e o que foi declarado pela pessoa física - entre outros, falta de informação do beneficiário em Dirf, e divergência entre o valor informado entre a DIRPF e a Dirf.  

Já os outros 7,6% são motivados por deduções do imposto devido, recebimento de rendimentos acumulados, e divergência de informação sobre pagamento de carnê-leão e/ ou imposto complementar.

Segundo o Supervisor Nacional do Programa do Imposto de Renda, o Auditor-Fiscal, José Carlos Fernandes da Fonseca, " os critérios de retenção em malha não são fixos, dependem de uma série de variáveis que se modificam com o tempo. 

Uma declaração que em um ano passaria pela malha, em outro exercício pode ficar retida. 

A comparação de valores declarados pelo contribuinte (usando ou não a pré-preenchida) e declarados por terceiros (dirf, dmed, dimob...) não é o único critério de retenção. 

A qualidade e confiabilidade dos dados apresentados são critérios que podem liberar ou reter uma declaração em malha."

Neste mês de setembro a Receita Federal está emitindo 444 mil correspondências para contribuintes com declarações na malha fina. 

O objetivo é avisar aos contribuintes que, em caso de erro na declaração apresentada, este é o momento para providenciar a sua correção, apresentando declaração retificadora.

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Empreendedorismo

Governo lança cartão de crédito e débito para MEIs

Iniciativa atinge mais de 14 milhões de microempreendedores

19/09/2024 10h30

Novo cartão MEI reúne crédito, capacitação e incentivos para formalização de novos negócios

Novo cartão MEI reúne crédito, capacitação e incentivos para formalização de novos negócios Foto: Gerson Oliveira

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O governo federal lançou, na última segunda-feira (16), o Cartão MEI, uma novidade que promete oferecer uma série de benefícios para os Microempreendedores Individuais (MEIs). 

O Cartão MEI foi inicialmente disponibilizado pelo Banco do Brasil, mas o governo pretende ampliar a oferta do serviço com a adesão de outras instituições financeiras em breve. O objetivo é garantir que os mais de 14 milhões de microempreendedores do país tenham acesso a essa solução, que reúne crédito, capacitação e incentivos para formalização de novos negócios.

Com a iniciativa, o governo federal busca promover o crescimento sustentável dos pequenos empreendimentos, uma ação que se alinha às políticas de recuperação econômica, especialmente no cenário pós-pandemia.

Vantagens do Cartão MEI

Sem cobrança de anuidade, o novo cartão combina funcionalidades de crédito e débito. Além disso, o cartão conta com um design exclusivo e um QR Code que facilita o acesso ao Portal do Empreendedor, onde é possível obter informações e realizar serviços essenciais.

Entre os principais benefícios do Cartão MEI, estão:

  • Isenção de anuidade;
  • Parcelamento de compras à vista;
  • Opção de parcelar faturas;
  • Centralização do pagamento de contas e boletos.

Como se tornar MEI

Para quem deseja formalizar seu negócio como MEI, é necessário atender a alguns requisitos básicos:

  • Não possuir sócios na empresa;
  • Não ser proprietário de outra empresa;
  • Não participar como sócio ou administrador em outro empreendimento.

O processo de abertura do MEI é simples e pode ser realizado de forma online, através do Portal do Empreendedor. Confira o passo a passo para formalizar o seu negócio:

  1. Acesse o Portal de Serviços do Governo Federal (Plataforma gov.br);
  2. Se ainda não possuir, crie uma senha para acessar o sistema;
  3. Verifique se a atividade exercida é permitida para MEIs;
  4. Se a atividade for elegível, clique em "Quero ser MEI" e, em seguida, "Formaliza-se";
  5. Preencha o cadastro online.

Documentos necessários para abrir um MEI

Para abrir um MEI, é necessário ter em mãos os seguintes documentos:

  • CPF;
  • Título de eleitor;
  • CEP residencial e do local onde a atividade será exercida;
  • Número das duas últimas declarações do Imposto de Renda;
  • Número de celular ativo.

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AGROPECUÁRIA

Produtores rurais de MS contabilizam prejuízos de R$ 1,2 bilhão com queimadas

De acordo com pesquisadora da Embrapa, os próximos ciclos produtivos também podem ficar comprometidos

19/09/2024 08h30

Foto: Bruno Rezende/ SEGOV

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O avanço das queimadas em território sul-mato-grossense já registra como consequência um impacto bilionário ao setor produtivo. Estimativa da Federação da Agricultura e Pecuária Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul) indica que os incêndios em áreas destinadas à agropecuária já gerou prejuízo de R$1,2 bilhão entre janeiro e o início deste mês.

De acordo com a federação, a conjectura tem como base o mapeamento de focos de calor, revelando os valores médios de receita bruta de produção por hectare. 

“A estimativa de impacto econômico dos incêndios nas áreas destinadas à agropecuária do Estado está em torno de R$ 1,2 bilhão, considerando a estimativa em relação ao mapeamento de focos de calor entre junho e início de setembro, sem considerar ainda os prejuízos em infraestrutura”, destaca o Departamento Técnico do Sistema Famasul.

Afetado fortemente pelas inconstâncias climáticas registradas nos últimos anos, que contribuíram principalmente para uma seca severa que resultou em um aumento dos focos de incêndio, o Estado vem enfrentando desafios para manter suas principais atividades, como a pecuária de corte, o processamento de cana-de-açúcar para produção de açúcar e etanol e o processamento de eucalipto para produção de celulose.

FOCOS

De janeiro até agora foram quase 185 mil focos de queimadas registradas em todo o País, sendo 11 mil deles distribuídos em diversas regiões de MS, em especial na região do Pantanal.

Dimensionar perdas causadas pela crise ainda em andamento é um desafio, segundo analistas, uma vez que seus efeitos ainda não são totalmente conhecidos. De acordo com o economista-chefe da consultoria MB Associados, em entrevista à Folha de São Paulo, ressalta que o mundo precisa de ações mais concretas para evitar cenários catastróficos nos próximos anos. 

“A questão climática estar afetando a agricultura é a maior preocupação [econômica]. Vai demandar projetos de irrigação e seguro. E seguro rural é uma coisa relativamente mal desenvolvida no Brasil”, afirma. 

O economista do Sindicato o Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), Staney Melo Barbosa, acrescenta que MS vem enfrentando muitos problemas no interior, com destaque para a região pantaneira.

“Tivemos relatos de incêndios ao lado de estradas importantes, gerando perigo real para os automóveis que transitam nessas regiões. Em decorrência dos incêndios, o Estado está sendo ameaçado pela contaminação do ar e da água da chuva, tudo isso deve mexer com a economia. É um desastre, os prejuízos econômicos são incalculáveis e estão impactando tanto a fauna e a flora quanto a produção agrícola e industrial no Estado”, comenta.

No cálculo anual, entre os dez estados brasileiros com maior número de focos de queimadas registrado pelo Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso lidera o ranking, com 28.796 focos. Em seguida aparece o Pará (22.076), o Amazonas (16.305), Mato Grosso do Sul (10.286), o Tocantins (9.162), o Maranhão (8.300), Rondônia (7.161), Minas Gerais (6.191), São Paulo (5.700) e Roraima (4.672).

IMPACTO

Os danos já causados ao solo tornam mais graves os efeitos das queimadas sobre a produção futura da agropecuária no Estado. Segundo a pesquisadora Michely Tomazi, da Embrapa Agropecuária Oeste, o acúmulo de palhada na superfície do solo é muito importante, não só durante o ciclo, mas durante um longo prazo que o solo acumula material que mantém atividade biológica.

“Quando ocorrem queimadas, isso tudo é perdido na parte mais superficial do solo, afetando diretamente a biota do solo, que é muito importante na ciclagem de nutrientes e outros processos”, detalha e completa.

“As queimadas afetam diretamente a qualidade do solo e impactam o ciclo produtivo futuro. A recuperação disso vai depender de como é feito esse próximo manejo, depois da queimada”, destaca a pesquisadora.

Para a pecuária, a Michely diz que as áreas de pastagem terão uma rebrota, porém, com uma grande perda do material que estava protegendo a camada superficial do solo. 

“Para quem vai realizar plantio logo após a queima, é importante colocar alguma cultura de ciclo rápido, para fazer uma palhada e proteger o solo, reduzindo a perda de água por evaporação, aquecimento excessivo do solo, evitar erosão e maiores perdas”, alerta Michely.

62,8%

Nos primeiros três dias deste mês, o País contabilizou 12.252 focos de queimada, aumento de 62,8% em relação ao mesmo período de agosto.

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