Economia

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Reforma tributária pode desacelerar crescimento de MS, apontam analistas

Autoridades e entidades temem os efeitos negativos para o Estado com a perda de arrecadação e autonomia econômica

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Aprovada pelo Senado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária desperta preocupação em Mato Grosso do Sul. Especialistas e entidades do setor apontam perdas e prejuízos na arrecadação e, por consequência, na autonomia econômica estadual.

A discussão de modificar a tributação brasileira está na pauta há mais de 30 anos. O texto aprovado em dois turnos nesta quarta-feira, com 53 votos favoráveis e 24 contrários, retorna para a Câmara dos Deputados em função das modificações no Senado. Ganhando novos contornos após passar pelo relator no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), a base da PEC permanece intacta.

Considerado arcaico, o complexo sistema tributário brasileiro faz com que cada produto ou serviço pague um imposto diferente dependendo do estado onde é vendido e da forma como se apresenta. Assim, a essência da PEC consiste em tese na simplificação de tributos e do modelo em funcionamento no País.

A reforma prevê a substituição de cinco tributos – o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto sobre Serviços (ISS), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) – por três: Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) 
e o Imposto Seletivo (IS).

Em Mato Grosso do Sul, autoridades e entidades temem os efeitos negativos para o Estado, uma vez que a consolidação da reforma tem capacidade de modificar drasticamente o cenário de pleno crescimento. Como é o caso dos critérios de distribuição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), que compensará os estados brasileiros por perdas no novo sistema, colocando MS em penúltimo na distribuição dos recursos.

Os aportes começariam em 2043, e a expectativa é de que até lá esses valores sejam atualizados. Mato Grosso do Sul receberia R$ 750 milhões, volume superior apenas ao do Distrito Federal, cujo montante previsto é de R$ 530 milhões.

Conforme já divulgado pelo Correio do Estado, o governador Eduardo Riedel (PSDB) considera a proposta contida no relatório do senador Eduardo Braga “extremamente injusta”.

“Temos de buscar mais justiça, e esse deve ser o espírito da reforma tributária, com base no desenvolvimento regional”, afirmou o governador em entrevista publicada no dia 31 de outubro. Outro aspecto evidenciado é que os impostos passarão a ser cobrados no destino final, e não mais em sua origem.

“Isso gerará muita discussão no Judiciário e trará imensos prejuízos ao nosso estado, que é produtor”, lamenta a advogada tributarista e presidente da Comissão de Assuntos Tributários (Catri) da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS), Janaína Galeano. Ela ressalta que haverá um período de transição para a adoção do novo sistema entre 2026 e 2032. A partir de 2033, os tributos atuais serão extintos.

Diretor-tesoureiro suplente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Mato Grosso do Sul (Sindifisco-MS), Cloves Silva acompanha os desdobramentos do processo e é crítico quanto ao teor do texto aprovado, em especial para o Estado, que segundo ele perderá muito, independentemente de qualquer aspecto.

“Mato Grosso do Sul perde arrecadação, perde autonomia, deixa de ser um estado atrativo para investimentos externos, fica em penúltimo lugar entre os estados para o recebimento de recursos para o desenvolvimento regional e fica dependente dos recursos do Fundersul [Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de MS] por um período limitado. Perde o protagonismo conseguido com muito esforço desde 1998, correndo sério risco de voltar à marginalidade”, elenca.

UNIFICAÇÃO

Janaína detalha que a unificação dos impostos existentes ainda gera dúvidas sobre. “No lugar deles, serão criados – além do Imposto sobre Valor Agregado (IVA Dual), que contará com duas parcelas, uma para a União e outra a ser dividida entre estados e municípios – um gerenciado pela União [o CBS] e outro por estados e municípios [o IBS], sem falar de um Imposto Seletivo, sobre produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, os quais serão disciplinados em lei complementar posteriormente”, acrescenta.

Quanto ao tributo para produtos que fazem mal à saúde, a advogada enfatiza preocupação de quais serão os parâmetros utilizados na eleição desses itens. “Se pensarmos que o açúcar e o sal são vilões, embutidos e refrigerantes poderão ter alíquotas aumentadas”, exemplifica.

Apesar de ainda não haver um cálculo sobre a nova versão, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê uma alíquota de 28,04%. O valor final deverá ser estipulado na regulamentação da PEC, que se dará por uma lei complementar.

Janaína adiciona que, além do IVA Dual, o regime tributário lucro presumido para os serviços continuará a incidir no Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), com alíquota de 4,8%, e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), com alíquota de 2,88%.

“Sendo assim, ainda que se considere a alíquota apresentada pelo governo de 27,5%, 
e não a apresentada pelo Ipea, o total de tributação poderá chegar por volta de 35,18%, isso sem adentrarmos no porcentual adicional de IRPJ”, aponta a advogada tributarista.

Quanto ao Simples Nacional, Janaína salienta que, apesar de ser objeto de futura regulamentação por lei complementar, entende que haverá um descompasso competitivo e um possível aumento na carga tributária.
“Não é demais salientar que 93% das empresas são optantes do Simples Nacional, e para ter competitividade no mercado, as empresas voltadas ao comércio terão ou que sair do referido regime tributário 
ou optar pelo regime híbrido [no qual recolherá o IBS e a CBS separadamente], em razão da melhor apropriação dos créditos tributários. Sem contar que a opção híbrida desprestigia a simplificação que é inerente ao regime”, lastima.

PRINCIPAIS MUDANÇAS 

Entre as introduções adicionadas no Senado está uma trava que barra o aumento da carga tributária, mudança essa demandada pelo setor produtivo, que teme o aumento dos impostos pelo governo federal, pelos estados e pelos municípios com a reforma do sistema tributário.

Fica imposto também a obrigatoriedade de revisão a cada cinco anos das chamadas exceções, as quais beneficiam uma longa lista de setores e atividades (transportes, combustíveis, saneamento, planos de saúde, setor imobiliário, jogos de prognósticos, loterias e instituições financeiras, incluindo bancos).

Os senadores também tornam obrigatório o sistema de cashback, isto é, de devolução, do imposto da conta de luz e do gás de cozinha da população de baixa renda. Fica previsto também o cashback para os produtos da cesta básica.

O texto prevê 25 exceções, ou seja, itens que terão alíquota menor ou regimes tributários especiais, como o caso dos produtos da cesta básica e de alguns medicamentos.

No Senado, a PEC sofreu mudanças também no aumento da lista de setores beneficiados com tratamento tributário diferenciado (via alíquota reduzida ou regime específico), como para o saneamento, o turismo, os clubes de futebol e os profissionais liberais como médicos e advogados.

Ao todo, o texto recebeu cerca de 830 emendas durante a discussão no Senado. O relator acatou parte das sugestões de mudanças propostas no Plenário.

Diante das alterações, o texto terá de passar por uma nova votação na Câmara, contudo, 
o presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), já sinalizou que os trechos de consenso poderão ser promulgados logo, o que garante a contagem dos prazos da transição.

Loterias

Resultado da Timemania de hoje, concurso 2146, sábado (21/09)

A Timemania realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

21/09/2024 19h15

Confira o resultado da Timemania

Confira o resultado da Timemania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2146 da Timemania na noite deste sábado, 21 de setembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 2 milhões.

Confira o resultado da Timemania de hoje!

Os números da Timemania 2146 são:

  • 10 - 03 - 62 - 35 - 55 - 72 - 57

  • Time do coração: Jacuipense / BA

O sorteio da Timemania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Timemania 2147

Como a Timemania tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 24 de setembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2147. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Timemania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 10 dente as 80 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de três a sete números, ou o time do coração;

Como jogar a Timemania

A Timemania é a loteria para os apaixonados por futebol. Além de o seu palpite valer uma bolada, você ainda ajuda o seu time do coração.

Você escolhe dez números entre os oitenta disponíveis e um Time do Coração. São sorteados sete números e um Time do Coração por concurso. Se você tiver de três a sete acertos, ou acertar o time do coração, ganha.

Você pode deixar, ainda, que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9, ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 10 dezenas, a probabilidade de acertar sete números ganhar o prêmio milionário é de 1 em 26.472.637, segundo a Caixa.

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Loterias

Resultado da Quina de hoje, concurso 6539, sábado (21/09)

A Quina realiza seis sorteios semanais, de segunda-feira a sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

21/09/2024 19h11

Confira o resultado da Quina

Confira o resultado da Quina Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 6539 da Quina na noite deste sábado, 21 de setembro, de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 21 milhões.

Confira o resultado da Quina de hoje!

Os números da Quina 6539 são:

  •  30 - 10 - 42 - 74 -33

O sorteio da Quina é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Quina 6540

Como a Quina seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no segunda-feira, 23 de setembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 6540. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Quina é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 5 dentre as 80 dezenas disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 2, 3, 4 ou 5 números.

Como apostar na Quina

A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Ganham prêmios os acertadores de 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas cinco dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,50 a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda segundo a Caixa.

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