Economia

LOGÍSTICA

Rota Bioceânica terá custo de exportação 12,63% menor por cada tonelada

Na comparação com o porto de Santos, são 4.316 km a menos de distância e uma economia 12 dias e 7 horas até a China, principal destino das exportações

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Estudo feito pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL) de Mato Grosso do Sul aponta que a Rota Bioceânica trará economia ao bolso de toda a classe produtiva do Estado. 

A distância, o tempo e o custo serão menores, proporcionando maior competitividade aos produtos brasileiros a serem exportados pela nova rota.

Em artigo técnico, a EPL mostra que as exportações saindo de Campo Grande para o porto de Santos (SP) e, de lá, até Shangai, na China, percorrem uma distância de 25.245 km, com um tempo de 54 dias e 8 horas. 

Essas mesmas exportações saindo de Antofagasta – no Chile – somam uma distância de 20.929 km, com um tempo de 42 dias e uma hora. São 4.316 km a menos de distância e uma economia 12 dias e 7 horas.

E quando a questão chega ao custo, a economia para o bolso de quem exporta também é satisfatória. 

De acordo com o estudo da EPL de Mato Grosso do Sul, a tonelada de qualquer produto saindo pelo porto de Santos tem um custo de US$ 342,44, enquanto que pelo porto de Antofagasta será de US$ 299,20. 

Em cifras, a economia será de US$ 33,24 por tonelada, configurando-se em um custo 12,63% menor.

De acordo com a EPL, essas reduções dos custos logísticos e dos tempos de viagem passam a possibilitar um incremento no intercâmbio comercial do Brasil com novos mercados, aumentando a competitividade e fomentando o desenvolvimento regional através da formação de polos industriais e de clusters produtivos, facilitando a inserção do país na cadeia global e a agregação local de valor.

Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) explicou que a fase mais difícil do corredor bioceânico – ou Rota Bioceânica – já passou. 

“Brasil, Paraguai, Argentina e Chile estão caminhando nas obras e a previsão é de que tudo fique pronto até o fim de 2025”, disse Jaime Verruck.

Além do custo, tempo e distâncias menores, a produção de Mato Grosso do Sul poderá escoar por quatro portos chilenos. 

“Vamos ganhar muito tempo e produtividade. O próximo desafio é mostrar aos argentinos que será importantes estabelecer uma única cabeceira alfandegária em Porto Murtinho. Esse diálogo foi promissor com autoridades chilenas e paraguaias. Todos os projetos já foram aprovados pelos legislativos dos quatro países e uma mudança de governo – em nível federal - não vai mudar o andamento das obras”, detalhou Verruck.

A ponte, em Porto Murtinho, que vai ligar o Mato Grosso do Sul ao Paraguai – a um custo de R$ 150 milhões, com 13 km de extensão – vai ficar pronta em dezembro de 2024. 

As obras já começaram dos dois lados – tanto o brasileiro, quanto o paraguaio. Na Argentina, faltam 100 km de estradas e uma ponte. No Chile e no Paraguai, as obras já foram licitadas. 

“Os governos regionais entraram neste circuito e estão fazendo a sua parte, assim como o nosso governo, com a construção do anel viário e a duplicação de um trecho da pista”, frisou Verruck.

Em Porto Murtinho, a expectativa de uma conexão entre os oceanos Atlântico e Pacífico tem atraído investimentos em novos terminais e em infraestrutura de apoio ao longo da rota, a exemplo do pátio para estacionamento de caminhões. 

Segundo Jaime Verruck, a capacidade é para 400 caminhões. 

“O próximo desafio é fazer com que Porto Murtinho tenha uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE)”, antecipou Verruck.

A ZPE é uma área de livre comércio com o exterior, que é destinada à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior. 

As empresas que se instalam em ZPE têm acesso a tratamentos tributários, cambiais e administrativos específicos do regime. 

“No caso de Porto Murtinho, produtos que fossem exportados ou importados passariam a ser montados aqui em Mato Grosso do Sul”, acrescentou Verruck. 

O secretário disse, ainda, que não mais o menor risco de a obra atrasar.

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Economia

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

No âmbito estadual, Mato Grosso do Sul registrou 2,26 milhões de pessoas em idade para trabalhar, número estável em comparação ao mesmo período de 2023

22/11/2024 15h00

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais Reprodução Internet

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A taxa de desocupação em Campo Grande atingiu 2,8% no terceiro trimestre de 2024, conforme dados da PNAD Contínua, divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice, que representa uma queda de 1,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, é o segundo menor entre as capitais do país. Campo Grande, que liderava o ranking, foi superada por Cuiabá, onde a taxa de desocupação chegou a 2,7%.  

No âmbito estadual, Mato Grosso do Sul registrou 2,26 milhões de pessoas em idade para trabalhar, número estável em comparação ao mesmo período de 2023. Destas, 1,49 milhão estavam na força de trabalho, sendo 1,43 milhão ocupadas e 57 mil desocupadas.  

Segundo o IBGE, é considerada ocupada a pessoa em idade apta para trabalhar que exerceu, de forma remunerada, pelo menos uma hora de atividade na semana de referência, incluindo trabalhos formais e informais. Os desocupados são aqueles que não se enquadram nesse perfil.  

O nível de ocupação em Mato Grosso do Sul foi de 64,2%, um aumento de 0,8 p.p. em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, sendo ambos os resultados considerados estáveis.  

Entre os estados, a taxa de desocupação de Mato Grosso do Sul (3,8%) foi a quarta menor, atrás de Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%). Pernambuco, por sua vez, apresentou a maior taxa, com 10,5%.  

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

No Brasil, a taxa de desocupação no terceiro trimestre de 2024 foi de 6,4%, representando uma queda de 0,5 p.p. em relação ao trimestre anterior (6,9%) e de 1,3 p.p. frente ao mesmo período de 2023 (7,7%).  

Por gênero, a taxa nacional foi de 5,3% para homens e 7,7% para mulheres. Já por cor ou raça, a desocupação foi inferior à média para brancos (5,0%) e superior para pretos (7,6%) e pardos (7,3%).  

Empregos e setores  

Mato Grosso do Sul manteve estabilidade no número de empregados, totalizando 1,06 milhão no terceiro trimestre, ante 1,05 milhão no trimestre anterior. Deste total, 757 mil atuam no setor privado, 209 mil no setor público e 98 mil como trabalhadores domésticos.  

O número de empregados no setor privado com carteira assinada registrou variação de 12 mil pessoas, mas foi considerado estável em relação ao trimestre anterior (1,6%) e ao mesmo período de 2023 (3,5%). No setor privado sem carteira assinada, o total permaneceu em 172 mil, também estável frente ao trimestre anterior (5,5%).  

Os dados reforçam a recuperação gradual do mercado de trabalho no estado e no país, com índices de ocupação superiores aos registrados em 2023 e avanços consistentes na redução da desocupação.


 

Imposto de renda

Veja se recebeu a restituição do IR 2024

Receita Federal liberou a consulta ao segundo lote residual de restituição

22/11/2024 14h00

Aplicativo da Receita federal

Aplicativo da Receita federal Divulgação

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A Receita Federal anunciou que a partir desta sexta-feira (22), os contribuintes poderão consultar o segundo lote residual de restituição do Imposto de Renda 2024.

Como consultar a restituição

Para verificar se a restituição está disponível, o contribuinte deve seguir estes passos:

  1. Acessar o site da Receita Federal
  2. Clicar em "Meu Imposto de Renda"
  3. Em seguida, selecionar "Consultar a Restituição"

A consulta também pode ser realizada através do aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para smartphones e tablets.

Informações necessárias

Para realizar a consulta, o contribuinte precisará informar:

  • CPF
  • Data de nascimento
  • Ano do exercício da declaração (2024)

Pagamento e valores

O crédito bancário para 221.597 contribuintes será realizado no dia 29 de novembro, totalizando R$ 558,8 milhões. Deste montante, R$ 306,8 milhões serão destinados a contribuintes com prioridade legal.

O lote contempla os seguintes grupos prioritários:

  • 4.802 contribuintes idosos acima de 80 anos
  • 34.287 contribuintes entre 60 e 79 anos
  • 3.570 contribuintes com deficiência física ou mental ou moléstia grave
  • 8.898 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério

Além disso, 88.246 contribuintes não prioritários que utilizaram a declaração pré-preenchida ou optaram por receber a restituição via PIX também serão contemplados.

Dicas para futuros lotes

Para quem não foi contemplado neste lote, é importante manter os dados cadastrais atualizados junto à Receita Federal. Caso haja alguma pendência na declaração, o contribuinte pode realizar a retificação para corrigir eventuais erros.

Lembre-se de que a Receita Federal nunca envia e-mails ou mensagens solicitando dados pessoais dos contribuintes. Portanto, mantenha-se atento a possíveis tentativas de golpes.

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