De janeiro a junho desse ano, o acumulado das exportações atingiu o valor de US$ 5,280 bilhões em Mato Grosso do Sul. Os Estados Unidos é o segundo principal destino das exportações do Estado, com 5,97%, atrás apenas da China, que absorve 47,05% das exportações.
Nesse cenário, tendo em vista que os Estados Unidos é o segundo maior comprador da produção estadual, a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar em 50% todas as exportações brasileiras, a partir de agosto, pode impactar diretamente à competitividade dos produtos sul-mato-grossenses.
Conforme reportagem do Correio do Estado, com a taxação, há o risco da redução do envio ao mercado norte-americano, porque o produto brasileiro ficará mais caro aos compradores estadunidenses, o que afetará o valor para o consumidor final.
Segundo a Carta de Conjuntura do Comércio Exterior, divulgada pela Secretaria Estadual deMeio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), os principais produtos exportados pelo Estado no semestre foram a celulose, soja e carne bovina.
No entanto, quando se trata do mercado norte-americano, entre os produtos mais exportados estão a carne bovina, o ferro fundido e a celulose.
Cabe destacar que, o mercado norte-americano representa cerca de 6% da pauta de exportações de Mato Grosso do Sul, bem longe do mercado chinês que consome 48% da produção sul-mato-grossense.
No semestre, o valor exportado aos Estados Unidos chega a US$ 315.474.369,00, com volume de 318.224 toneladas.
No mesmo período do ano passado, foram US$ 283.118.838,00, com volume de 387.679,72 toneladas.
Na sequência de China e Estados Unidos, os principais parceiros comerciais de Mato Grosso do Sul são a Argentina (4,11%), Itália (3,91%) e Holanda (3,81%).
Mais importadores do que exportadores
Nesta segunda-feira (14), durante coletiva de imprensa, o governador Eduardo Riedel (PSDB) se posicionou sobre o tarifaço, classificando a decisão como um "equívoco" do presidente Donald Trump.
"A relação comercial do Brasil com os Estados Unidos é antiga e nós não somos mais importadores do que exportadores, nosso saldo com eles é negativo. Então, acho que tem que ser resolvido no âmbito da diplomacia, da conversa, buscar solucionar essa situação no âmbito do comércio exterior", disse.
Exportações
De acordo com um levantamento divulgado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul (Semadesc), de janeiro a junho desse ano, o acumulado das exportações atingiu o valor de US$ 5,280 bilhões no Estado. Esse valor representa 1,76% de crescimento em relação aos cinco primeiros meses do ano passado.
Conforme os dados, os principais produtos exportados foram a celulose (32,68%), soja (27,9%) e carne bovina (14,37%). Além disso, a China é o principal destino, absorvendo 47,05% das exportações, em seguida estão os Estados Unidos, com 5,97% e Argentina, com 4,11%.
Diante disso, o mês de junho de 2025 foi marcado por um aumento de 8,62% do valor exportado, em relação ao mês de maio, e por um aumento do valor das importações igual a 30,46% em relação ao mês anterior. Sendo assim, em junho, o valor total exportado foi de US$ 977,28 milhões, e o importado, US$ 205,99 milhões.
O documento ainda mostrou que Mato Grosso do Sul tem exibido um sólido desempenho nas exportações, impulsionado por commodities e produtos agrícolas.
Cabe destacar que os principais municípios exportadores de Mato Grosso do Sul no mês de junho de 2025 foram Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo, Dourados, Campo Grande e Corumbá, sendo esse último, um dos principais estabelecimentos pelos quais os produtos do estado são exportados, através da ALF Corumbá. O destaque vem seguido dos portos de Santos, Paranaguá, São Francisco do Sul, e ARF Porto Murtinho.




