Economia

DESENVOLVIMENTO

Suzano vai investir R$ 700 milhões em MS financiados pelo BNDES

Dos R$ 2,3 bilhões liberados pelo banco estatal 30,20% terão como destino MS

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Dos R$ 2,3 bilhões destinados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para a Suzano, 30,20% vão ser investidos em Mato Grosso do Sul.

O Correio do Estado entrou em contato com a empresa sobre o tema e descobriu que, ao todo, R$ 696,2 milhões devem ser utilizados para incentivar a produção no Estado. 

A Suzano informou que R$ 42,7 milhões irão para projetos industriais e R$ 653,5 milhões serão destinados para expandir a base florestal da empresa.

Conforme o comunicado da empresa, a operação financeira contribui para uma maior diversificação das fontes de financiamento da Suzano, que coloca em curso neste momento o maior ciclo de investimentos já feito pela empresa.

“Somente em 2022 serão desembolsados R$ 16,1 bilhões em diversos investimentos nas áreas industrial, florestal e de logística, entre outras”, informa a Suzano.

O valor destinado à operação industrial será alocado na planta de Três Lagoas, conforme anunciado na nota à imprensa divulgada pelo BNDES. Ainda serão aportados valores em outras seis unidades industriais para apoiar a modernização e capacidade produtiva.

Os demais recursos vão ao encontro das expectativas do Projeto Cerrado. A meta anunciada na divulgação do que, na época, era o maior projeto industrial de celulose do mundo, é de aumentar a área plantada da empresa para 600 mil hectares de eucalipto na região de Ribas do Rio Pardo.

Segundo a nota, o acordo firmado consiste em um empréstimo de longo prazo, de até 20 anos. “[O acordo tem] um diferencial importante para setores de ciclo longo de maturação dos investimentos, como é o caso da indústria de papel e celulose”, afirma o posicionamento da Suzano. 

Além de Mato Grosso do Sul, os investimentos têm como finalidade dar suporte ao cultivo de eucalipto em outros seis estados. 

Potencial

Presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore-MS), Júnior Ramires diz que a indústria da celulose é a maior consumidora de madeira no Estado, principalmente porque o mercado externo tem uma demanda anual que cresce a um ritmo que varia entre 1,5 milhão a 2 milhões de toneladas.

Com demanda pujante mundialmente e empresas cada vez mais interessadas em MS, é de se esperar que a área plantada de eucalipto, que atualmente está em 1,2 milhão de hectares, segundo o relatório anual da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), venha a duplicar nos próximos anos. 

“O crescimento garantido na próxima década é positivo, temos uma segunda linha da Eldorado em Três Lagoas, projeto da Suzano pode ser duplicado, projeto da Arauco também, estamos falando de quatro grandes projetos, sendo oito linhas de produção. E vamos precisar chegar à marca de 2 milhões de hectares rapidamente”, avalia.

Segundo o diretor da empresa Regrow, Renato Rodrigues, atualmente é possível estimar 15 milhões de hectares de pastagem degradas no Estado. “Em torno de 72% disso tem algum nível de degradação, então, são 11 milhões de hectares. Isso é uma baita oportunidade”, resume.

Rodrigues afirma que, atualmente, Mato Grosso do Sul tem em torno de 3,8 milhões de hectares com Intregração Lavoura-Pecuária (ILP) e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

“A indústria florestal agrega o componente florestal à integração lavoura-pecuária e aumenta o potencial de geração de renda pro produtor. Não existe falar em sustentabilidade sem falar em economia”, classifica.

Conforme o gerente de negócios florestais da Suzano no Estado, Miguel Caldini,  a empresa vê também com muitos bons olhos a adoção do ILPF pelos produtores rurais.

“Principalmente falando aqui do Mato Grosso do Sul, isso contribuiu para esse processo de captura de carbono. Eu cuido dessa parte de negócios florestais e rodo muito o Estado, vou a muitas fazendas e vejo um grande potencial em fazer alguma coisa nesse sentido”, comenta. 

Crescimento

Além do projeto da Suzano, a empresa chilena Arauco anunciou a construção de uma planta quase do mesmo porte da empresa brasileira em Inocência. Com isso, a região do bolsão tem tudo para se firmar como o principal polo mundial de produção de madeira e celulose.

Junior Ramires, do Reflora-MS, comenta que a  concentração do setor florestal se manterá no leste de MS. “As áreas degradadas que precisamos para transformá-las em áreas produtivas estão nesta região. Hoje, o mais importante é que setor tem a dispensa do licenciamento ambiental, no caso, no bioma Cerrado”, revela. 

Segundo Ramires, esssa possibiidade de oito novas fábricas vão gerar riquezas para MS. “A grande vantagem é que agregamos valor à produção e atividade rural melhora. A atividade industrial da celulose será a mais importante, superando até a soja”, espera.

No última semana, o governo do Estado anunciou mais um investimento ligado à celulose.

Com valores esperados de R$ 406 milhões, uma indústria química para a fabricação de cloreto de sódio, peróxido de hidrogênio, dióxido de cloro e hidrogênio será instalada no mesmo sítio onde está sendo construída a fábrica da Suzano em Ribas.

Conforme o doutor em economia Michel Constantino, a geração de valores que o setor de celulose está ofertando para Mato Grosso do Sul é de um futuro de muitas oportunidades. “Minha previsão é que o PIB de MS aumente entre 8 e 10% com as duas plantas em funcionamento pleno”, projeta.

Segundo ele, as cidades vão chamar atenção de pessoas de outras localidades e desenvolver as regiões em que estão inseridas. “Isso vai triplicar o número de habitantes dessas cidades, gerar emprego e mudar o cenário produtivo de Mato Grosso do Sul”, finaliza.

LOTERIA

Resultado da Loteria Federal 06026-7 de ontem, sábado (13/12): veja o rateio

A Loteria Federal é a modalidade mais tradicional das loterias da Caixa, com sorteios realizados às quartas e sábados; veja números sorteados

14/12/2025 07h35

Foto: Reprodução

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A Caixa Econômica Federal realizou a extração 06026-7 da Loteria Federal na noite deste sábado, 13 de dezembro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). O sorteio ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Resultado da extração 06026-7 :

5º prêmio: 8308 - Sumaré/SP

4º prêmio: 74193 - Capivari/SP

3º prêmio: 46467 - São José do Rio Preto/SP

2º prêmio: 82146 - Ribeirão Pires/SP

1º prêmio: 93803 - Contagem/MG

O sorteio da Loteria Federal é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Como jogar na Loteria Federal

Os sorteios da Loteria Federal são realizados às quartas e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

Para apostar na Loteria Federal você escolher o bilhete exposto na casa lotérica ou adquiri-lo com um ambulante lotérico credenciado. Você escolhe o número impresso no bilhete que quer concorrer, conforme disponibilização no momento da compra.

Cada bilhete contém 10 frações e pode ser adquirido inteiro ou em partes. O valor do prêmio é proporcional à quantidade de frações que você adquirir.

Com a Loteria Federal, são diversas as chances de ganhar. Você ganha acertando:

  • Um dos cinco números sorteados para os prêmios principais;
  • A milhar, a centena e a dezena de qualquer um dos números sorteados nos cinco prêmios principais;
  • Bilhetes cujos números correspondam à aproximação imediatamente anterior e posterior ao número sorteado para o 1º prêmio;
  • Bilhetes cujos números contenham a dezena final idêntica a umas das 3 (três) dezenas anteriores ou das 3 (três) dezenas posteriores à dezena do número sorteado para o 1º prêmio, excetuando-se os premiados pela aproximação anterior e posterior;
  • A unidade do primeiro prêmio.

Premiação

Você pode receber o prêmio em qualquer lotérica ou nas agências da Caixa.

Caso o prêmio bruto seja superior a R$ 2.259,20, o pagamento deve ser realizado somente nas agências da Caixa, mediante apresentação de comprovante de identidade original com CPF e do bilhete (ou fração) original e premiado.

Valores iguais ou acima de R$ 10 mil são pagos no prazo mínimo de dois dias úteis a partir de sua apresentação em Agência da Caixa.

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Economia

Com busca por arrecadação, Brasil teve em 2024 maior carga tributária em mais de 20 anos

Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023

13/12/2025 14h30

Crédito: José Cruz / Agência Brasil / Arquivo

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O Brasil registrou, em 2024, a maior carga tributária bruta (CTB) dos últimos 22 anos. Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023, quando o indicador marcava 30,22%, segundo dados da Receita Federal. Caso não tivessem sido feitas mudanças na metodologia do cálculo do indicador, o porcentual chegaria a 34,12%.

No levantamento de 2024 foram excluídas as contribuições das empresas ao Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS) e ao Sistema S, cujos recursos são usados para manter sistemas de aprendizado e cultura ligados a empresas, como Sesi, Senai e Sesc.

Segundo a Receita, a mudança foi adotada para alinhar o cálculo da carga tributária brasileira às diretrizes metodológicas internacionais, como as adotadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Apesar de terem recolhimento compulsório para as empresas, a justificativa para a exclusão é que o FGTS não pertence ao governo, mas aos trabalhadores. Já os recursos do Sistema S também não têm ingerência do poder público.

Para mitigar os impactos da mudança e permitir a manutenção da comparação dos dados ao longo do tempo, o estudo trouxe o recálculo dos valores dos anos anteriores com os novos critérios A exclusão resulta em uma redução consistente nos níveis de carga tributária registrados em toda a série.

Apesar da mudança impactar a repartição da carga tributária entre os entes federativos (com redução sobre dois tributos federais, já que tanto FGTS quanto as contribuição ao Sistema S entravam nessa rubrica), não há efeito na distribuição dos recursos, determinados por fundos de participação e transferências constitucionais.

Altas por todos os lados

A alta nos tributos do ano passado foi puxada principalmente por aumento de tributos federais e estaduais, mas a majoração da tributação aconteceu nas três esferas governamentais.

No âmbito federal, o maior impacto foi causado pela elevação das contribuições para PIS/Pasep e Cofins, seguidos por imposto de renda retido na fonte da pessoa física (IRPF), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre comércio exterior e imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

Nos Estados, as maiores altas ficaram por conta de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD). Na esfera municipal, o aumento de Imposto sobre Serviços (ISS) foi menor, de 0,09 ponto porcentual.

A série histórica da participação dos entes federativos na arrecadação total indica uma tendência clara: União e Municípios vêm ampliando suas fatias relativas na arrecadação, enquanto os Estados apresentam trajetória inversa, com redução contínua desde 2021.

Em 2024, a participação da União atingiu 66,14%, e a dos municípios, 7,59% — ligeiramente inferior ao valor registrado em 2023 (7,66%), o maior da série iniciada em 2015. Já os Estados, com 26,28%, atingem o menor patamar do período analisado.

O relatório da Receita também mostra que, embora a carga total brasileira esteja próxima da média da OCDE, sua composição é diferente. Há menor tributação sobre renda e propriedade no País

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