Economia

CAMPO GRANDE

Taxa "das blusinhas" pode dar novo fôlego às vendas no comércio da Capital

Projeto de lei aprovado no Congresso determina a cobrança de encargo de 20% para compras internacionais de até US$50

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A taxação das compras internacionais de até US$ 50, a chamada “taxa das blusinhas”, traz um novo ânimo para comerciantes de Campo Grande que veem na lei uma forma de levar os consumidores para as lojas físicas novamente. A proposta que já foi aprovada no Congresso Nacional traz em seu texto-base o fim da isenção de impostos para as importações.

Atualmente, a ausência do imposto torna as compras on-line mais atrativas para os compradores, o que beneficia  as plataformas de vendas internacionais como Shopee, Shein e Aliexpress. Hoje, os produtos de até US$ 50 vendidos nessas plataformas já são taxados pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual e tem alíquotas que variam entre 17% e 19%.

Com o projeto aprovado esta semana, o clima entre os lojistas de Campo Grande é de otimismo, tendo em vista que muitos acreditam que a queda no desempenho das vendas seja resultado de uma mudança estilo de compra do consumidor, que migrou para as plataformas digitais em busca de preços mais baixos.

A gerente comercial da loja Uzze Feminine, Débora Ferreira, diz estar animada com a taxação, porque em sua opinião o imposto tira a vantagem dos sites internacionais, que seria o preço. “Muitas vezes os consumidores deixam de vir até a loja, porque comprando pela internet sai bem mais em conta. Agora, sendo taxado, o valor vai ser praticamente o mesmo”.

Outra situação destacada pela gerente é a facilidade de poder provar o produto antes de levar para casa. “Acredito que ter o produto imediatamente será também um fator que trará as pessoas de volta às lojas”, aposta a gerente.

Para a gestora da loja de roupas Mega Jeans,  Bruna Heloísa de Freitas Chagas, as expectativas são boas. “Se a lei for sancionada, eu acho que vai dar uma movimentada boa para nós do comércio, pois querendo ou não, o cliente vai ter mais opções pois os preços vão ficar parecidos”, afirma.

Bruna complementa que até então as compras realizadas pela internet ofereciam facilidades que conquistavam o consumidor com é o caso da ausência de taxas. 


“Muitas vezes com frete grátis, o que faz optar pela compra digital do que vir até a loja. Então, com a chegada do imposto o preço será alterado e aí que vamos poder competir de forma mais igual”, relata a gerente.", relata Bruna.

Proprietário da loja Beco Acessórios, Djalma Santos, pontua que o projeto é visto como positivo. 

“Cria uma barreira econômica que protege um pouco a gente. Uma vez que em comparação a carga tributária que a gente sofre aqui no Brasil, esses produtos importados acabam sendo muito mais atrativos para as pessoas comprarem. E com essa barreira, acaba dando uma equilibrada na balança”, avalia.

O lojista acrescenta que o que poderá acontecer em alguns momentos é a compra ficar mais viável em lojas físicas da região. 

“A gente sabe que vai impactar uma boa parcela da população que tem o hábito de comprar produtos importados sem taxação, mas analisando do ponto de vista do lojista, entende-se que será bom”, ressalta Santos frisando a importância da taxação sobre os produtos para que haja um equilíbrio na concorrência.

A empresária Daiana Doraci, proprietária da Loja Nice, em Campo Grande, pontua que as compras on-line permitiam que as pessoas pudessem comprar em momentos que não são possíveis no comércio convencional. “Podem comprar na madrugada, na hora que estão disponíveis, na hora que estão felizes ou tristes, então isso facilita um pouco para as pessoas e dificulta um pouco para a gente que tem um comércio físico”, explica.

Daiana pontua ainda que o custo operacional do comércio físico também é difícil hoje, uma vez que as pessoas querem conforto, comodidade e tudo isso tem um custo.

“Então eu acredito que essa taxação, além de justa e necessária, também vai igualar para os comerciantes, para que tenha uma concorrência mais leal, consiga trabalhar com um valor parecido com o deles, pelo menos, e que compense para as pessoas se locomoverem até os comércio”, conclui.


Por outro lado a quem ainda tenha receio e acredite que não haverá mudanças. 

“Acho que o pessoal vai continuar insistindo em pagar a taxa, porque as pessoas querem os produtos que se compram hoje pela internet, não pela qualidade, nem pelo preço, e sim para ter um status”, reflete a gerente comercial da loja Passaletti.

A Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul (FCDL-MS) comemorou a vitória para o comércio. “O projeto de lei traz um tratamento mais justo e igualitário para o nosso varejo e sobretudo na manutenção de milhares de postos de trabalho”, disse a presidente da federação, Inês Santiago.

PROJETO

O projeto de lei nº 914/2024, que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), inclui a emenda que prevê taxação de produtos importados no porcentual de 20% sobre o valor de produtos de até US$ 50 e para itens acima deste valor, o imposto previsto é de 60%.

A proposta já passou pelo Senado e foi aprovado na terça-feira, na Câmara. Para virar lei, o projeto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e há acordo para que isso aconteça, segundo deputados da base do governo.

A emenda que prevê a taxa sobre as importações havia sido retirada do projeto pelo  relator da proposta no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), argumentando tratar-se de tema “estranho” ao conteúdo principal do projeto de lei. No entanto, os senadores votaram pela manutenção da taxação no projeto de lei. 

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Economia

Com 4,7 milhões de hectares de áreas degradadas passíveis de recuperação, MS é destaque nacional

Através de programas voltados ao carbono zero, crédito sustentável e uso eficiente do solo e água, o Estado é consolidado como exemplo nacional em recuperação de pastagens degradadas

15/12/2025 14h30

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul tem cerca de 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas com que podem ser transformadas em algum tipo de atividade, como agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais ou silvicultura. 

Esse número é parte de um montante total de 12 milhões de hectares de pastagens degradadas em todo o território estadual. 

As estratégias de recuperação de pastagens degradadas tornou o Estado um exemplo nacional no assunto, já que as ações estaduais garantem competitividade, sustentabilidade e segurança alimentar. 

A recuperação das áreas combinam políticas públicas estruturantes, crédito sustentável e inovação com programas voltados ao uso eficiente do solo e da água, como o Prosolo, MS Irriga, Plano ABC+ MS, Precoce MS e o FCO Verde. 

"Estamos mostrando ao Brasil que é possível produzir mais e com responsabilidade ambiental e tecnologia", disse o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). 

O Plano Estadual do Governo do Estado tem como meta definida a recuperação de 1.167 milhão de hectares nas pastagens degradadas até 2030. Esse desafio é um dos motores da nova economia verde em Mato Grosso do Sul que, através do uso de ciências e políticas públicas permanentes, consolida a referência do Estado no setor de pecuária de baixo carbono e agropecuária sustentável. 

"Quando governo, produtores e instituições de pesquisa trabalham juntos, conseguimos acelerar a transição para uma agropecuária moderna, de baixa emissão de carbono e com alto desempenho", destacou Verruck.

Políticas públicas

De acordo com o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), a degradação observada em Mato Grosso do Sul é resultado de anos de práticas antigas da pecuária extensiva, com baixa taxa de lotação e pouco uso de manejo e adubação. 

Isso causou o desgaste do solo e queda na produtividade das forrageiras, plantas cultivadas para alimentar os animais (gado, aves, suínos), sendo necessárias soluções robustas, que hoje fazem parte da política principal de Estado. 

As políticas públicas de MS são: 

  • Prosolo: programa de restauração das áreas afetadas por erosão, implantando práticas conservacionistas, recuperando a fertilidade do solo e melhorando estradas vicinais;
  • MS Irriga: programa de ampliação da irrigação sustentável e do uso racional da água para intensificação da produção; 
  • Plano ABC+ MS: plano de sistemas integrados de plantio direto, uso de bioinsumos e manejo de resíduos;
  • Precoce MS: incentivo ao manejo eficiente e à pecuária de baixo carbono; 
  • FCO Verde: linha de crédito destinada à recuperação da produção e de projetos sustentáveis. Entre 2020 e 2024, foram R$ 812 milhões destinados a 771 projetos. 
Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gadoFeito por Denis Felipe - Com IA

Destaques

A Semadesc e o Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (Fundems), estão investindo R$ 7,6 milhões em certificação e monitoramento do carbono na soja e no milho. 

Com relação à pecuária, além do status alcançado em 2025 de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Estado avança na implantação do seu Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovina, previsto para iniciar em 2026 e cobertura total até 2032. 

Além disso, também é desenvolvido o Selo Verde, que vai integrar dados ambientais e produtivos, garantindo transparência socioambiental nas cadeias de carne e da soja. 

Mato Grosso do Sul também está entre os cinco maiores consumidores de bioinsumos do País, através do Programa Estadual de Bioinsumos, criado em 2022. Também estão em funcionamento projetos de confinamento sustentável e intensificação das pastagens, ampliando produtividade e garantindo bem-estar animal. 

"Nossa meta é chegar ao produtor com assistência técnica de qualidade e acesso a crédito sustentável, garantindo que cada propriedade tenha as condições para produzir mais e conservar mais", reforçou Verruck.
 

CAMPO GRANDE (MS)

Carnê virtual do IPTU 2026 está disponível na internet; confira

Neste ano, reajuste do IPTU é de 5,32%, com 10% de desconto à vista

15/12/2025 12h00

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel MARCELO VICTOR

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Carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), referente ao ano de 2026, está disponível e já pode ser consultado via internet. Saiba quanto veio o imposto da sua casa, em 2025, neste site.

Neste ano, o IPTU será reajustado em 5,32%, conforme noticiado pelo Correio do Estado. O reajuste cobrou a inflação, prevista no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa é que milhares de carnês físicos sejam entregues na casa do contribuinte neste mês de dezembro de 2025.

As formas de pagamento do IPTU 2026 são:

  • À vista, com 10% de desconto – vencimento em 12 de janeiro
  • Parcelado, em 12 vezes – vencimento em dias de feriados, finais de semana ou não úteis, o pagamento deverá ser feito no primeiro dia útil subsequente

Ainda haverão aqueles contribuintes beneficiados com o Bônus IPTU Azul, que terão desconto de 10% (dez por cento) sobre o valor do IPTU e da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares lançados.

A concessão do Bônus IPTU Azul será efetivada independentemente de requerimento do contribuinte, mediante a redução de 10% no valor lançado, e, sobre o valor já deduzido, será aplicado o desconto para pagamento à vista, conforme a opção do contribuinte.

Neste ano, as cores azul e amarelo também dão adeus ao IPTU. Até então, os carnês eram emitidos em tons diferentes: azul para contribuintes sem débitos e amarelo para aqueles com pendências.

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

IPTU

O IPTU é um imposto brasileiro, de competência municipal, que deve ser pago por pessoas que tenham propriedades dentro do perímetro urbano.

A arrecadação do tributo municipal é convertido em melhorias para a cidade, nas áreas de segurança, educação, saúde, infraestrutura e lazer.

Quem não paga IPTU, corre risco de perder a posse do imóvel.

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