Economia

Agricultura Familiar

UFMS será primeira universidade do país a implantar Mercado Escola dentro do campus

Com 60% das obras realizadas, Mercado Escola ofertará 28 box para vendas de produtos dos agricultores cadastrados, além de cursos

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A Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), será a primeira instituição de ensino superior do Brasil a ter um Mercado Escola implantado dentro do campus. 

O Centro de Estudos e Comercialização da Produção Orgânica e Agroecológica da Agricultura Familiar ou mais conhecido (Mercado Escola), está em fase de construção, e ficará localizado no estacionamento do Estádio Morenão, próximo ao Ginásio Moreninho. 

A expectativa é que as obras sejam finalizadas até julho do ano que vem. O projeto consiste em um espaço voltado para a capacitação do Agricultor Familiar e a comercialização dos produtos. 

Segundo a coordenadora do projeto, Mirian Coura Aveiro a iniciativa é um grande fator de impulso para a agricultura familiar do estado.

É comum encontrar ações desenvolvidas em universidades que incentivam a comercialização de produtos da agricultura familiar, no entanto, acontecem em tendas, ao ar livre ou em lugares emprestados, diferente da proposta do Mercado Escola, que será fixo no campus universitário. 

 “É um projeto inovador no Brasil. Não temos outra universidade que tenha um espaço físico definitivo e exclusivo para a agricultura familiar. Tem espaços cedidos, terceirizados, feiras, mas essa será a primeira vez que uma universidade vai abrigar, construir a casa da agricultura familiar dentro do campus”, explicou Coura. 

A estrutura contará com 23 box disponíveis para a venda de produtos produzidos por pequenos agricultores.  O edital para ter acesso a um box ainda será aberto.

Interessados que forem aprovados terão acesso liberado durante um ano, com possibilidade de renovação em até cinco vezes, equivalente a cinco anos.

Ainda de acordo com Mirian Coura, “o espaço foi pensado diferente dos projetos de extensão e pesquisa, que tem um tempo determinado para início, meio e fim, o Mercado Escola será permanente, com espaço de ensino aprendizado. Teremos laboratório de desenvolvimento de produtos, laboratório de controle de qualidade, cozinha escola e os box de exposição”, informou a coordenadora.

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Expectativa 

Para a pequena agricultora de hortifrúti e alimentos processados, Eva da Silva do município de Jaraguari, participante do projeto Semente: Feira Agroecológica da UFMS, o Mercado Escola é uma ação que fornece apoio aos agricultores, para venda e processamento dos produtos.

“Vai ser muito bom para os agricultores porque teremos espaço para vender os produtos e também para o processamento. Se a gente levar os produtos e não vender tudo já pode passar para o laboratório, processar, produzir picles, por exemplo. Então teremos o aproveitamento total da nossa produção”, relata.

A coordenadora do projeto salientou que a terceira fase será a instalação da estrutura metálica para boxes, aonde serão os box oferecidos aos agricultores. No atual momento as obras encontram-se paralisadas devido à pandemia do coronavírus.

Desenvolvimento

Desenvolvido pela Incubadora Tecnológica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS),  o projeto recebeu apoio financeiro de emendas parlamentares de autoria dos deputados Zeca do PT e Vander Loubet, com contrapartida do Governo do Estado e demais parceiros.

O deputado federal Vander Loubet ressalta a importância do projeto que assegura muitos agricultores, “um novo espaço de comercialização dos produtos da agricultura familiar, é fundamental para que essas famílias não caiam na mão de atravessadores, que pagam uma mixaria e lucram em cima dos agricultores”, pontuou Loubet.

O deputado ainda esclarece que a agricultura familiar, não recebe o mesmo apoio que o agronegócio, por isso projetos assim impulsionam pequenos produtores, que necessitam de subsídios.

“É um setor que carece de apoio, pois muitas dessas famílias são de assentados da reforma agrária ou de comunidades rurais de baixa renda. E mesmo aquelas que não são de baixa renda muitas vezes atuam em segmentos - como o caso do leite, por exemplo - que exigem um certo grau de investimento para se viabilizar, investimentos que são difíceis de levantar”, enfatiza o deputado. 

MATO GROSSO DO SUL

Orçamento estadual para 2026 ultrapassa R$ 27 bilhões

O projeto foi divulgado nesta terça-feira no Diário Oficial do Estado e estima valor 3% maior que o do ano de 2025

16/12/2025 17h00

Governadoria Estadual

Governadoria Estadual FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Governo do Estado divulgou nesta terça-feira (16) no Diário Oficial do Estado (DOE) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026. 

O documento, sancionado pelo governador Eduardo Riedel, prevê uma receita total de R$ 27,19 bilhões, um crescimento de 3% com relação ao deste ano de 2025, quando foi R$ 26,4 bilhões. 

O texto, que foi elaborado com base nas diretrizes da Lei de Responsabilidade Fiscal, na Lei Federal 4.320/1964 e no Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, prevê a manutenção de investimentos, equilíbrio fiscal e continuidade dos serviços públicos, além de estimar a arrecadação fixa e a despesa do Estado para o exercício financeiro do próximo ano. 

A receita total prevista da Lei Orçamentária Estadual é distribuída entre: 

  • Receitas Correntes: R$ 24,07 bilhões
  • Receitas de Capital: R$ 587,7 milhões
  • Receitas Intraorçamentárias: R$ 2,53 bilhões

A maior parte vem da receita tributária, vinda de impostos como o ICMS, IPVA e contribuições, estimando um valor de arrecadação de R$ 22.305.289.500.

O projeto também define os limites orçamentários para os demais poderes estaduais. 

  • Assembleia Legislativa: R$ 567,57 milhões
  • Tribunal de Justiça: R$ 1,46 bilhão
  • Tribunal de Contas: R$ 444,09 milhões
  • Ministério Público: R$ 767,51 milhões
  • Defensoria Pública: R$ 377,31 milhões

Não estão previstos novos aportes do Estado em sociedades de economia mista. Porém, os orçamentos próprios das estatais somam R$870,62 milhões, distribuídos entre: 

  • Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGás): R$173,3 milhões
  • Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul S.A (Sanesul): R$691,9 milhões
  • Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa): R$5,4 milhões

Segundo o Governo, aproximadamente R$ 3,44 bilhões serão destinados a investimentos diretos em 2026, valor que mantém Mato Grosso do Sul entre os estados com maior proporção de investimento sobre a receita corrente. 

"A queda nas importações de gás natural da Bolívia, que reduziu significativamente o recolhimento do ICMS, e os impactos da quebra de safra impuseram desafios adicionais à receita estadual. Ainda assim, o Governo do Estado manteve o compromisso com o investimento produtivo e com o atendimento à população, adotando medidas de ajuste fiscal e reduzindo em até 25% o custeio da máquina pública", afirmou o órgão. 

Além disso, Eduardo Riedel manteve a decisão de não elevar a alíquota modal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mantendo o imposto em 17%, a menor do País. 

Isso mantém os preços de diversos produtos acessíveis, aliviando o custo de vida, especialmente para famílias de menor renda. 

“O resultado dessa estratégia é um orçamento equilibrado e coerente com o cenário econômico, que mantém a capacidade de investimento sem aumentar impostos. O Estado preserva o equilíbrio fiscal junto e segue sendo referência nacional em gestão responsável e planejamento estratégico”. 

Despesas

Segundo o orçamento, a despesa total do Governo Estadual por funções é estimado no mesmo valor da receita, R$27,19 bilhões, divididos da seguinte forma: 

Despesas correntes: R$23,29 bilhões

  • pessoal e encargos: R$12,98 bilhões
  • custeio e manutenção dos serviços: R$6,37 bilhões
  • juros e encargos da dívida: R$317,6 milhões

Despesas de Capital: R$3,78 bilhões

  • Investimentos: R$3,43 bilhões
  • Amortização da dívida: R$298 milhões

Reserva de Contingência: R$112,9 milhões

A proposta reserva R$84 milhões para emendas obrigatórias dos deputados estaduais, assegurando a participação do Legislativo na destinação de recursos para áreas como a saúde, infraestrutura e assistência social. 

Veja o documento completo aqui.

LOA

Câmara de Campo Grande aprova orçamento de quase R$7 bilhões para 2026

O valor representa um aumento de 1,49% com relação ao orçamento do ano de 2025

16/12/2025 15h30

Câmara Municipal de Campo Grande

Câmara Municipal de Campo Grande FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou nesta terça-feira o Projeto de Lei 12.049/25 que estima a receita e fixa o orçamento financeiro para o ano de 2026 na Capital. 

O documento prevê que o valor disponível para o próximo ano seja de R$ 6,974 bilhões, um aumento de 1,49% no comparativo ao do ano de 2025, que foi de R$ 6,871 bilhões. 

No relatório final da Lei Orçamentária Anual (LOA), foram inseridas 731 emendas dos vereadores, todas aprovadas em sessões, e contemplam investimentos na saúde, com destaque para o Hospital Municipal, recursos para contratação de mais profissionais da área, casa de parto humanizado, além da área de bem-estar animal com Hospital Veterinário.

Há ainda emendas para investimentos em asfalto, ampliação de ciclovias e drenagem e contenção de enchentes, preservação de parques, recursos para inclusão, educação, habitação e segurança.

O projeto segue agora para aprovação ou veto da prefeita Adriane Lopes.

Caso alguma emenda seja vetada, ela deve retornar para a Câmara, que pode manter o que foi vetado ou derrubar o veto e garantir que a emenda seja aprovada, com a promulgação. 

Para o vereador Otávio Trad (PSD), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento e relator da LOA, o documento contempla um número recorde de emendas. 

Das 736 emendas, 731 foram consideradas aptas para a discussão e votação, sendo 317 emendas impositivas, ou seja, indicadas pelos vereadores e que, obrigatoriamente, precisam ser executadas pela prefeitura. 

Cada vereador destinou R$ 830 mil na modalidade, sendo metade do recurso destinado exclusivamente para a área da saúde. 

“Nós andamos a cidade diariamente, sabemos das necessidades. A população vem nos cobrar infraestrutura, saúde pública e estamos refletindo essas cobranças na peça orçamentária, para que possa ser investida a arrecadação nos locais de maior necessidade”, ressaltou o vereador Otávio Trad. 

Apenas o vereador Marquinhos Trad (PDT) votou contrário ao Projeto de Lei. 

FOLHA DE PAGAMENTO

Câmara Municipal de Campo Grande

Como já adiantado pelo Correio do Estado, a Prefeitura de Campo Grande vai comprometer mais da metade do orçamento de 2026 com despesas de pessoal e encargos sociais. 

Dos R$ 6,97 bilhões, R$ 3,9 bilhões, o equivalente a 56% da Receita Corrente Líquida (RCL), serão destinados para pagamento da folha do funcionalismo, aposentadorias e encargos.

O porcentual é maior que o observado na LOA 2025, quando o gasto com pessoal representou cerca de 52% da RCL, segundo levantamento feito pelo Correio do Estado.

Apesar do crescimento, o índice permanece dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece teto de 54% para o Poder Executivo e até 60% para o conjunto dos Poderes.

A maior parte dos recursos para 2026 continua concentrada em despesas correntes (93,35%), enquanto apenas 6,55% estão reservados para investimentos e amortização da dívida. 
Neste ano, o porcentual de investimentos foi de aproximadamente 9%, o que indica retração da capacidade de obras e novos projetos no próximo ano. 

 

 

*Colaborou Súzan Benites

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