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Copa do Mundo

Croácia reafirma grandeza no futebol e Marrocos se despede com campanha histórica

Equipe europeia venceu a disputa pelo 3º lugar da Copa do Mundo do Catar de 2022

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Croácia e Marrocos não serão mais vistas como as mesmas equipes após a Copa do Mundo no Qatar.
Para os croatas, o torneio foi a chance de reafirmar seu novo status no cenário mundial, provando que o vice-campeonato em 2018, o melhor desempenho da geração liderada por Luka Modric, 37, não foi sorte ou obra do acaso.

Desde 1991, com o desmembramento da antiga Iugoslávia, é a terceira vez que eles ficam entre as quatro melhores seleções do mundo. A primeira foi em 1998, na França.

Para os marroquinos, foi um pouco mais. Eles são donos, agora, da melhor campanha de uma nação africana e de língua árabe na história da competição.

O máximo alcançado por um africano havia sido as quartas de final: Camarões, em 1990, Senegal, em 2002, e Gana, em 2010.

O fato de a Croácia ter vencido neste sábado (17) a disputa entre os dois países pelo terceiro lugar, por 2 a 1, no estádio Khalifa, ficou apenas como pano de fundo em trajetórias das quais as torcidas dos dois países podem se orgulhar.

Mesmo assim, eles ainda fizeram um grande jogo.

Disputas de terceiro lugar costumam ter jogos frios, com as equipes sem muito ânimo, como se jogar fosse apenas uma obrigação. Não foi o caso de Croácia e Marrocos, ambas determinadas a vencer desde o primeiro minuto.

Os croatas desde o início buscaram ocupar o campo de ataque. Ainda que um pouco mais distante da área, quase como um volante, Modric se deslocava de um lado para outro, cavando espaços para seus companheiros infiltrar a defesa. Em sua despedida das Copas, ele quis mostrar todo seu repertório.

Depois de se ver forçado a mudar seu estilo contra a França, na semifinal, quando tomou um gol logo cedo, o time de Marrocos retomou o seu futebol pragmático, apostando nos contra-ataques. Nem quando sofreu um gol logo cedo, em uma linda jogada ensaiada dos croatas, eles mudaram a postura.

Parecia até uma dança coreografada, algo que o técnico Zlatko Dalic não é dos mais fãs. Pelo menos, não em campo. Mas a cobrança de falta que abriu o placar, aos 7 minutos, foi orquestrada por ele.

Após cruzamento à esquerda da grande área, Perisic deu uma assistência de cabeça para Gvardiol, também pelo alto, testar firme para o fundo da rede.

Como fez em todos os jogos desta Copa, a torcida marroquina cresceu justamente no momento em que a equipe mais precisava. Desta vez, os jogadores não demoraram a reagir. Aos 8, eles devolveram o gol com o mesmo veneno. Ziyech cruzou na área e Dari cabeceou para o gol.

Quando o empate parecia que se estenderia até o intervalo, mesmo com os croatas rondando mais a área adversária, Orsic surpreendeu o bom goleiro Bono com um chute de curva, que bateu na trave antes de morrer no fundo da rede, aos 42.

Depois do intervalo, foi a vez do Marrocos ser mais presente no ataque, em busca do empate, mas os croatas provaram novamente que são bons de aplicação tática defensiva.

Eles trancaram o Brasil dessa forma nas quartas de final. Só não conseguiram fazer o mesmo com a Argentina na semifinal.

Aos 32 minutos, os marroquinos ainda reclamaram de um pênalti, supostamente sofrido por Gvardiol. Revoltada com a não marcação do pênalti, a torcida gritou "Fifa máfia."

A derrota não apaga o grande feito de Marrocos, que alcançou nesta edição a melhor campanha de uma equipe africana em Copas do Mundo. Um resultado que encheu de orgulho, também, as nações árabes, justamente na primeira edição realizada no Oriente Médio.

Desde que passou da fase de grupos, eliminando a Bélgica, os marroquinos passaram a ser tratados como a grande surpresa da Copa do Mundo. O rótulo incomodava Walid Regragui. Para o técnico marroquino, os resultados eram fruto de um "trabalho duro."

Foram anos para montar a seleção que conquistou fãs no Qatar e ao redor do mundo. A formação começou com o garimpo de atletas que pudessem defender o país, mas que até algum tempo atrás estavam fora do radar.

Eram os filhos e netos de migrantes que, na maioria das vezes, optavam por defender seleções de países europeus onde seus familiares se estabeleciam na busca por uma vida melhor.

Reverter esse fluxo e incorporar à seleção marroquina o talento de atletas com DNA da nação foi o trabalho que teve como resultado a formação de um elenco com atletas nascidos no Velho Continente. Eles fizeram a diferença.

O franco-marroquino Romain Saiss, por exemplo, marcou na vitória sobre a Bélgica. Nascido na Holanda, Ziyech deixou sua marca contra o Canadá. Em um dos momentos mais emocionantes na competição, coube a Achraf Hakimi, nascido em Madri, converter o último pênalti na vitória sobre a Espanha, nas oitavas.

Depois de passar por Bélgica, Espanha e Portugal, Marrocos só caiu diante da França, atual campeã. Mas vendeu caro a derrota por 2 a 0 na semifinal, mostrando que não estava ali por acaso.

Como Regragui orgulha-se de dizer, tudo fruto de um duro trabalho, agora, reconhecido.

Algo que os croatas já estão mais acostumado, principalmente Modric, que de forma honrosa disputou sua última Copa do Mundo.

CROÁCIA
Livakovic; Stanisic, Sutalo e Gvardiol; Orsic (Jakic), Majer (Pasalic), Kovacic, Modric e Perisic; Livaja (Petkovic) e Kramaric (Vlasic). Técnico: Zlatko Dalic

MARROCOS
Bono; Hakimi, Dari, El-Yamiq (Amallah) e Attiyat-Allah; Ambrabat, El Khannouss (Ounahi) e Sabiri (Chair); Ziyech, Boufal e En-Nesyri. Técnico: Walid Regragui

Estádio: Internacional Khalifa, em Doha (Qatar)
Público: 44.137
Árbitro: Abdularhman Al Jassim (Qatar)
Assistentes: Taleb Al Marri e Saoul Ahmed Almaqaleh (Qatar)
VAR: Julio Bascunan (Chile)
Cartões amarelos: Ounahi e Amallah (MAR)
Gols: Gvardiol (CRO), aos 7', Dari (MAR), aos 8', e Orsic (CRO), aos 41'/1ºT.

DECISÃO

Finalistas da Copa do Brasil serão conhecidos neste domingo

Corinthians e Cruzeiro jogam em Itaquera e Flu e Vasco no Maracanã

14/12/2025 07h15

Taça da Copa do Brasil, levantada pelo Flamengo no ano passado

Taça da Copa do Brasil, levantada pelo Flamengo no ano passado Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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A Copa do Brasil conhecerá, neste domingo (14), os seus dois finalistas em partidas que envolvem Corinthians e Cruzeiro, em Itaquera, e Fluminense e Vasco, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Timão em vantagem

O primeiro finalista será definido a partir das 18h (horário de Brasília), quando o Corinthians recebe o Cruzeiro em Itaquera com uma vantagem mínima, após triunfar por 1 a 0 no confronto de ida.

Desta forma, a equipe do Parque São Jorge garante a vaga na decisão da competição mesmo com um empate. Já a Raposa precisa vencer por dois de diferença para se classificar no tempo regulamentar, ou de ao menos um triunfo por diferença simples para forçar as penalidades máximas.

Mesmo jogando em casa com o apoio de sua Fiel torcida, o técnico Dorival Júnior afirmou, em entrevista coletiva, que o confronto está aberto: “O jogo do final de semana será ainda mais pesado, muito mais forte, com as equipes ainda mais concentradas, e o resultado está todo ele em aberto. Temos uma pequena vantagem, muito importante, construída dentro da casa do Cruzeiro”.

Uma dúvida do Timão é o centroavante Yuri Alberto, que sentiu um incômodo na perna esquerda na partida da última quarta-feira (10). Quem tem dois desfalques confirmados é o Cruzeiro, que não poderá contar com o zagueiro Lucas Villalba, que sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo, e com o volante Lucas Romero, suspenso por acúmulo de cartões amarelos.

Em uma partida na qual precisa marcar gols, Léo Jardim pode contar com o retorno do atacante Wanderson, que se recuperou de uma lesão muscular na coxa esquerda. “Com certeza, [o Wanderson] tem a opção de treinar, mas é um jogador que está fora há algum tempo. O condicionamento dele, se for para dez ou 15 minutos, ajudará principalmente em termos defensivos”, declarou o técnico português.

Clássico carioca

O segundo finalista da competição será conhecido quando terminar o clássico entre Fluminense e Vasco, que será disputado a partir das 20h30 no estádio do Maracanã. O Cruzmaltino entra em campo muito animado após triunfar no confronto de ida, na última quinta-feira (11), pelo placar de 2 a 1.

Apesar da vantagem, o técnico Fernando Diniz manteve uma postura humilde após a partida. “Terminou apenas o primeiro tempo. São 180 minutos e temos que ficar focados, procurar corrigir o que erramos hoje e enfrentar o jogo de domingo com a máxima seriedade e respeitar o nosso adversário”, declarou em entrevista.

Quem se manifestou de forma semelhante foi o comandante do Fluminense, o argentino Luis Zubeldía: “Quem acredita que jogos de Copa são apenas 90 minutos está errado. Apenas se vencer por 3 a 0 ou 4 a 0 [...]. Temos que corrigir ações pontuais, como transições, um contra um. É ajustar para os próximos 90 minutos para dar a volta no mata-mata”.

Para esta partida decisiva o Fluminense contará com um importante retorno, do atacante uruguaio Agustín Canobbio, que não jogou o primeiro jogo da semifinal por estar suspenso por acúmulo de cartões amarelos.

Vitória suada

Arsenal sofre contra o pior time da Premier League em casa, mas vence com 2 gols contra

Na cola dos Gunners, Manchester City enfrenta o Crystal Palace neste domingo

13/12/2025 23h00

Gabriel Jesus fez boa partida neste sábado

Gabriel Jesus fez boa partida neste sábado Foto: Divulgação

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Mesmo em casa o Arsenal foi incapaz neste sábado de marcar contra o Wolverhampton, lanterna da Premier League, mas foi beneficiado com dois gols contra. O 2 a 1 no Emirates Stadium consolidou o time de Londres na liderança do campeonato com 36 pontos. O Manchester City tem 31 e enfrenta o Crystal Palace neste domingo. O Wolverhampton somou apenas 2 pontos em 16 rodadas.

Diante de sua torcida, o Arsenal teve muito mais posse de bola e passou praticamente todo o primeiro tempo no campo de ataque. O domínio, porém, foi ilusório. Os visitantes conseguiram neutralizar o rival com um esquema com três zagueiros, e o Arsenal terminou a primeira etapa sem um finalização em direção ao gol de Johnstone. A melhor chance foi do Wolverhampton, quando o sul-coreano Hwang Hee-Chan finalizou um contra-ataque para a defesa de Raya.

O segundo tempo começou com ainda mais posse de bola do Arsenal, mas o time era incapaz de finalizar com perigo. Ainda antes dos 15 minutos, o técnico Mikel Arteta fez três alterações, colocando Odegaard, Trossard e Merino em campo. O time trocava passes no campo de ataque, mas continuava com dificuldades para criar chances realmente perigosas.

A primeira finalização correta do Arsenal no jogo aconteceu aos 22 minutos, quando Declan Rice acertou um belo chute e exigiu grande defesa de Johnstone. A pressão do time da casa após um escanteio pela direita. Saka cobrou com efeito e quase marcou um gol olímpico, mas a bola bateu na segunda trave, voltou nas costas de Johnstone e entrou. Gol contra.

O Arsenal continuou pressionando, mas viu o Wolverhampton abandonar o esquema de três zagueiros e se aventurar no ataque. No final do jogo, Arias, ex-Fluminense, entrou no Wolverhampton, e o brasileiro Gabriel Jesus voltou a defender o Arsenal na Premier League após mais de 11 meses, depois de se recuperar de grave lesão.

Aos 45 minutos, os visitantes conseguiram empatar com uma cabeçada de Arokodare. Nos acréscimos, o Arsenal conseguiu a vitória com a participação imprescindível de Gabriel Jesus, que disputou pelo alto um lance com Mosquera. O defensor acabou desviando para a própria meta. Segundo gol contra do Wolverhampton.

O líder Arsenal volta a jogar na Premier League como visitante contra o Everton, e o lanterna Wolverhampton tenta sua primeira vitória no campeonato ao receber o Brentford. Os dois jogos acontecem no sábado.

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