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Entenda as divergências que impedem união dos clubes pela liga

A partir de 2025, a ideia é que as equipes estejam juntas sob o guarda-chuva de uma liga administrada por eles próprios e com um investidor

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Quem olhar apenas para os números vai acreditar que a diferença entre as duas propostas para a formação de uma liga de clubes de futebol no Brasil não é tão grande. Nesse quesito, as ofertas são semelhantes.


Mas alguns itens escondem divergência que pode fazer com que o Brasil, a partir de 2025, tenha dois blocos diferentes de direitos de transmissão em vez de uma liga unificada, como acontece na Inglaterra e na Espanha.


Até 2024, os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro pertencem ao Grupo Globo. A partir de 2025, a ideia é que as equipes estejam juntas sob o guarda-chuva de uma liga administrada por eles próprios e com um investidor.


A Libra reúne 18 times das Séries A e B do Brasileiro atual e tem a Mubadala –um grupo investidor– disposta a colocar R$ 4,8 bilhões nas duas principais divisões do país. A Libra reúne as camisas de maior torcida no Brasil, entre eles, Flamengo, Corinthians e Palmeiras.


A LFF (Liga Forte Futebol), que agrega outros 26 clubes, anunciou acordo com a gestora brasileira Life Capital Partners e com a norte-americana Serengeti Asset Management para investimento de R$ 4,85 bilhões.


Há também enraizada a falta de confiança entre os dois blocos de negociação.

 

Dirigentes da LFF acreditam que a Libra quer impor sua vontade e continuar faturando mais que os demais.


A Libra desconfia do acordo da LFF com a Life Capital e a Serengeti. Vê como apenas uma estratégia de colocar bancos e outras empresas na mesa de negociação com a Mubadala.


Os dois contratos preveem 40 agremiações para as duas divisões. Mas nem Libra nem LFF podem oferecer isso no momento. No caso da Futebol Forte, se não houver 100% dos times o valor cai para R$ 2,3 bilhões.


Do total do dinheiro a ser obtido com a futura venda de direitos de televisão, a Libra propõe que 40% sejam distribuídos de forma igualitária, 30% de acordo com a performance (a classificação no campeonato) e 30% por engajamento de torcida.


Para a LFF, o que for arrecadado deve ser pago 45% em partes iguais às equipes, 30% pela performance e 25% pelo apelo comercial.


A LFF vê as métricas deste último item, oferecidas pelo outro grupo, como uma forma de manter o status quo, conduzindo ao imobilismo. O grupo quer que prevaleça a visão de que uma distribuição mais igualitária fará a liga brasileira ser uma das três mais fortes do mundo.


A Libra não enxerga tanta diferença e acredita que, no fundo, a LFF cria uma cortina de fumaça, porque as diferenças são pequenas e podem ser ajustadas mediante negociação. Todas podem ser alteradas. Dirigentes da Futebol Forte rebatem que, para isso acontecer, a Libra precisa primeiro mudar seu estatuto em lugar de esperar que as agremiações assinem qualquer documento para depois resolver as divergências.


Pelas métricas da Libra, o valor será determinado por pesquisa de torcida, pay-per-view, redes sociais e público nos estádios.

 

Segundo presidentes de clubes da LFF, são dados que podem ser manipulados. Eles querem, em vez disso, que o dinheiro seja distribuído apenas com a audiência média dos jogos das equipes nas transmissões de TV em uma equação que leva em conta também a quantidade das partidas exibidas.


A Libra considera estranha a afirmação do grupo concorrente, porque aquele modelo nem contempla o pay-per-view. Mas ele consta no estatuto do grupo, lido pela reportagem.


Outra disputa de narrativas está na diferença entre o time que mais vai arrecadar e o que menos vai receber pelos direitos de transmissão. A LFF exige que a diferença, que hoje em dia está em seis vezes, entre o mais rico e mais pobre caia para pelo menos de 3,5 vezes.


Cartolas da Libra dizem, mais uma vez, que isso pode ser resolvido com negociação. Afirmam que a diferença na proposta do grupo, hoje em dia, é de 3,9 vezes e pode cair para 3,5. Para esses dirigentes, no fundo, o objetivo é criar dificuldades entre os clubes para que bancos possam se sentar à mesa de negociação e que não há garantia contratual que os investidores da LFF colocarão o dinheiro prometido.


Os dois blocos propõem períodos de transição entre um modelo e outro, mas também de maneiras distintas.


A Libra propõe que entre 2025 e 2029 nenhum clube receba menos do que o valor previsto para 2024. Entre eles, a garantia mínima de pay-per-view. Flamengo e Corinthians, em 2024, podem embolsar R$ 200 milhões.


A LFF concorda com a não redução de ganhos durante esses anos de transição, mas quer excluir da conta a performance passada e a garantia mínima de pay-per-view.

 

VEJA OS 18 CLUBES QUE FAZEM PARTE DA LIBRA:


Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.

VEJA OS 26 CLUBES QUE FAZEM PARTE DA LFF:


ABC (RN), Athletico, Atlético Mineiro, América-MG, Atlético Goianiense, Avaí (SC), Brusque (SC), Chapecoense (SC), Coritiba (PR), Ceará, Criciúma (SC), CRB (AL), CSA (AL), Cuiabá (MT), Figueirense (SC), Fluminense (RJ), Fortaleza (CE), Goiás (GO), Internacional (SC), Juventude (RS), Londrina (PR), Náutico (PE), Operário (PR), Sport (PE), Vila Nova (GO) e Tombense.

DECISÃO

Finalistas da Copa do Brasil serão conhecidos neste domingo

Corinthians e Cruzeiro jogam em Itaquera e Flu e Vasco no Maracanã

14/12/2025 07h15

Taça da Copa do Brasil, levantada pelo Flamengo no ano passado

Taça da Copa do Brasil, levantada pelo Flamengo no ano passado Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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A Copa do Brasil conhecerá, neste domingo (14), os seus dois finalistas em partidas que envolvem Corinthians e Cruzeiro, em Itaquera, e Fluminense e Vasco, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Timão em vantagem

O primeiro finalista será definido a partir das 18h (horário de Brasília), quando o Corinthians recebe o Cruzeiro em Itaquera com uma vantagem mínima, após triunfar por 1 a 0 no confronto de ida.

Desta forma, a equipe do Parque São Jorge garante a vaga na decisão da competição mesmo com um empate. Já a Raposa precisa vencer por dois de diferença para se classificar no tempo regulamentar, ou de ao menos um triunfo por diferença simples para forçar as penalidades máximas.

Mesmo jogando em casa com o apoio de sua Fiel torcida, o técnico Dorival Júnior afirmou, em entrevista coletiva, que o confronto está aberto: “O jogo do final de semana será ainda mais pesado, muito mais forte, com as equipes ainda mais concentradas, e o resultado está todo ele em aberto. Temos uma pequena vantagem, muito importante, construída dentro da casa do Cruzeiro”.

Uma dúvida do Timão é o centroavante Yuri Alberto, que sentiu um incômodo na perna esquerda na partida da última quarta-feira (10). Quem tem dois desfalques confirmados é o Cruzeiro, que não poderá contar com o zagueiro Lucas Villalba, que sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo, e com o volante Lucas Romero, suspenso por acúmulo de cartões amarelos.

Em uma partida na qual precisa marcar gols, Léo Jardim pode contar com o retorno do atacante Wanderson, que se recuperou de uma lesão muscular na coxa esquerda. “Com certeza, [o Wanderson] tem a opção de treinar, mas é um jogador que está fora há algum tempo. O condicionamento dele, se for para dez ou 15 minutos, ajudará principalmente em termos defensivos”, declarou o técnico português.

Clássico carioca

O segundo finalista da competição será conhecido quando terminar o clássico entre Fluminense e Vasco, que será disputado a partir das 20h30 no estádio do Maracanã. O Cruzmaltino entra em campo muito animado após triunfar no confronto de ida, na última quinta-feira (11), pelo placar de 2 a 1.

Apesar da vantagem, o técnico Fernando Diniz manteve uma postura humilde após a partida. “Terminou apenas o primeiro tempo. São 180 minutos e temos que ficar focados, procurar corrigir o que erramos hoje e enfrentar o jogo de domingo com a máxima seriedade e respeitar o nosso adversário”, declarou em entrevista.

Quem se manifestou de forma semelhante foi o comandante do Fluminense, o argentino Luis Zubeldía: “Quem acredita que jogos de Copa são apenas 90 minutos está errado. Apenas se vencer por 3 a 0 ou 4 a 0 [...]. Temos que corrigir ações pontuais, como transições, um contra um. É ajustar para os próximos 90 minutos para dar a volta no mata-mata”.

Para esta partida decisiva o Fluminense contará com um importante retorno, do atacante uruguaio Agustín Canobbio, que não jogou o primeiro jogo da semifinal por estar suspenso por acúmulo de cartões amarelos.

Vitória suada

Arsenal sofre contra o pior time da Premier League em casa, mas vence com 2 gols contra

Na cola dos Gunners, Manchester City enfrenta o Crystal Palace neste domingo

13/12/2025 23h00

Gabriel Jesus fez boa partida neste sábado

Gabriel Jesus fez boa partida neste sábado Foto: Divulgação

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Mesmo em casa o Arsenal foi incapaz neste sábado de marcar contra o Wolverhampton, lanterna da Premier League, mas foi beneficiado com dois gols contra. O 2 a 1 no Emirates Stadium consolidou o time de Londres na liderança do campeonato com 36 pontos. O Manchester City tem 31 e enfrenta o Crystal Palace neste domingo. O Wolverhampton somou apenas 2 pontos em 16 rodadas.

Diante de sua torcida, o Arsenal teve muito mais posse de bola e passou praticamente todo o primeiro tempo no campo de ataque. O domínio, porém, foi ilusório. Os visitantes conseguiram neutralizar o rival com um esquema com três zagueiros, e o Arsenal terminou a primeira etapa sem um finalização em direção ao gol de Johnstone. A melhor chance foi do Wolverhampton, quando o sul-coreano Hwang Hee-Chan finalizou um contra-ataque para a defesa de Raya.

O segundo tempo começou com ainda mais posse de bola do Arsenal, mas o time era incapaz de finalizar com perigo. Ainda antes dos 15 minutos, o técnico Mikel Arteta fez três alterações, colocando Odegaard, Trossard e Merino em campo. O time trocava passes no campo de ataque, mas continuava com dificuldades para criar chances realmente perigosas.

A primeira finalização correta do Arsenal no jogo aconteceu aos 22 minutos, quando Declan Rice acertou um belo chute e exigiu grande defesa de Johnstone. A pressão do time da casa após um escanteio pela direita. Saka cobrou com efeito e quase marcou um gol olímpico, mas a bola bateu na segunda trave, voltou nas costas de Johnstone e entrou. Gol contra.

O Arsenal continuou pressionando, mas viu o Wolverhampton abandonar o esquema de três zagueiros e se aventurar no ataque. No final do jogo, Arias, ex-Fluminense, entrou no Wolverhampton, e o brasileiro Gabriel Jesus voltou a defender o Arsenal na Premier League após mais de 11 meses, depois de se recuperar de grave lesão.

Aos 45 minutos, os visitantes conseguiram empatar com uma cabeçada de Arokodare. Nos acréscimos, o Arsenal conseguiu a vitória com a participação imprescindível de Gabriel Jesus, que disputou pelo alto um lance com Mosquera. O defensor acabou desviando para a própria meta. Segundo gol contra do Wolverhampton.

O líder Arsenal volta a jogar na Premier League como visitante contra o Everton, e o lanterna Wolverhampton tenta sua primeira vitória no campeonato ao receber o Brentford. Os dois jogos acontecem no sábado.

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