A Justiça do Rio Grande do Sul aceitou denúncia contra quatro torcedores do Grêmio acusados de injúria racial contra o goleiro Aranha, do Santos, e os proibiu de comparecer a jogos do clube gaúcho.
Em agosto, durante partida válida pela Copa do Brasil em Porto Alegre, o jogador foi xingado pela torcida, o que fez o Grêmio ser excluído da competição pela Justiça Desportiva.
Entre os acusados, está Patrícia Moreira da Silva, 23, que foi mostrada em imagens da ESPN Brasil gritando "macaco" para o goleiro na ocasião. Os outros três são Fernando Ascal, Rodrigo Rychter e Eder Braga, ligados a uma organizada do Grêmio.
Com a medida da Justiça, tomada na quarta-feira (29), eles passam a ser réus no processo. A partir de agora, os quatro devem comparecer a uma delegacia de Porto Alegre sempre que o Grêmio jogar. Quem descumprir a determinação pode ser obrigado a usar tornozeleira eletrônica.
A investigação sobre o caso começou depois que o próprio goleiro registrou queixa no dia seguinte à partida.
O advogado Alexandre Rossato, que defende Patrícia, diz que ainda não foi oficialmente informado sobre a ordem judicial, mas afirma que pretende recorrer da medida. A jovem pediu desculpas publicamente ao goleiro uma semana depois do jogo.
Rodrigo Rychter e Fernando Ascal negaram em depoimento à polícia ter cometido algum crime. A reportagem não conseguiu localizar o advogado do outro acusado.