Em audiência na última quinta-feira, Anderson Silva foi suspenso por um ano pela Comissão Atlética de Nevada ao testar positivo no exame antidoping. Além disso, ele recebeu uma punição financeira. Para Bernardino Santi, as alegações da defesa foram fracas.
“O Cialis é produzido por um laboratório importante, então fica difícil concordar que o remédio estaria contaminado pela substância proibida. Nunca ouvi falar em contaminação por um medicamento para disfunção erétil”, disse o médico e autoridade em antidoping, em entrevista ao Esporte Notícia, da Rádio Bandeirantes.
Segundo Spider, ele usou o medicamento indicado para disfunção erétil, mas não colocou isso no relatório pré-luta. O brasileiro disse que o remédio foi trazido da Tailândia por um conhecido e que poderia estar contaminado por esteroides anabolizantes. Bernardinho reafirma a estranheza do caso.
“Fica estranho pensar que um medicamento para disfunção erétil pudesse estar contaminado por um esteroide. Não condiz com a alegação”, afirmou o médico.
A Comissão Atlética de Nevada utiliza regras diferentes da Wada (Agência Mundial de Antidoping). Para a entidade mundial, a substância encontrada no organismo de Anderson não é proibida. Ou seja, ele estaria livre para representar o Brasil nas Olimpíadas, por exemplo.
Spider também teve o peso de uma segunda falta por ter utilizado ansiolíticos.
“O ansiolítico é usado por atletas de alto rendimento. Muitas vezes, utilizam para poder competir”, afirmou Bernardino. “Ele estava voltando, é de se esperar que a ansiedade aumentasse”, finalizou.