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Petrallás convida Júlio Brant para ser novo executivo da FFMS

O convite aconteceu durante assembleia de mudança do novo estatuto da federação que foi aprovado de forma unânime. O documento valerá a partir de 2027.

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Após mais de quatro horas de discussão, a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), tem um novo estatuto social aprovado pelos clubes. O documento entra em validade  somente em 2027, ano que termina a atual gestão eleita e presidida por Francisco Cezário. O texto foi aprovado por todos os dirigentes que estiveram presentes na assembleia. 

Após a declaração de encerramento, o atual gestor da FFMS, Estevão Petrallas convidou o ex-conselheiro e ex-vice-presidente do Vasco da Gama, Júlio Brant, para assumir o cargo de Chief Executive Officer (CEO) da entidade. 

“Hoje os clubes deram um grande passo para a modernização do estatuto. Estou muito lisonjeado pela nomeação para ajudar impulsionar o futebol do estado, por isso a partir de amanhã, já vou sentar com o governador Eduardo Riedel para que a gente consiga iniciar os trabalhos de imediato”, disse Júlio Brant ao Correio do Estado.  

Brant, que está morando em Campo Grande há cerca de 30 dias, tem acompanhado de perto as semifinais do Campeonato Sul-mato-grossense Sub-20 e já analisou as mudanças necessárias para que o futebol de Mato Grosso do Sul dê um passo importante rumo à modernização.

“O que tenho visto é que precisamos mudar a infraestrutura do futebol de Mato Grosso do Sul, seja em Campo Grande e também no interior do estado. Outra coisa que precisamos mudar é a capacitação de novos profissionais, como fisioterapeutas, técnicos e novos gestores de clubes. A terceira mudança é os clubes abrirem a mentalidade para virarem SAF 's, para que possamos também atrair investidores e iniciar uma nova mentalidade no futebol do estado”, explicou Brant. 

Ainda sobre modernização, Brant explicou como atrair empresas para enxergarem o futebol do estado como uma oportunidade de investimento.

“É importante a gente pensar como trazer dinheiro para o estado. Sem dinheiro não há crescimento. Se tem uma coisa que me incomoda é quando falam que Mato Grosso do Sul não tem dinheiro. Como assim? Isso eu vejo como inadmissível, até porque tem estados bem mais pobres, tem um futebol forte e estrutura. Nós temos dinheiro, mas falta capacidade para criar um projeto no futebol”, relatou. 

 

Fotos: João Gabriel Vilalba 


Novo estatuto aprovado

A reunião sobre a mudança do estatuto social da FFMS, ocorreu de portas fechadas, com presença de membros do governo e da direção provisória da FFMS, onde foi debatido mudanças do novo documento que deve estar disponível para consulta nos próximos dias, segundo informou o gestor interino Estevão Petrallas. 

Entre as mudanças, foi aprovado pontos principais, como o mandato de quatro anos com apenas um direito à reeleição; proibição de nepotismo de parentes até 3º grau e eleição para diretoria executiva (a ser formada por presidente, vice-presidente, secretário geral, diretor de competições e tesoureiro). Confira abaixo o documento aprovado pelos clubes filiados a federação. 
 

 

Convite


Depois de quatro horas de muita discussão, durante o fechamento da assembleia de clubes, Petrallas chamou Júlio Brant para ser o novo diretor executivo da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. 

Durante o anúncio, muitos presidentes olharam de forma atenciosa as falas de Estevão e reprovaram o nome. Já Júlio Brant, agradeceu a oportunidade e recusou o convite, mas abriu possibilidade sobre o futuro, mas antes deve consultar o governador Eduardo Riedel (PSDB). 

“Os clubes de hoje tiveram um grande avanço para melhorias do futebol sul-mato-grossense e a modernização do futebol local. Sobre o convite, fico muito lisonjeado, mas antes preciso entender com o governador as possibilidades de ajudar os clubes”

O presidente da Atlética Portuguesa, Gilmar Ribeiro, disse que a reunião foi de forma positiva para uma modernização e evolução do futebol do estado. 

Algumas questões que colocamos na mesa não foram aprovadas, mas é algo normal. Estamos felizes pelo trabalho e também vimos que a democracia prevalece e entendemos uma grande mudança para o nosso futebol para depois de 2027”, relatou. 
 

O que faz um CEO ( Chief Executive Officer)? 

Traduzindo de forma didática, o CEO é a pessoa com a maior autoridade hierárquica em uma organização, seja uma empresa ou um clube de futebol. Ele é o principal responsável por implementar estratégias que promovem a visão da organização em todas as suas áreas. No entanto, no contexto do futebol, há algumas particularidades a serem consideradas.

Dentro dos clubes associativos, o CEO é subordinado ao presidente e assume uma função mais política, tanto na gestão de um clube de futebol quanto na administração esportiva de uma federação.

O CEO tem liberdade para administrar e tomar todas as decisões estratégicas, mas deve sempre prestar contas ao presidente.

Além de planejar e executar, o CEO desempenha funções de gestor e acompanha os resultados da organização. Em um clube de futebol, o CEO precisa ser ainda mais racional para implementar as políticas estratégicas estabelecidas pela diretoria.

 

Julio Brant é indicado pelo governador para impulsionar o futebol em MS

Buscando estratégias e melhorias na gestão esportiva do futebol sul-mato-grossense, além de atrair investidores para Mato Grosso do Sul, o Governador Eduardo Riedel, em colaboração com a Federação de Futebol de MS (FFMS), indicou o ex-conselheiro e ex-vice-presidente do Vasco, Julio Brant, como responsável pelo planejamento estratégico para o desenvolvimento do futebol em MS. 

Em entrevista ao Correio do Estado, o empresário expressou entusiasmo em trabalhar no desenvolvimento do futebol sul-mato-grossense.

 "Não vejo a hora de arregaçar as mangas e começar a trabalhar no desenvolvimento dos clubes. Recebi o convite diretamente do governador Eduardo Riedel para ajudar na reformulação e também atrair o olhar do mercado investidor para o estado", relatou o ex-presidente presidente do Vasco 

Brant também explicou à reportagem o que considerou positivo em Mato Grosso do Sul e como esses aspectos podem atrair mais investimentos para o futebol local e fomentar ainda mais a economia do estado.

"Já estou morando em Campo Grande há algumas semanas e, nos primeiros dias, percebi que a cidade é tranquila, segura e possui uma economia forte, com oportunidades para empresários desbravarem o mercado local. Meu papel é atrair mais investidores e trazer mais atletas para desenvolver os clubes do estado."

 

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Oficializado

Petrallás confirma favoritismo e garante salário de R$ 215 mil na FFMS

Interinamente no cargo há quase um ano, ele bateu Andre Baird na disputa

08/04/2025 13h30

Estêvão Petrallás (com o microfone) durante assembleia de votação

Estêvão Petrallás (com o microfone) durante assembleia de votação Foto: Felipe Machado

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Interinamente no cargo desde maio de 2024, Estêvão Petrallás venceu de forma oficial a disputa pela presidência da Federação de Futebol de Mato-Grosso do Sul nesta terça-feira (8), e por um placar apertado de 48 a 39, levou a melhor diante de André Baird, presidente do Costa Rica Esporte Clube.

Além das comemorações, a vitória garantiu a Petrallás um mandato até 2027, além de um salário de R$ 215, montante repassado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aos presidentes de federações, [conforme divulgado pela Revista Piauí ao longo da última semana].

Diante da diferença de votos e do sistema de disputa, é possível afirmar que Petrallás venceu graças aos clubes amadores. Isso porque com 51 filiados entre profissionais e amadores, os votos das equipes profissionais da elite tinham peso 3; clubes profissionais fora da elite votaram com peso 2, enquanto os demais votantes possuíam peso 1 na disputa.

Entre os clubes profissionais da elite, Baird recebeu seis votos, enquanto Petrallás foi o escolhido por quatro equipes; entre as equipes com peso 2, a disputa foi acirrada, com Petrallás escolhido por 9 equipes, e Baird por 8. Ou seja, após a atribuição de peso aos votos, Baird estava à frente de Petrallás pelo placar de 34 a 30, entretanto, o então presidente interino conquistou a preferência de 18 equipes amadoras, enquanto André Baird foi selecionado por apenas cinco times.

Após a vitória, Petrallás falou sobre a responsabilidade de gerir a administração do futebol de Mato Grosso do Sul e aproveitou a ocasião para abafar as falas sobre o seu salário à frente da FFMS. “Inicialmente eu preciso justificar [o salário], penso que o salário que norteia o cargo no entorno de R$ 44 mil. Se esse salário realmente chegar, nós vamos tomar um chopp com ele (risos).”

Estevão destacou que o estado possui, de certo modo, a obrigação de colocar jogadores com o nível técnico mais elevado para conseguir subir para a série C do Brasileirão. Atualmente a FFMS ocupa a penúltima posição no ranking da CBF, à frente apenas da federação amapaense. 

Derrotado, André Baird reconheceu os votos e disse que apesar do revés, o trabaho foi feito e todo o imbróglio que permeava a FFMS foi resolvido.

“Foi um processo limpo, deveríamos resolver esse problema, agora as coisas voltam a engrenar. A instituição estava travada, agora viemos buscar a democracia, e a democracia aconteceu. Foi um trabalho, levei no peito, consegui chegar e acessar vários clubes. Ficamos satisfeitos, desafiei o sistema, fui contra a máquina e saio daqui com muita dignidade. Vamos voltar para Costa Rica, 2027 está aí, vamos definir com a família, e os companheiros o que faremos daqui pra frente”, declarou.

A definição acerca do novo presidente ocorreu pouco mais de 320 dias após a prisão de Francisco Cezário, então presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS).

Estevão Petrallás foi nomeado presidente interino através de portaria da CBF, em maio de 2024, que após a Operação Cartão Vermelho, do Ministério Público apontou um esquema milionário de desvio de dinheiro das contas da FFMS, encabeçado pelo então presidente Francisco Cezário.

Além de ambos, Américo Ferreira (ligado ao Novo); Antonio Vieira Cesário da Cunha (ex-presidente do Operário); Marco Antonio de Araújo (presidente afastado do Dourados)
Paulo Sérgio Telles (ex-presidente do Cene) também pleiteavam o cargo. Américo chegou a renunciar ao cargo em uma rede social, mas não enviou a documentação necessária para oficializar a desistência.

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LUTO NO FUTEBOL

Ex-Operário, lendário goleiro Manga morre aos 87 anos

Revelado no Sport (PE), foi titular na campanha do Galo da Capital no Brasileiro de 1977, do qual a equipe foi 3ª colocada, além de ídolo do Botafogo (RJ) e Internacional (RS)

08/04/2025 09h45

Goleiro Manga, que passou pelo Operário em 1977/78, morreu aos 87 anos

Goleiro Manga, que passou pelo Operário em 1977/78, morreu aos 87 anos Foto: Reprodução

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Goleiro titular do Operário na histórica campanha no Brasileiro de 1977 e ídolo por Botafogo (RJ) e Internacional (RS), morreu o lendário Haílton Corrêa de Arruda, conhecido como Manga, aos 87 anos.

Nascido em Recife (PE) e revelado pelo Sport (PE), Manga conquistou três pernambucanos antes de partir para o Botafogo, clube onde ficaria por mais tempo na carreira. No Estrela Solitária, venceu o Campeonato Carioca quatro vezes e o Rio-São Paulo três vezes, além de ter sido convocado pela primeira vez para a seleção brasileira, sendo titular na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.

Com 20 troféus conquistados pelo alvinegro, é até hoje o nome mais vitorioso dos quase 121 anos de história do clube. Após seu tempo no Botafogo, foi para o Uruguai, jogar pelo Nacional, onde conquistou quatro Campeonatos Uruguaios consecutivos e uma Libertadores, em 1971, mesmo ano que também ergueu o Intercontinental, o Mundial de Clubes da época.

Na volta ao futebol brasileiro, Manga assina com o Internacional e vence três estaduais (1974, 1975 e 1976) e foi bicampeão nacional, em 1975 e 1976. Após um tempo em terras gaúchas, o goleiro vai para o Mato Grosso do Sul (na época, Mato Grosso), jogar pelo Operário.

Além da conquista do Campeonato Mato-Grossense, em 1977, participou da campanha do Brasileiro daquele mesmo ano, que ficaria conhecida por ter sido a melhor jornada de um clube sul-mato-grossense na história da competição, ficando na 3ª colocação. Nas redes sociais, o clube campo-grandense se manifestou após a morte do ídolo.

“O Operário Futebol Clube comunica com profundo pesar o falecimento do ex-goleiro Manga (Haílton Corrêa de Arruda), ídolo eterno do nosso clube e um dos maiores nomes da história do futebol brasileiro.
Manga faleceu nesta terça-feira, 08 de abril de 2025, aos 87 anos, deixando um legado de coragem, talento e amor pelo futebol.

Foi em 1977/78 que Manga marcou para sempre a história do Operário, liderando o time com defesas memoráveis na campanha lendária que levou o Galo ao 3º lugar no Campeonato Brasileiro, um feito histórico para o futebol sul-mato-grossense.

Mais do que um goleiro, Manga foi símbolo de garra, carisma e respeito. Sua chegada a Campo Grande foi marcada pela mobilização da torcida, que arrecadou fundos para vê-lo vestir o manto alvinegro. Hoje, nos despedimos com tristeza, mas com o coração cheio de gratidão.

Obrigado, Manga. O Morenão te aplaudiu. O Operário jamais te esquecerá”.

No final da carreira, ainda jogaria por Coritiba (PR), Grêmio (RS) e Barcelona de Guayaquil (EQU), pendurando as chuteiras aos 45 anos de idade. No Brasil, comemora-se o Dia do Goleiro, que é comemorado em 26 de abril, definida em sua homenagem por seu aniversário.

Manga estava internado no Hospital Rio Barra, na zona oeste do Rio de Janeiro, devido um câncer de próstata. João Paulo de Magalhães Lins, presidente do Botafogo, ofereceu o salão nobre de General Severiano para a realização do velório do ídolo, mas ainda não há nenhuma confirmação de dia e horário.

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