Esportes

Copa 2014

Polícia estará dentro dos estádios durante os jogos

Polícia estará dentro dos estádios durante os jogos

Folhapress

20/02/2014 - 14h07
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Policiais militares estarão dentro dos estádios durante a Copa do Mundo. O Comitê Organizador Local confirmou que está treinando 20 mil profissionais para fazer a segurança privada dentro das arenas, os chamados stewards. Mas policiais ficarão dentro das arenas também para atuar em casos de problemas mais graves, como tumultos e brigas.

"Haverá mais policiais militares dentro das arenas na Copa do que nas partidas do Campeonato Brasileiro, por exemplo. Eles terão uma atuação mais discreta do que os stewards, que farão a segurança primária. Mas os policiais são parte importante nessa segurança interna", disse Hilário Medeiros, diretor de segurança do COL.

Os eventos Fifa, normalmente, contam apenas com a presença de seguranças privados dentro do estádio. É praxe também em eventos e jogos internacionais. Para Medeiros, as novas arenas criam um conceito para a diminuição da presença de policiais dentro dos estádios a partir dos próximos anos.

"É uma operação diferente fazer a segurança de uma arena. A tendência é que nos próximos anos a presença policia seja menor", disse Medeiros.

Contra Protestos
As prováveis manifestações sociais que ocorrerão durante a Copa do Mundo foram o tema central do seminário de segurança que ocorreu hoje, em Florianópolis.

Os representantes das 32 seleções que disputarão a competição receberam a informação que serão 150 mil profissionais de segurança pública e forças armadas envolvidos na segurança do torneio, principalmente para evitar que os protestos atrapalhem o andamento da Copa.

"No ano passado, na Copa das Confederações, teve um dia de junho com mais de 1 milhão de pessoas nas ruas. E não tivemos um jogo adiado, um torcedor deixando de entrar ou sair dos estádios. Imaginamos que o conceito será o mesmo na Copa do Mundo", disse Andrei Rodrigues, Secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Governo Federal.

Haverá uma integração entre o governo federal e os estados, com a utilização de centros móveis de segurança, que já foi testado em Florianópolis, que nesta semana recebeu 23 treinadores que trabalharão na Copa.

Segundo Andrei Rodrigues, o Governo Federal prevê no orçamento o gasto de R$ 1,9 bilhão com segurança para a Copa do Mundo.

Cada estado terá um profissional responsável pela segurança. E cada uma das 32 seleções também. Este profissional acompanhará a equipe por todo o período que estiver no Brasil, e ficará concentrado na cidade-base escolhida por cada time.

"São ex-policiais, delegados, todos ex-funcionários públicos. Escolhemos esse perfil por causa da exigência de hierarquia e disciplina em seus trabalhos", disse Hilário Medeiros, diretor de segurança do Comitê Organizador Local.

Sem Preocupação
A Fifa informou, por meio de seu diretor de segurança, Ralf Mutschke, que não pretende esconder suas marcas durante a Copa do Mundo com medo de ser alvo de manifestações violentas.

Durante a Copa das Confederações, um ônibus da Fifa foi atacado por manifestantes em Salvador. Muitos protestos citavam a Fifa e pediam para a entidade deixar o Brasil.

"Não nos sentimos alvo dos manifestantes. Os protestos tiveram vários temas tratados, como corrupção, entre outros. Não tem por que a Fifa se esconder", disse Mutschke.

SOB NOVA ADMINISTRAÇÃO

Morenão sairá da mãos da UFMS e será concedido ao Estado

Secretario de Esporta e Cultura afirmou que a atual reitora da universidade concordou em ceder o estádio, que não recebe um jogo há quase três anos, por 35 anos

14/01/2025 13h00

Em obras desde 2022, o Morenão deve ter mudança de administração

Em obras desde 2022, o Morenão deve ter mudança de administração Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Parado há três anos, o Estádio Pedro Pedrossian, conhecido apenas como Morenão, deve sair do controle da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e ficar sob respondabilidade do Governo do Estado, segundo Marcelo Miranda, titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc).

O interesse foi formalizado em junho do ano passado, quando a Setesc apresentou o ofício ao reitor da UFMS na época, Marcelo Turine. Ainda, foi ressaltado que a administração do Estádio ficaria sob responsabilidade da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte).

Na manhã desta terça-feira (14), durante o lançamento oficial do Campeonato Sul-Mato-Grossense de 2025, Marcelo Miranda voltou a falar sobre o assunto e afirmou que a concessão está nas tratativas finais, mas ainda em conversas. Porém, salientou que o caso deve ser resolvido de forma definitiva em 15 dias, com provável final feliz para o Governo do Estado.

"Já tinhamos observado o interesse da reitora Camila e sua posição pessoal favorável. No entanto, era necessário passar pelo Conselho Universitário, que aprovou a proposta. Agora, já recebemos uma resposta oficial positiva e estamos em tratativas para definir os detalhes do período de concessão", disse.

"São questões simples, como a manutenção durante esse período em que trabalharemos na viabilidade técnica. Acredito que esses pequenos detalhes poderão ser resolvidos em 10 a 15 dias. Assim, poderemos finalmente iniciar o estudo técnico necessário para planejar uma PPP que transforme o Morenão em um grande centro de eventos e de futebol. Até fevereiro, tudo deve estar resolvido", acrescentou o secretário.

Em nota, a UFMS disse que foi aprovada no dia 5 de novembro de 2024 a possibilidade da assinatura do convêncio de delegação para a concessão do estádio para o Governo do Estado, por um período de 35 anos.

"Essa aprovação pavimentou o caminho para realização de estudos de viabilidade, seguida pela licitação de parceria público privada PPP), os quais serão conduzidos pelo Estado, mediante a assinatura do contrato", diz a nota.

A Universidade diz ainda que aguarda devolutiva do estado para assinatura do referido instrumento jurídico.

 

NASCE UMA JOIA

Brasileiro vence número 9 do mundo em estreia em Grand Slam

Uma das maiores promessas do tênis, João Fonseca, de apenas 18 anos, venceu Andrey Rublev no Australian Open

14/01/2025 10h15

João Fonseca, de 18 anos, venceu russo nono do mundo na estreia do Australian Open

João Fonseca, de 18 anos, venceu russo nono do mundo na estreia do Australian Open Foto: William West / AFP

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Com uma atuação sólida e arrasadora, João Fonseca derrubou o número nove do mundo, o russo Andrey Rublev, nesta terça-feira, em sua estreia numa chave principal de Grand Slam. A jovem promessa do Brasil avançou à segunda rodada do Aberto da Austrália com uma vitória contundente pelo placar de 3 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/1), 6/3 e 7/6 (7/5). O jogo, que durou 2h23min, era um dos mais aguardados pela imprensa mundial nesta rodada de abertura em Melbourne.

O triunfo sobre o rival de peso, que já foi número cinco do mundo, no ano passado, confirma o novo status do brasileiro, tido como promessa em nível mundial por diversos especialistas. Não por acaso Fonseca fez sua estreia logo na Margaret Court Arena, a segunda maior do complexo do aberto da Austrália, onde só costumam jogar os tenistas mais vitoriosos e bem ranqueados do circuito.

O carioca de apenas 18 anos não se deixou abater pelo nervosismo e vibrou com a torcida desde o primeiro set. Fonseca esbanjou recursos, exibindo seu repertório de bolas fortes do fundo de quadra (principalmente com sua poderosa direita), saque sólido, voleios e subidas à rede e deixadinhas. Acertou aces em momentos decisivos e não sentiu a pressão de jogar break points.

Com a confiança em alta, ele envolveu Rublev desde os primeiros games. Foram 14 aces e 51 bolas vencedoras, que castigaram o experiente russo nos dois últimos sets. A performance firme fez com que o brasileiro terminasse sua nona partida seguida sem perder sets - ele ainda não sofreu nenhuma quebra de saque nesta edição do Aberto da Austrália, desde o quali.

Ele soma agora 14 vitórias consecutivas. Não perde desde a surpreendente conquista do Torneio Next Gen, antes do Natal. Depois, ganhou embalou com o troféu do Challenger de Camberra, já na Austrália. E manteve as exibições de alto nível nas três partidas do qualifying, a fase preliminar que disputou para poder entrar na chave principal do Aberto da Austrália.

O triunfo desta terça foi o maior vitória de um tenista brasileiro num Grand Slam desde que Thiago Wild derrubou outro russo, Daniil Medvedev, então número dois do mundo, na primeira rodada de Roland Garros de 2023.

Na segunda rodada, ainda sem data e horários definidos, Fonseca vai enfrentar o italiano Lorenzo Sonego, atual 55º do mundo, mas que já foi o 21º, em 2021. Os dois tenistas já se enfrentaram no circuito. E o brasileiro levou a melhor, no ano passado, no saibro do Torneio de Bucareste, na Romênia.

O primeiro set de Fonseca numa chave principal de Grand Slam foi marcado pelo equilíbrio. Apesar do confronto entre um 112º do ranking e o atual nono colocado, o brasileiro jogou de igual para igual com o russo do primeiro ao último ponto.

A parcial contou bons saques de ambos os lados. Fonseca disparou sete aces e só teve o saque ameaçado uma única vez, sem ceder a quebra. Ao mesmo tempo, o brasileiro não conseguiu nenhum break point, o que acabou levando a disputa para o tie-break. No desempate, Fonseca abriu 4/0, esbanjando solidez em seus golpes. Rublev não esboçou reação e o brasileiro aproveitou o primeiro de cinco set points para fechar em 7/1.

Fonseca levou o ritmo do tie-break para o segundo set. E passeou em quadra nos três primeiros games. No segundo, obteve a primeira quebra de saque da partida. E quase repetiu o feito no quarto game, quando Rublev suou para manter seu serviço. Disparando bolas vencedoras de diferentes cantos da quadra, o brasileiro encaminhou o segundo set até com certa tranquilidade.

O terceiro set contou com mais oscilações de ambos os tenistas. Pela primeira vez na partida, Fonseca baixou o ritmo no início. Acabou, assim, perdendo o saque pela primeira vez, no quarto game. Rublev abriu 3/1 e parecia esboçar reação. O brasileiro, contudo, reagiu prontamente e devolveu a quebra logo no game seguinte.

A partir do 4/4 no placar, os dois tenistas passaram a protagonizar uma batalha franca, com bons momentos de ambos os lados. O duelo precisou ser decidido no tie-break, quando Fonseca começou na frente e aproveitou o nervosismo de Rublev, que chegou a jogar a raquete no chão num momento de fúria, para encaminhar o histórico triunfo em sua carreira para a festa da torcida brasileira presente na segunda quadra mais importante do complexo.

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