Esportes

Copa 2014

Relatório aponta problemas em estádios do Rio e São Paulo

Relatório aponta problemas em estádios do Rio e São Paulo

Agência Brasil

01/03/2011 - 21h00
Continue lendo...

Irregularidades no processo de licitação e comprometimento da cobertura são dois problemas da série que ameaça a entrega do estádio do Maracanã no prazo previsto para a Copa de 2014. A obra prevista para ser entregue em dezembro de 2012 tem o orçamento mais caro entre os estádios sede da Copa: a previsão inicial é que sejam gastos entre R$ 600 e R$ 620 milhões.

Mas esses valores podem ser ainda mais altos porque um estudo feito em janeiro pelo Comitê Organizador Local da Copa constatou que a cobertura do Maracanã estava tecnicamente comprometida, e que deveria ser refeita. Isso implicaria em um investimento adicional de R$ 200 milhões do governo do estado, num orçamento que já passou de R$ 600 milhões para R$ 705 milhões, devido a alterações no projeto inicial para atender exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Nos últimos dez anos o Maracanã já recebeu investimentos superiores a R$ 300 milhões, para os projetos de reforma para o Mundial Interclubes de 2000 e para os Jogos Pan-Americanos de 2007.

Apesar dos problemas de irregularidades no processo de licitação apontados pelo TCU, a obra não parou. O tribunal alega que não há projetos de engenharia suficientes para justificar os serviços contratados. Com isso, apenas 20% dos R$ 400 milhões financiados para a obra junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram liberados.

De acordo com o relatório a ser divulgado amanhã (2) pelo Portal 2014, a demolição da arquibancada inferior já terminou, e a da superior está em fase final. A expectativa é que todo o entulho seja retirado até o final de março, quando começará a construir as novas arquibancadas.

O documento do portal, ao qual a Agência Brasil teve acesso, aponta ainda que a Arena Corinthians - estádio cotado para a abertura do mundial em Itaquera, São Paulo - adiou de janeiro para abril o início das obras, sob a justificativa de que há impasses em relação ao financiamento.

Há também entraves de ordem burocrática: tubos da Petrobras cruzam o terreno e podem impedir o início das obras. O Corinthians tem recursos para construir uma arena com capacidade para 48 mil torcedores, segundo o relatório do Portal Copa 2014. Mas os R$ 200 milhões restantes para ampliar o estádio para 65 mil torcedores - mínimo exigido pela Fifa para a abertura - ainda estão indefinidos.

O Mineirão, estádio sede de Minas Gerais para a Copa, é, dos três da Região Sudeste, o que menos apresenta problemas, e deverá estar concluído em dezembro de 2012. Feita por meio de parceria público-privada, a obra começou em janeiro de 2010, com o reforço estrutural e correção de patologias. Essa fase foi concluída em junho do ano passado.

Iniciada em julho e concluída em dezembro, a segunda fase abrange a demolição do anel inferior de arquibancada e o rebaixamento do gramado. Atualmente, informa o portal, 70% da demolição programada para a área interna já foi executada. A próxima etapa compreende o início das demolições da parte externa, a execução de projetos de paisagismo e a supressão vegetal e serviços de terraplenagem.

As obras da terceira fase serão bancadas por um consórcio, que pretende tomar empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES. Estádio e entorno - o que inclui também obras de esplanada, estacionamento coberto e passarela ligando o estádio ao Ginásio Mineirinho - estão orçados em R$ 743,4 milhões.

SOB NOVA ADMINISTRAÇÃO

Morenão sairá da mãos da UFMS e será concedido ao Estado

Secretario de Esporta e Cultura afirmou que a atual reitora da universidade concordou em ceder o estádio, que não recebe um jogo há quase três anos, por 35 anos

14/01/2025 13h00

Em obras desde 2022, o Morenão deve ter mudança de administração

Em obras desde 2022, o Morenão deve ter mudança de administração Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

Parado há três anos, o Estádio Pedro Pedrossian, conhecido apenas como Morenão, deve sair do controle da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e ficar sob respondabilidade do Governo do Estado, segundo Marcelo Miranda, titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc).

O interesse foi formalizado em junho do ano passado, quando a Setesc apresentou o ofício ao reitor da UFMS na época, Marcelo Turine. Ainda, foi ressaltado que a administração do Estádio ficaria sob responsabilidade da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte).

Na manhã desta terça-feira (14), durante o lançamento oficial do Campeonato Sul-Mato-Grossense de 2025, Marcelo Miranda voltou a falar sobre o assunto e afirmou que a concessão está nas tratativas finais, mas ainda em conversas. Porém, salientou que o caso deve ser resolvido de forma definitiva em 15 dias, com provável final feliz para o Governo do Estado.

"Já tinhamos observado o interesse da reitora Camila e sua posição pessoal favorável. No entanto, era necessário passar pelo Conselho Universitário, que aprovou a proposta. Agora, já recebemos uma resposta oficial positiva e estamos em tratativas para definir os detalhes do período de concessão", disse.

"São questões simples, como a manutenção durante esse período em que trabalharemos na viabilidade técnica. Acredito que esses pequenos detalhes poderão ser resolvidos em 10 a 15 dias. Assim, poderemos finalmente iniciar o estudo técnico necessário para planejar uma PPP que transforme o Morenão em um grande centro de eventos e de futebol. Até fevereiro, tudo deve estar resolvido", acrescentou o secretário.

Em nota, a UFMS disse que foi aprovada no dia 5 de novembro de 2024 a possibilidade da assinatura do convêncio de delegação para a concessão do estádio para o Governo do Estado, por um período de 35 anos.

"Essa aprovação pavimentou o caminho para realização de estudos de viabilidade, seguida pela licitação de parceria público privada PPP), os quais serão conduzidos pelo Estado, mediante a assinatura do contrato", diz a nota.

A Universidade diz ainda que aguarda devolutiva do estado para assinatura do referido instrumento jurídico.

 

NASCE UMA JOIA

Brasileiro vence número 9 do mundo em estreia em Grand Slam

Uma das maiores promessas do tênis, João Fonseca, de apenas 18 anos, venceu Andrey Rublev no Australian Open

14/01/2025 10h15

João Fonseca, de 18 anos, venceu russo nono do mundo na estreia do Australian Open

João Fonseca, de 18 anos, venceu russo nono do mundo na estreia do Australian Open Foto: William West / AFP

Continue Lendo...

Com uma atuação sólida e arrasadora, João Fonseca derrubou o número nove do mundo, o russo Andrey Rublev, nesta terça-feira, em sua estreia numa chave principal de Grand Slam. A jovem promessa do Brasil avançou à segunda rodada do Aberto da Austrália com uma vitória contundente pelo placar de 3 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/1), 6/3 e 7/6 (7/5). O jogo, que durou 2h23min, era um dos mais aguardados pela imprensa mundial nesta rodada de abertura em Melbourne.

O triunfo sobre o rival de peso, que já foi número cinco do mundo, no ano passado, confirma o novo status do brasileiro, tido como promessa em nível mundial por diversos especialistas. Não por acaso Fonseca fez sua estreia logo na Margaret Court Arena, a segunda maior do complexo do aberto da Austrália, onde só costumam jogar os tenistas mais vitoriosos e bem ranqueados do circuito.

O carioca de apenas 18 anos não se deixou abater pelo nervosismo e vibrou com a torcida desde o primeiro set. Fonseca esbanjou recursos, exibindo seu repertório de bolas fortes do fundo de quadra (principalmente com sua poderosa direita), saque sólido, voleios e subidas à rede e deixadinhas. Acertou aces em momentos decisivos e não sentiu a pressão de jogar break points.

Com a confiança em alta, ele envolveu Rublev desde os primeiros games. Foram 14 aces e 51 bolas vencedoras, que castigaram o experiente russo nos dois últimos sets. A performance firme fez com que o brasileiro terminasse sua nona partida seguida sem perder sets - ele ainda não sofreu nenhuma quebra de saque nesta edição do Aberto da Austrália, desde o quali.

Ele soma agora 14 vitórias consecutivas. Não perde desde a surpreendente conquista do Torneio Next Gen, antes do Natal. Depois, ganhou embalou com o troféu do Challenger de Camberra, já na Austrália. E manteve as exibições de alto nível nas três partidas do qualifying, a fase preliminar que disputou para poder entrar na chave principal do Aberto da Austrália.

O triunfo desta terça foi o maior vitória de um tenista brasileiro num Grand Slam desde que Thiago Wild derrubou outro russo, Daniil Medvedev, então número dois do mundo, na primeira rodada de Roland Garros de 2023.

Na segunda rodada, ainda sem data e horários definidos, Fonseca vai enfrentar o italiano Lorenzo Sonego, atual 55º do mundo, mas que já foi o 21º, em 2021. Os dois tenistas já se enfrentaram no circuito. E o brasileiro levou a melhor, no ano passado, no saibro do Torneio de Bucareste, na Romênia.

O primeiro set de Fonseca numa chave principal de Grand Slam foi marcado pelo equilíbrio. Apesar do confronto entre um 112º do ranking e o atual nono colocado, o brasileiro jogou de igual para igual com o russo do primeiro ao último ponto.

A parcial contou bons saques de ambos os lados. Fonseca disparou sete aces e só teve o saque ameaçado uma única vez, sem ceder a quebra. Ao mesmo tempo, o brasileiro não conseguiu nenhum break point, o que acabou levando a disputa para o tie-break. No desempate, Fonseca abriu 4/0, esbanjando solidez em seus golpes. Rublev não esboçou reação e o brasileiro aproveitou o primeiro de cinco set points para fechar em 7/1.

Fonseca levou o ritmo do tie-break para o segundo set. E passeou em quadra nos três primeiros games. No segundo, obteve a primeira quebra de saque da partida. E quase repetiu o feito no quarto game, quando Rublev suou para manter seu serviço. Disparando bolas vencedoras de diferentes cantos da quadra, o brasileiro encaminhou o segundo set até com certa tranquilidade.

O terceiro set contou com mais oscilações de ambos os tenistas. Pela primeira vez na partida, Fonseca baixou o ritmo no início. Acabou, assim, perdendo o saque pela primeira vez, no quarto game. Rublev abriu 3/1 e parecia esboçar reação. O brasileiro, contudo, reagiu prontamente e devolveu a quebra logo no game seguinte.

A partir do 4/4 no placar, os dois tenistas passaram a protagonizar uma batalha franca, com bons momentos de ambos os lados. O duelo precisou ser decidido no tie-break, quando Fonseca começou na frente e aproveitou o nervosismo de Rublev, que chegou a jogar a raquete no chão num momento de fúria, para encaminhar o histórico triunfo em sua carreira para a festa da torcida brasileira presente na segunda quadra mais importante do complexo.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).