O Brasil revelou recentemente uma grande reserva de cobalto, conhecido como “ouro azul”, um recurso estratégico para a fabricação de baterias de lítio, airbags, ferramentas de diamante, tintas, aço rápido, ímãs e outros produtos industriais, comerciais e militares.
A demanda global por cobalto tem crescido rapidamente. Em 2017, o consumo mundial era de 71 mil toneladas, mas as projeções indicam que deve atingir 222 mil toneladas até 2025. A transição energética é um dos principais fatores que impulsionam esse crescimento.
Países que buscam reduzir o uso de combustíveis fósseis têm papel central nesse aumento da demanda. A União Europeia, por exemplo, planeja eliminar a venda de veículos a gasolina e diesel até 2035, o que elevará ainda mais a necessidade de cobalto no mercado global.

Investimentos e exploração no Brasil
Os Estados Unidos anunciaram planos de investir na exploração de minerais críticos no país, incluindo o cobalto. O objetivo é reduzir a dependência de mercados dominados por outros países, como a China, garantindo fornecimento seguro para indústrias estratégicas.
Empresas como a TechMet já iniciaram a exploração de níquel e cobalto no Piauí, com investimentos de 25 milhões de dólares em 2020. A British Nickel, por sua vez, anunciou um projeto de 6 bilhões de dólares no estado, prevendo a produção anual de 25 mil toneladas de níquel a partir de 2026.
O mesmo projeto prevê a produção de 800 toneladas de cobalto por ano a partir de 2027. Além disso, a Jervois Global planeja reabrir uma refinaria em São Paulo, com produção inicial de 10 mil toneladas de níquel e 2 mil toneladas de cobalto anualmente, ampliando a capacidade de processamento nacional desses minerais.





