O Brasil, que durante décadas figurou entre os maiores devedores do Fundo Monetário Internacional (FMI), passou a emprestar recursos à instituição a partir de 2009. O país realizou um empréstimo de US$10 bilhões ao FMI, tornando-se credor após ter quitado completamente sua dívida em 2005.
O presidente Lula mencionou recentemente que o valor emprestado teria sido de US$15 bilhões, mas os dados oficiais indicam que o montante exato foi de US$10 bilhões. Independentemente do valor, o empréstimo reflete a trajetória do país, que saiu de uma posição de vulnerabilidade financeira para um papel ativo na cooperação internacional.
Além de reforçar a imagem de credibilidade do Brasil no mercado global, a operação permitiu que o país participasse de decisões estratégicas do FMI, tendo influência sobre políticas de financiamento de outros países em dificuldades.

Situação econômica do Brasil no período
Durante seus primeiros mandatos, Lula destacou alguns indicadores econômicos do país, como inflação, desemprego, reservas internacionais e dívida pública. Ele mencionou uma meta de inflação de 4,5%, embora o valor mais próximo registrado tenha sido 4,46% em 2007. Quanto à taxa de desemprego, Lula citou 4,3% no final do governo Dilma Rousseff.
Em relação às reservas internacionais, Lula afirmou que o país não possuía recursos ao assumir o governo, mas dados do Banco Central indicam que havia US$37,823 bilhões em reservas cambiais ao final da gestão anterior.
Já a dívida pública foi reduzida de 65% para 32% do Produto Interno Bruto durante sua administração. Esses fatores estruturais contribuíram para que o Brasil tivesse condições de emprestar bilhões ao FMI, consolidando uma posição de destaque no cenário econômico global.





