Conhecida por seu valor histórico e belezas imensuráveis, Minas Gerais carrega consigo o status de ser o maior produtor de café do Brasil, com a cidade de Patrocínio ganhando destaque. Composto por pouco mais de 93 mil habitantes, o município divide o teor econômico dos cafezais com as raras fontes de água mineral do tipo sulfurosas.
Localizada na região do Alto Paranaíba, a cidade que mais exporta Café do Cerrado também convive com a mineração fazendo parte de seu cotidiano. Embora tenha garantido não degradar o meio ambiente, a ação do homem trouxe à tona a descoberta e quase destruição das águas dos afluentes do Rio Paranaíba, além de uma estância hidromineral.

Em outro momento chamada de Arraial de Nossa Senhora do Patrocínio, a região teve relatos importantes registrados pelo naturalista francês Augusto de Saint-Hillaire. Em 1819, o viajante se encantou com as belezas encontradas, principalmente com as águas minerais da Serra Negra. Para a tristeza da população, hoje o lugar se encontra completamente abandonado.
Um dado curioso é que, mesmo com o abandono da região citada, o Estado não deixou de lado sua soberania. De acordo com a Companhia Mineira de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), das 47 principais fontes, só sete são “água termal/mineral”, três são somente “termal” (Cambuquira – duas e Conceição do Rio Verde) e 37 apenas “mineral”.
Mostrando que nem mesmo a ação de degradação humana foi capaz de colocar em xeque a natureza hídrica por completo, em Minas Gerais, apenas 9% são águas radioativas e 1% corresponde a águas bastante específicas, tais como a água carbogasosa, água hipotermal e a água sulfurosa.
Influência do café na economia
Embora as fontes de água mineral não tenham sido valorizadas pelos moradores de Patrocínio, o mesmo não pode ser dito sobre o café. Para se ter uma noção da potência do movimento, a cidade é responsável por 3,1% de toda a área colhida no país, equivalente a 105.109 toneladas de café. O município também lidera em valor da produção, gerando R$ 1,46 bilhão, 3,3% do total nacional.
Os investimentos intensos levaram o município a destinar 37.000 hectares de colheita. A empreitada garante à cidade o topo das produções, seguida por Manhuaçu-MG (2º), Rio Bananal-ES (3º), Pedregulho-SP (4º), Campos Gerais-MG (5º) e Monte Carmelo (6º). Mas quais são os Estados que mais se destacam em termos de fabricação segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)?
- Minas Gerais: 26,09 milhões de sacas;
- Espírito Santo: 16 milhões de sacas;
- São Paulo: 5,5 milhões de sacas de arábica;
- Bahia: 3,6 milhões de sacas;
- Rondônia: 2,2 milhões de sacas;
- Paraná: 711 mil sacas de café arábica beneficiado;
- Rio de Janeiro: 382 mil sacas de café arábica beneficiado;
- Mato Grosso: 265 mil sacas de café;
- Goiás: 210 mil sacas de café;
- Amazonas: 25 mil sacas de café.





