A busca pela longevidade extrema acompanha a humanidade há séculos, mas a ciência moderna começa a definir limites claros para o tempo máximo de vida. Pesquisadores afirmam que, biologicamente, o corpo humano dificilmente ultrapassa os 125 anos, mesmo com os avanços da medicina e da biotecnologia.
Estudos recentes indicam que há um ponto em que o corpo não consegue mais reparar seus próprios danos. O envelhecimento provoca falhas cumulativas nas células, no sistema imunológico e nas funções cerebrais, o que estabelece uma barreira natural.
Segundo Leonardo Oliva, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, não existe base científica para acreditar que uma pessoa possa viver 150 anos, como sugerido em especulações recentes. Ele explica que o mais provável é que mais pessoas cheguem aos 100 anos, mas sem grandes saltos na duração máxima da vida.
Um levantamento publicado em 2024 na revista The Lancet aponta que, até 2050, a expectativa de vida média global deve aumentar cerca de cinco anos, alcançando aproximadamente 78 anos. Esse avanço é resultado de melhorias na medicina preventiva e nos tratamentos de doenças crônicas, mas não significa que os limites biológicos da espécie tenham mudado.

Longevidade e qualidade de vida
Para o médico Milton Crenitte, do Centro Internacional de Longevidade Brasil, a chave está na qualidade do envelhecimento. Ele explica que, embora a biotecnologia possa retardar o declínio celular por meio de terapias com células-tronco ou edição genética, ainda não há tecnologia capaz de eliminar completamente o desgaste natural do organismo.
Os cientistas concordam que o foco deve ser viver mais com saúde, e não apenas por mais tempo. Fatores como genética, alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e sono adequado são decisivos para alcançar idades avançadas com autonomia.





