A Venezuela vive um novo momento de tensão após o presidente Nicolás Maduro determinar a mobilização de 25 mil soldados para diferentes regiões do país, incluindo a fronteira com a Colômbia e a costa caribenha.
A medida foi anunciada em 7 de setembro e faz parte de um reforço militar em resposta ao aumento da presença de tropas dos Estados Unidos no Caribe. O governo americano, liderado por Donald Trump, enviou embarcações e aviões de guerra à região como parte de uma ofensiva contra o narcotráfico.
Maduro afirmou que o envio dos militares tem como objetivo a defesa da soberania nacional e a proteção da chamada “Zona de Paz Binacional” com a Colômbia. Segundo ele, o efetivo será direcionado para operações terrestres, fluviais e navais, contando com drones e unidades de reação rápida.

Tensões entre Caracas e Washington
Os EUA acusam Nicolás Maduro de comandar o Cartel de los Soles e de ter ligações com outros grupos criminosos, como o Cartel de Sinaloa e o Tren de Aragua. A Casa Branca oferece até US$ 50 milhões por sua captura e afirma já ter apreendido cerca de US$ 700 milhões em bens ligados ao regime.
Como resposta, além do envio de tropas, Maduro tem reforçado o discurso nacionalista e anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em todo o território venezuelano. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, detalhou que as operações se concentram em estados estratégicos, como Zulia, Táchira, Sucre e Delta Amacuro, regiões associadas a rotas do narcotráfico.
Do lado americano, a movimentação inclui navios de guerra, destróieres, submarinos de ataque nuclear e aeronaves de vigilância que patrulham a costa venezuelana. Entre os equipamentos, estão aviões Poseidon P-8 e Boeing E-3 Sentry, usados para localizar embarcações suspeitas e alvos estratégicos.





