Nos verões anteriores, ondas de calor intensas afetaram severamente os Estados Unidos, tornando o uso de ar-condicionado um luxo inatingível para muitas famílias, principalmente de baixa renda. Essas condições extremas forçaram idosos e crianças a enfrentarem ambientes perigosos para a saúde, especialmente em cidades como Nova Orleans.
A falta de ar-condicionado não é apenas uma questão de conforto. O aumento das temperaturas resultou em um crescimento das internações hospitalares por causas relacionadas ao calor, como insolação e desidratação, sobrecarregando hospitais, especialmente nas regiões mais atingidas pelas ondas de calor. Essa situação é agravada pelo insuficiente acesso à energia barata, deixando milhões de cidadãos em risco.

Calor extremo e qualidade do ar
Além disso, a qualidade do ar piora com o calor, criando um ambiente letal para a saúde respiratória e cardiovascular dos americanos. Nos últimos meses, o calor junto à poluição atmosférica aumentou notavelmente a mortalidade entre pessoas com doenças respiratórias pré-existentes. Pesquisas confirmam que esse cenário tende a piorar sem uma mudança nas políticas ambientais que regularizem a emissão de poluentes.
O custo das tarifas elétricas para manter o ar-condicionado afeta duramente as economias domésticas. Famílias de baixa renda acabam comprometendo até 10% de seus orçamentos apenas para refrigerar suas casas. Essa realidade coloca muitos diante de dilemas como pagar pela energia ou atender a outras necessidades essenciais, como alimentos e medicamentos.
Os impactos do calor nos Estados Unidos são visíveis nas estatísticas: o número de internações e mortes relacionadas ao calor duplicou nas últimas duas décadas. Esse problema se perpetua, especialmente em comunidades carentes, onde a falta de ar-condicionado é mais comum.





