A 99, controlada pela chinesa DiDi, anunciou um investimento de R$ 6 bilhões para financiar a transição de entregadores brasileiros para motos e bicicletas elétricas. O programa tem alcance nacional e deve beneficiar até 600 mil trabalhadores nos próximos três a cinco anos.
O anúncio foi feito em Brasília, durante encontro entre o CEO da DiDi, Will Cheng, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Paralelamente, a companhia confirmou que vai dobrar os aportes na vertical 99Food, totalizando R$ 2 bilhões até junho de 2026. A meta é expandir operações para 15 cidades até o fim de 2025 e 20 até janeiro de 2026.
Além do impacto positivo na agenda climática, os veículos elétricos oferecem redução de custos com abastecimento e manutenção em até 60%, o que se traduz em maior rentabilidade para os entregadores parceiros.

Linhas de crédito e parcerias estratégicas
O programa contempla motos elétricas com financiamento e locação em parceria com Galgo, Riba e Vammo. Os modelos já estão disponíveis em São Paulo e Belém, cidade que sediará a COP30, e devem se tornar a principal alavanca do pacote bilionário.
Para bicicletas elétricas, a 99 fechou acordos com Bebike, Bliv e Riba, iniciando um projeto-piloto em São Paulo com 500 unidades e previsão de alcançar 10 mil entregadores em 18 meses.
A companhia também firmou parceria com a Yadea, maior fabricante mundial de motocicletas elétricas, para desenvolver veículos adaptados às necessidades do mercado brasileiro de entregas.
A medida da 99 ocorre em um contexto de competição acirrada no setor. Recentemente, o iFood firmou parceria com a Mottu, permitindo que entregadores aluguem motos a partir de R$ 19 por dia, com ganhos extras de até R$ 350 mensais e suporte operacional.





