Produto característico da cultura brasileira, os chinelos Havaianas deixaram de fazer sucesso apenas no Brasil e foram realocados para outras nações. No entanto, consumidores e especialistas ligaram o sinal de alerta diante da diferença financeira entre os produtos dispostos no território europeu. Isso porque, enquanto nos estados brasileiros são vendidos por R$ 40, no Velho Continente podem ser encontrados acima de R$ 220.
Para uma melhor compreensão, o modelo Havaianas Slim Glitter rosa, encontrado no site oficial da loja por R$ 69,99, está sendo comercializado na França por 36 euros (cerca de R$ 223,46 na cotação atual). Como se não bastasse o sucesso no país da Torre Eiffel, foi disseminado a outras regiões da Europa, ganhando o status de grife.

Sobretudo, alguns chinelos estão sendo vendidos por preço superior ao de peças básicas de vestuário de marcas como Hugo Boss, cujas camisetas podem ser compradas por apenas 12 libras no Reino Unido (cerca de R$ 84,89). Equiparando o contraste entre os mercados, no Brasil uma camiseta pode custar mais de R$ 300.
Segundo especialistas, a popularidade da peça brasileira consiste em uma combinação de estratégias de branding e percepção de valor. Criado em 1962, o chinelo que se tornou símbolo de toda uma nação, agora atinge patamares internacionais. O problema é que, ao ser direcionado a outros países, sofre incidência de impostos de importação, logística internacional e um posicionamento focado em exclusividade e sofisticação.
Havaianas lança modelo retratando o Brasil
Ao final de 2018, a empresa surpreendeu a todos e dividiu opiniões ao lançar campanha promocional marcada pelo bom humor e criatividade. Em suma, a Havaianas apresentou um modelo inusitado de chinelos inspirado em um dos pratos mais queridos do Brasil: o tradicional arroz com feijão. Cada par apresentava uma cor, que variava entre branco e marrom.
A ideia até pareceu valorizar a cultura nacional, mas não caiu no gosto popular. Além das cores diferentes, um outro detalhe foi alvo de críticas. Isso porque a tira do chinelo marrom era na mesma tonalidade, enquanto a do pé branco, também. Para abrilhantar o modelo inusitado, era comercializada em uma embalagem que imitava uma marmita de alumínio.





