Em 2014, Sergio Ramos desembarcou no Brasil como um dos principais nomes da defesa espanhola para disputar a Copa do Mundo FIFA, carregando o peso de um salário anual de € 9,57 milhões de euros, que equivalia a cerca de R$ 2,5 milhões por mês na época.
Seus 7 gols em 51 jogos, incluindo três decisivos na Champions League, sustentavam a expectativa de que seu poder decisivo se transferiria para a seleção. A conquista de La Décima, Copa do Rei e Mundial de Clubes reforçava sua imagem como peça-chave do Real Madrid.
A participação da Espanha na Copa do Mundo de 2014 no Brasil
A participação da Espanha na Copa do Mundo de 2014 no Brasil tornou-se paradoxal frente ao momento individual de Ramos. Enquanto no clube ele personificava a eficiência defensiva e ofensiva, com a seleção testemunhou o colapso da equipe que chegava como bicampeã europeia e atual campeã mundial. O Grupo B transformou-se em cenário de humilhação: derrota histórica de 5-1 para a Holanda e revés por 2-0 contra o Chile selaram a eliminação precoce.

Ramos reconheceu publicamente a superioridade física dos adversários e as limitações táticas do time espanhol. A equipe apresentou deficiências estruturais: lentidão nas transições defensivas e incapacidade de conter contra-ataques rápidos. O último jogo contra a Austrália (vitória por 1-0) serviu apenas como consolo técnico, sem alterar o destino da campanha.
O torneio marcou o fim da hegemonia espanhola iniciada em 2008. A combinação entre salário milionário, prestígio clubístico e desempenho coletivo medíocre criou um paradoxo revelador: mesmo jogadores no auge técnico e financeiro não garantem sucesso em competições internacionais.





