O Governo Federal avalia a possibilidade de retomar o horário de verão a partir de 2025, medida que havia sido revogada em 2019 por decreto do então presidente Jair Bolsonaro. À época, o argumento utilizado foi de que a mudança afetava o relógio biológico e poderia reduzir a produtividade dos trabalhadores.
Agora, a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva estuda a volta do ajuste nos relógios, que além de trazer impactos energéticos e econômicos, também pode alterar a rotina da população ao ampliar o tempo de luz natural no fim do dia.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o horário de verão contribui para aliviar a pressão sobre o fornecimento de energia no período de maior demanda, entre 18h e 21h.
Nessa faixa, ocorre simultaneamente o aumento do consumo residencial e a queda da geração solar, elevando o risco de sobrecarga. Com mais luz natural, reduz-se a necessidade de recorrer às termelétricas, que além de mais caras, são também mais poluentes.

Impactos econômicos e sociais da medida
Além do aspecto energético, a volta do horário de verão pode estimular diferentes setores da economia, em especial bares, restaurantes e estabelecimentos voltados ao lazer. Mais tempo de claridade após o expediente cria condições para que as pessoas circulem nas cidades e frequentem espaços coletivos.
O aproveitamento da luz natural também incentiva atividades ao ar livre, fortalecendo a vida urbana e ampliando a movimentação econômica. Para os empresários do setor de alimentação fora do lar, o horário diferenciado representa aumento no fluxo de clientes e no faturamento.





