Mato Grosso integra atualmente a Amazônia Legal, mesmo tendo grande parte do seu território situado fora do bioma amazônico. Essa inclusão significa que os produtores rurais do estado precisam respeitar um índice de preservação ambiental de 80% em suas propriedades, conforme previsto na legislação. A regra, embora voltada à conservação ambiental, limita a área disponível para a produção agrícola e pecuária.
O deputado federal Nelson Barbudo (PL-MT) defende que o estado deixe de fazer parte dessa área. Segundo ele, a mudança não diminuiria a proteção ambiental do território mato-grossense, mas permitiria ajustes no percentual exigido de preservação.
Caso a proposta avance, a exigência cairia para 20%, liberando mais espaço para cultivo e criação. Isso teria impacto direto na produtividade, nos investimentos e, consequentemente, na renda dos produtores rurais.

Impactos econômicos e debate ambiental
A proposta traz benefícios econômicos claros para o setor do agronegócio. Com a redução da área destinada à reserva legal, os produtores teriam acesso a mais terras para produção, ampliando a oferta de grãos, carnes e outras commodities.
Em um estado que já figura entre os maiores exportadores de soja e carne bovina do país, a mudança poderia fortalecer ainda mais a posição de Mato Grosso no mercado nacional e internacional.
Por outro lado, o debate ambiental também ganha espaço. Embora Barbudo assegure que a retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal não comprometeria a preservação, especialistas alertam que a redução da reserva obrigatória pode aumentar a pressão sobre ecossistemas importantes.
A questão gera divergências entre os defensores do meio ambiente e representantes do agronegócio, que buscam encontrar um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade.





