Há pouco tempo, a equipe internacional do British Antarctic Survey trouxe à luz a mais detalhada representação da Antártida até o momento com o lançamento do Bedmap3. Este mapa inédito revela a topografia subglacial do continente, antes oculta sob vastas camadas de gelo.
O novo mapeamento foi desenvolvido com dados coletados ao longo de seis décadas a partir de satélites, aeronaves e outras fontes. As informações visam proporcionar uma compreensão mais precisa do relevo sob o gelo e a previsão de alterações causadas pelo aquecimento global.

A importância do Bedmap3 no contexto climático
O Bedmap3 destaca a relação intrínseca entre o gelo, a terra e os possíveis robustos impactos das mudanças climáticas. Ao traçar as interações entre a camada de gelo e o leito oceânico, ele possibilita simulações precisas de como a Antártida pode responder ao aquecimento das temperaturas.
Tais simulações são essenciais para antecipar as mudanças no nível do mar, que poderiam afetar diversas regiões costeiras do mundo. Entender essas dinâmicas permitirá desenvolver estratégias eficazes de mitigação e adaptação a essas mudanças.
A equipe de pesquisadores aplicou técnicas avançadas de radar e sísmica para capturar a espessura e forma do gelo e do leito rochoso. Comparado aos seus antecessores, o Bedmap3 apresenta uma densidade de 500 metros e incorpora 82 milhões de pontos de dados.
Estas características ampliam significativamente a capacidade de observação, permitindo aos cientistas explorar e compreender melhor a interação entre o gelo e a rocha subjacente, facilitando previsões sobre a movimentação do gelo e possíveis instabilidades no futuro.
O esforço de monitoramento e atualização do mapeamento antártico está em andamento, com planos de usar tecnologias contínuas e avançadas – como o radar de penetração no gelo – para observar as mudanças e atualizar o mapa regularmente.





