Embora atualmente possua 85 anos, Michel Temer, ex-presidente do Brasil, desfruta de uma aposentadoria privilegiada desde 1996, quando tinha 55 anos de idade. Diante do vasto currículo sólido, o advogado conseguiu se aposentar como procurador do Estado de São Paulo, recebendo mensalmente um vencimento bruto de R$ 66.307,51.
Apesar de a aposentadoria chamar a atenção, devido ao teto constitucional, o valor em questão foi reduzido para R$ 27.225,96 líquidos. O detalhe intrigante da história é que, em 2017, por não realizar a “prova de vida”, o político perdeu temporariamente o benefício. Ainda que os vencimentos sejam alarmantes, o ex-Chefe de Estado segue tendo direito a algumas regalias.

De acordo com informações do Portal da Transparência, somente em 2022, o governo gastou aproximadamente R$ 910 mil em despesas relativas a Michel Temer. Para se ter uma dimensão dos benefícios, os valores cobriam desde assistência pessoal até gastos com segurança, incluindo ainda a disponibilização de veículos oficiais e motoristas.
Em contrapartida, dados de 2014 confirmaram que o representante do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) apresentava patrimônio acumulado de R$ 7.521.799,27. Nesse ínterim, os investimentos incluíam R$ 2.279.236,75 em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) do Banco Santander e participações na empresa Tabapuã Investimentos, avaliadas em R$ 2.209.900.
Mostrando seu poder aquisitivo reunido ao longo de décadas de trabalho, Temer, na época, possuía dois automóveis, sendo um deles um modelo de luxo avaliado em R$ 332 mil, além de terrenos em sua cidade natal, Tietê (SP), e um prédio em São Paulo com 370 metros quadrados.
Reviravolta na vida de Michel Temer
No dia 21 de março de 2019, após deixar a cadeira da presidência do Brasil, Temer foi preso em cumprimento de mandado expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável pela Operação Lava Jato no estado. A ação colocou Michel no centro dos holofotes, já que se tratava do segundo ex-presidente da República a ser preso pela suposta prática de crime comum.
Embora tenha sido direcionado à prisão, a ação foi revogada em 25 de março pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Contudo, a Primeira Turma do TRF-2 deu nova ordem de prisão a Temer em 9 de maio, sendo solto 6 dias depois pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça.





