Nos últimos anos, o Sol surpreendeu os cientistas da Nasa ao apresentar um aumento inesperado de atividade, contrariando as previsões que indicavam um ciclo solar mais ameno.
O Ciclo Solar 25, iniciado em 2020, tem registrado maior força no vento solar, com aumento na velocidade, densidade, temperatura e intensidade do campo magnético. Esses fenômenos podem gerar tempestades espaciais que afetam a Terra, impactando satélites, comunicações, redes elétricas e a segurança de astronautas no espaço.
Historicamente, o Sol passou por períodos de calmaria extrema, como o Mínimo de Maunder (1645-1715) e o Mínimo de Dalton (1790-1830), mas as tendências de longo prazo continuam difíceis de prever.
A Nasa destaca que, apesar dos dados acumulados ao longo de séculos, fenômenos como a inversão de polaridade e a intensidade das ejeções de massa coronal ainda são desafiadores de modelar.

Impactos na Terra e monitoramento
O aumento da atividade solar influencia diretamente a vida no planeta e as operações espaciais. O vento solar comprime a magnetosfera terrestre, expondo astronautas à radiação e interferindo em sistemas de GPS, comunicações por rádio e redes elétricas. Em maio de 2024, uma forte tempestade geomagnética causou auroras boreais até o sul do México e gerou alertas para a internet e a infraestrutura global.
Para compreender melhor essas mudanças, a Nasa planeja lançar missões como a Interstellar Mapping and Acceleration Probe (IMAP) e o Carruthers Geocorona Observatory. Essas iniciativas visam coletar dados mais detalhados sobre o vento solar e eventos solares extremos, permitindo monitoramento contínuo e previsões mais precisas.
O próximo Ciclo Solar 26 está previsto para começar entre 2029 e 2032, mas a agência enfatiza que o número de manchas solares não é suficiente para entender completamente a dinâmica solar, sendo necessária observação contínua e estudos aprofundados.




