Pegando a todos de surpresa, a Keurig Dr Pepper anunciou a compra da empresa holandesa JDE Peet’s, líder mundial de produção de café e chá e dona da marca ‘Café Pilão’. O trâmite foi sacramentado por US$ 18 bilhões (cerca de R$ 96 bilhões, na cotação atual), mas a companhia norte-americana confirmou que a fabricação dos produtos não será interrompida.
A empreitada da Keurig Dr Pepper faz parte dos planos para desmembrar suas marcas de café em uma empresa pública separada nos Estados Unidos. Por entender a popularidade do Café Pilão e L’Or no Brasil, os novos donos da JDE Peet’s entenderam que a interrupção da produção no país traria complicações ao setor. Em contrapartida, a ideia é dar origem à maior empresa de café do mundo.

“Por meio da combinação complementar da Keurig e da JDE Peet’s, estamos aproveitando uma oportunidade excepcional para criar um gigante global do café. Este é o momento certo para esta transação, com a KDP em uma posição de força operacional e financeira, impulso em nosso portfólio evoluído e aumento da resiliência da categoria de café”, disse o CEO da Keurig Dr Pepper, Tim Cofer.
Com a aquisição sacramentada, a empresa estadunidense pretende ter receita anual de US$ 16 bilhões (cerca de R$ 85,3 bilhões). Embora os consumidores tenham receio da descontinuação do Pilão e L’Or, é pouco provável que a comercialização seja cessada. Isso porque ambas as marcas são líderes do segmento no país.
Quem é a nova dona do ‘Café Pilão’?
A título de curiosidade, a Keurig Dr Pepper atua no mercado de café e outras bebidas, como refrigerantes e sucos. Depois da conclusão do negócio, a gigante será dividida em duas empresas listadas nos Estados Unidos. Uma será focada nas bebidas refrescantes, que passará a se chamar Beverage Co., enquanto a outra atuará no segmento de café.
Apesar de se tratar de um dos grandes negócios do ramo dos grãos, as empresas informaram, em comunicado, que os membros do segundo escalão das companhias e dos Conselhos de Administração serão anunciados posteriormente. No mais, a transação será financiada por meio de uma combinação de novas dívidas sênior sem garantia e dívidas subordinadas júnior, além de dinheiro em caixa.





