Um novo vidro desenvolvido por pesquisadores do Fraunhofer Institute, na Alemanha, está mudando a percepção tradicional sobre esse material. Com espessura variando de 25 a 100 micrômetros, esse vidro é mais fino que um fio de cabelo e, surpreendentemente, pode ser dobrado e moldado como plástico.
Desde 2016, uma equipe de especialistas liderada por Dr. Jörg Neidhardt tem trabalhado no desenvolvimento desse material flexível. O projeto, que recebeu financiamento do governo alemão, resultou em um vidro que combina leveza e resistência, características que o tornam ideal para produtos modernos.
A capacidade de ser enrolado e moldado como plástico significa que ele pode ser utilizado em telas dobráveis e dispositivos eletrônicos, além de ser uma opção viável para componentes de satélites, onde cada grama conta.

Desafios e aplicações futuras
Apesar das promessas, a produção em massa desse vidro ultrafino enfrenta desafios significativos. A fragilidade do material requer técnicas de manuseio especializadas, incluindo transporte a vácuo e robótica de alta precisão.
A Wiebke Langgemach, uma das especialistas envolvidas no projeto, destaca que a “fratura súbita” é o maior inimigo do vidro fino. Para superar esses obstáculos, a cadeia de produção precisa ser adaptada para garantir a integridade do material durante todo o processo.
As aplicações potenciais são vastas. O vidro ultrafino é ideal para smartphones e tablets dobráveis, pois oferece uma superfície resistente a riscos e mantém a transparência ao longo do tempo.
Além disso, sua leveza é um fator crucial para satélites, onde a redução de peso pode diminuir os custos de lançamento. Os sensores automotivos também se beneficiariam desse material, pois exigem superfícies ópticas duráveis. A arquitetura futurista poderá explorar janelas curvas e leves, ampliando as possibilidades de design.





