Cidades em regiões de altas temperaturas estão adotando uma nova medida para conter o avanço do calor urbano: a padronização da cor dos telhados. A proposta, inspirada em políticas adotadas recentemente em Atlanta, nos Estados Unidos, obriga que os proprietários pintem seus telhados com cores claras e refletivas.
O objetivo é diminuir a absorção de calor, reduzindo tanto a temperatura dentro das residências quanto a sensação térmica nas ruas. A lógica é simples: telhados escuros retêm mais calor solar, aumentando a necessidade de ar-condicionado e elevando o consumo de energia elétrica.
Já os chamados “telhados frios”, feitos com materiais que refletem a luz solar, ajudam a manter os ambientes internos mais frescos e a equilibrar a temperatura em áreas urbanas densamente construídas.

Telhados frios e seus impactos na qualidade de vida
De acordo com estudos realizados por centros de pesquisa climática, a aplicação de telhados refletivos pode reduzir em até 2°C a temperatura média de uma cidade durante o calor intenso do verão.
Além disso, o uso dessa tecnologia tem potencial para gerar grande economia de energia ao longo dos anos, já que o esforço dos sistemas de refrigeração diminui significativamente. Cidades como Los Angeles, Nova York e Chicago já implementaram políticas semelhantes, com resultados positivos na redução do calor urbano e na melhoria da qualidade do ar.
A norma também tem um impacto social importante. Em bairros com menos áreas verdes e maior concentração de concreto, a chamada “ilha de calor urbano” eleva as temperaturas locais e afeta principalmente as populações de baixa renda, que muitas vezes não têm acesso a sistemas de climatização adequados.





