A caipirinha, um dos coquetéis mais icônicos do Brasil, pode ter suas raízes na cidade de Santos, São Paulo. Acredita-se que a bebida tenha surgido como uma variação da batida de limão, que era feita com suco de limão, açúcar e aguardente de cana.
Com a introdução da cachaça caipira, a mistura se transformou na caipirinha que conhecemos hoje. Santos, sendo o local do primeiro engenho de açúcar do Brasil, fundado em 1530, é frequentemente citado como o berço dessa bebida.
Entretanto, há quem defenda que a bebida surgiu no Rio de Janeiro. Segundo essa teoria, a caipirinha teria sido criada por volta do início do século 20, inicialmente como uma bebida medicinal, utilizando cachaça, limão e açúcar. Com o tempo, ela se popularizou em festas e eventos sociais, especialmente na cidade carioca.

A evolução da bebida
Na metade do século 20, Santos se destacou pela produção de cachaça, especialmente a conhecida como “Cachaça Morrão”. Essa cachaça era apreciada pura, antes de ser utilizada em coquetéis.
A tradição de servir a batida de limão em festas e reuniões sociais fez com que a bebida se popularizasse. Nessa época, a aguardente era acondicionada em galões reaproveitados, o que ajudou a disseminar o consumo da cachaça na região.
O termo “caipirinha” começou a ser utilizado após a década de 1950, quando o uso de refrigeradores tornou o gelo mais acessível. A preparação do coquetel passou a ser feita na hora, com limões frescos macerados junto ao açúcar e à cachaça.
Com o tempo, a caipirinha deixou de ser uma bebida restrita a Santos e conquistou o país. A bebida então foi oficialmente reconhecida pela IBA (Associação Internacional de Barmen), que padronizou sua receita.




