Nos últimos meses, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump travaram queda de braço devido a divergências políticas sobre a democracia. Outrora desqualificando o trabalho do petista, o republicano voltou atrás sobre suas alegações. Pegando a todos de surpresa, o norte-americano confirmou ter conversado com o brasileiro, colocando em evidência a possibilidade de uma trégua iminente.
No início de outubro, os políticos se encontraram na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, motivo que encurtou novamente a relação de ambos os presidentes. Entendendo a necessidade de apaziguar os ânimos entre as nações, Trump ligou para o representante do Partido Trabalhista (PT). Em coletiva de imprensa, o estadunidense destacou a discussão sobre a tarifa de 50% imposta a produtos brasileiros.
“Tive uma ótima ligação telefônica com o presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitas coisas, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países. Teremos novas discussões e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei muito da conversa. Nossos países farão grandes coisas juntos”, disparou Donald.
Ainda que mais detalhes não tenham sido revelados, tudo indica que um acordo será selado nas semanas subsequentes. É válido destacar que o tarifaço colocou em desnível diversos setores econômicos do Brasil, tais como o café e petróleo. Cumprindo agendas separadas, os dois presidentes tendem a agilizar um encontro pessoal para debater questões essenciais de cada nação.
Conversa de Lula com Trump ganha novos capítulos
Segundo apurações da BBC News Brasil, a videoconferência aconteceu diante de um pedido do presidente dos Estados Unidos. De forma calorosa, Lula ouviu os apontamentos do republicano, destacando alguns interesses nacionais. As informações dão conta de que o petista pediu a retirada do tarifaço e das medidas restritivas contra autoridades brasileiras.
“O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Nós concordamos em nos encontrar pessoalmente em breve. Sugeri a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterei o convite a Trump para participar da COP30, em Belém; e também me dispus a viajar aos Estados Unidos”, escreveu o petista.
