Mundo

CONFRONTO

Abastecimento de água e energia da Ucrânia sofrem novos ataques aéreos da Rússia

Volodymyr Zelensky classificou ato como campanha russa para levar o país ao frio e à escuridão e tornar as negociações de paz impossíveis

Continue lendo...

Ataques aéreos russos cortaram o fornecimento de energia e água para centenas de milhares de ucranianos nesta terça-feira. Para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, trata-se de uma campanha russa para levar o país ao frio e à escuridão e tornar as negociações de paz impossíveis, quando o inverno começa a chegar na região.

Zelensky afirmou ainda que quase um terço das usinas de energia ucranianas foram destruídas na semana passada, causando grandes apagões em todo o país.

"Não há mais espaço para negociações com o regime de Putin'', tuitou.

Tais bombardeios parecem destinados a desgastar a resiliência que os ucranianos demonstraram nos quase oito meses desde a invasão de Moscou.

O uso cada vez maior dos chamados "drones suicidas", que mergulham em alvos, abriu uma nova fase na guerra do presidente russo Vladimir Putin.

Mesmo longe das linhas de frente, os serviços básicos ucranianos têm sofrido investidas diárias, ocasionando danos, às vezes, mais rápidos do que possam ser reparados.

 

Assine o Correio do Estado

DEMOCRACIA

Kast é eleito no Chile e direita volta ao poder no país sul-americano

Ele obteve 58% dos votos, derrotando a candidata da coalizão governista de esquerda do Chile, a comunista Jeannette Jara

15/12/2025 07h59

A apuração ainda estava em andamento e o presidente chileno e a candidata derrotada já ligaram para Kast aceitando a derrota

A apuração ainda estava em andamento e o presidente chileno e a candidata derrotada já ligaram para Kast aceitando a derrota

Continue Lendo...

Com praticamente 100% das urnas apuradas, o candidato de extrema-direita José Antonio Kast venceu o segundo turno da corrida presidencial no Chile. Kast teve 58,18% dos votos, segundo a imprensa local, derrotando a candidata da coalizão governista de esquerda do Chile, a comunista Jeannette Jara, que soma 41,82%.

Líder do Partido Republicano e uma das principais figuras da extrema-direita latino-americana, Kast, favorito nas pesquisas, prometeu um "governo de emergência" para combater o crime organizado, enquanto Jara busca dar continuidade às políticas do governo anterior do esquerdista Gabriel Boric, no qual atuou como Ministra do Trabalho.

Jara já reconhecia a derrota no pleito, assim que os primeiros resultados das eleições presidenciais sinalizavam vantagem expressiva para o ultraconservador, com os eleitores optando por mudanças após anos de crescentes temores com o aumento da criminalidade e da imigração.

Kast, um advogado de 59 anos, será presidente da república entre 11 de março de 2026 e 11 de março de 2030 e terá a missão de estabilizar esta década marcada pelas consequências do surto social, da pandemia, da promessa fracassada de mudar a Constituição e, acima de tudo, pelo aumento da insegurança.

Cerca de 15,7 milhões de eleitores estavam aptos a votar neste segundo turno para decidir entre manter o governo atual ou uma guinada à extrema direita, a primeira desde o retorno da democracia após a ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990).

O voto nessas eleições era obrigatório e penalidades serão aplicadas àqueles que não votaram.

*Fonte: Associated Press

NARCOTERRORISMO OU PETRÓLEO?

Trump diz que os EUA vão 'começar a agir em terra em breve' na Venezuela

Após apreensão do navio petroleiro, o Governo Maduro afirmou que "sempre se tratou do nosso petróleo, da nossa energia"

12/12/2025 07h37

Donald Trump não deu detalhes sobre uma possível operação terrestre no território venezuelano

Donald Trump não deu detalhes sobre uma possível operação terrestre no território venezuelano

Continue Lendo...

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o governo americano intensificará os ataques contra narcotraficantes na Venezuela, revelando que ações terrestres no país ocorrerão "muito em breve", durante um evento no Salão Oval na noite desta quinta-feira, 11.

Ao ser questionado por repórteres na Casa Branca sobre a apreensão de um navio petroleiro perto da costa da Venezuela, Trump justificou a operação e acusou Caracas de ter enviado criminosos intencionalmente aos EUA como imigrantes.

"[A ação contra a Venezuela] é sobre muitas coisas, eles nos trataram de forma ruim, e agora nós não estamos tratando eles tão bem", disse Trump, que afirmou ter diminuído 92% a entrada de drogas pelo mar nos EUA desde que o país começou a abater embarcações no Caribe e no Pacífico. "E nós vamos começar [a agir] por terra também. Vai começar por terra muito em breve", acrescentou o presidente americano.

Na quarta-feira, 10, os Estados Unidos apreenderam um grande navio petroleiro na costa da Venezuela, em meio ao aumento das tensões entre Washington e Caracas. "Acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela, um grande petroleiro, muito grande - o maior já apreendido, na verdade", disse Trump a jornalistas.

"E outras coisas estão acontecendo, vocês verão mais adiante", ele acrescentou, no início de uma mesa-redonda com empresários e altos funcionários. Trump não deu detalhes adicionais sobre a operação, mas dois oficiais americanos disseram, sob condição de anonimato, que a apreensão ocorreu após um "planejamento deliberado" e que não houve resistência da tripulação ou vítimas durante a operação.

O governo da Venezuela respondeu em um comunicado que a apreensão "constitui um roubo flagrante e um ato de pirataria internacional". "Nestas circunstâncias, as verdadeiras razões para a agressão prolongada contra a Venezuela foram finalmente reveladas. Sempre se tratou dos nossos recursos naturais, do nosso petróleo, da nossa energia, dos recursos que pertencem exclusivamente ao povo venezuelano", afirmou o comunicado.

Washington enviou em agosto uma flotilha de navios e aviões de combate ao Caribe com o argumento de lutar contra o narcotráfico em Caracas, no entanto, considera que essa mobilização busca, na realidade, derrubar o ditador Nicolás Maduro e se apropriar das reservas de petróleo do país. Trump conversou recentemente por telefone com Maduro, sobre um possível encontro.

O governo americano desenvolveu uma série de opções de ação militar no país, que vão desde atacar Maduro até assumir o controle dos campos de petróleo do país. Trump expressou repetidamente reservas sobre uma operação para derrubar Maduro, segundo assessores, em parte por medo de que ela possa fracassar

Contudo, desde setembro, os Estados Unidos têm atacado embarcações na região que, segundo o governo Trump, traficam drogas. As forças armadas lançaram 22 ataques conhecidos, matando mais de 80 pessoas.

Trump também ordenou um aumento das forças americanas na região, com mais de 15.000 soldados e uma dúzia de navios no Caribe. O presidente americano autorizou ações secretas contra a Venezuela e já havia alertado que os Estados Unidos poderiam "muito em breve" expandir seus ataques de barcos na costa venezuelana para alvos dentro do país. Mas até então, o destacamento militar americano não havia afetado a atividade de navios petroleiros.

O navio tomado na quarta-feira tinha sido utilizado durante anos pela Venezuela e pelo Irã para transportar petróleo apesar das sanções internacionais contra ambos, disse, após a apreensão, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi. Ela também publicou um vídeo nas redes sociais que mostra o momento em que integrantes da Guarda Costeira do país apreenderam o navio petroleiro na costa da Venezuela.

A operação de quarta-feira ocorreu no mesmo dia em que o Prêmio Nobel da Paz foi formalmente concedido à dissidente venezuelana María Corina Machado. Sua filha recebeu o prêmio em seu nome em Oslo. (Com informações da Associated Press)

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).