Mundo

guerra sem fim

Operação para repatriar brasileiros do Líbano é adiada

Governo alega falta segurança aos comboios terrestres até o aeroporto. Existe possibilidade de o voo sair neste sábado

Continue lendo...

A Operação Raízes de Cedro, que vai repatriar brasileiros que estão no Líbano, será adiada. Inicialmente, a volta de 220 cidadãos começaria nesta sexta-feira (4), mas por falta de segurança para transportar essas pessoas até o aeroporto, a operação não ocorrerá.

"Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje. Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia", informou nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Na madrugada de hoje, pelo menos um ataque israelense atingiu as proximidades do perímetro do aeroporto internacional de Beirute, de acordo com uma fonte do Ministério dos Transportes e Obras Públicas do Líbano.

O objetivo do governo brasileiro é repatriar cerca de 500 pessoas por semana, com prioridade de embarque para idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidades médicas.

Ao todo, cerca de 21 mil brasileiros residem no Líbano. Na terça-feira (1°), o governo brasileiro informou que pelo menos 3 mil procuraram a Embaixada em Beirute com pedido de repatriação.

(Informações da Agência Brasil)

TRAGÉDIA

Inundações na Espanha deixam 51 mortos e dezenas de feridos

Tempestades causaram inundações em uma ampla faixa do sul e leste da Espanha. Um trem de alta velocidade com quase 300 pessoas a bordo descarrilou

30/10/2024 07h27

Inundações com água cor de lama derrubaram veículos pelas ruas em velocidades assustadoras

Inundações com água cor de lama derrubaram veículos pelas ruas em velocidades assustadoras

Continue Lendo...


Autoridades espanholas informaram nesta quarta-feira, 30, que 51 pessoas morreram depois que enchentes repentinas varreram carros, transformaram ruas em rios e interromperam linhas ferroviárias e rodovias. Os serviços de emergência da região leste de Valência confirmaram o número de mortos.

Tempestades na terça-feira, 29, causaram inundações em uma ampla faixa do sul e leste da Espanha. Um trem de alta velocidade com quase 300 pessoas a bordo descarrilou perto de Málaga, embora as autoridades ferroviárias tenham dito que ninguém ficou ferido. O serviço de trem de alta velocidade entre a cidade de Valência e Madri foi interrompido, assim como várias linhas de passageiros

Inundações com água cor de lama derrubaram veículos pelas ruas em velocidades assustadoras. Pedaços de madeira são vistos rodopiando em meio a artigos domésticos levados pela água. A polícia e os serviços de resgate usaram helicópteros para retirar pessoas de suas casas e carros.

Mais de 1.000 soldados das unidades de resposta a emergências da Espanha foram enviados às áreas devastadas e o governo central da Espanha criou um comitê de crise para ajudar a coordenar os esforços de resgate.

As tempestades devem continuar até quinta-feira, 31, de acordo com o serviço meteorológico nacional do país.

A Espanha tem passado por tempestades de outono semelhantes nos últimos anos. Espanhóis ainda estão se recuperando de uma seca severa no começo deste ano. Cientistas dizem que episódios crescentes de clima extremo provavelmente estão ligados à mudança climática. Fonte: Associated Press.
 

(Informações da Agência Estado)

ALERTA

Mudanças climáticas agravam epidemia global de tuberculose, diz cientista

No Brasil, a taxa de incidência da tuberculose vem crescendo: passou de 35,6 por 100 mil, em 2003, para 39,8% em 2023

08/10/2024 06h59

Mudança climática está piorando muito os principais determinantes da tuberculose, como desigualdade, deslocamentos e insegurança alimentar

Mudança climática está piorando muito os principais determinantes da tuberculose, como desigualdade, deslocamentos e insegurança alimentar

Continue Lendo...

A mudança climática está piorando muito os principais determinantes da tuberculose, como desigualdade, deslocamentos e insegurança alimentar, ao mesmo tempo que eventos agudos, como secas e inundações, dificultam ainda mais o acesso e a manutenção dos tratamentos.

A afirmação é do médico Jeremy Farrar, 63, cientista chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde) e professor de medicina tropical da Universidade de Oxford, que participa do Fórum Global de Vacinas contra Tuberculose, que começa nesta terça (8), no Rio de Janeiro.

Segundo ele, o impacto climático ocorre por meio de três vias: a desnutrição enfraquece o sistema imunológico, tornando os indivíduos mais suscetíveis à tuberculose; o deslocamento em massa e a migração levam à superlotação e às más condições de moradia, aumentando o risco de infecção e transmissão.

Por fim, as interrupções no sistema de saúde causadas por eventos climáticos extremos impactam as cadeias de suprimentos e o acesso ao tratamento, atrasando o diagnóstico e o tratamento da tuberculose, aumentando as taxas de transmissão e contribuindo para resultados adversos à saúde.

No Brasil, a taxa de incidência da tuberculose vem crescendo: passou de 35,6 por 100 mil, em 2003, para 39,8% em 2023, segundo dados do Ministério da Saúde. Amazonas e Rio de Janeiro estão na liderança com, coeficiente de 86,3 e 71,7 casos por 100 mil.

No ano passado, foram diagnosticados 84.858 novos casos, dos quais 68% em homens, com idade média de 40 anos. Os negros (pardos e pretos) respondem por 60,6% dos registros. A taxa de morte geral ficou em 6%, mas entre populações vulneráveis, como a população de rua, atingiu 22%.

Para Jeremy Farrar, é importante que os sistemas de saúde estejam resilientes ao clima e que incluam pacotes de serviços essenciais para tuberculose como parte de programas de mitigação de risco, além de mecanismos de financiamento.

De acordo com ele, pesquisas indicam que, em média, metade das pessoas com tuberculose e suas famílias enfrentam custos totais (incluindo despesas médicas diretas, pagamentos diretos não médicos e custos indiretos, como perda de renda), que excedem 20% da renda familiar anual.

Acabar com a epidemia requer acesso universal a serviços sociais e de saúde e uma abordagem integrada de diagnósticos, novas vacinas e tratamento, segundo Farrar.

Em 2023, havia pelo menos 15 novas vacinas candidatas, 28 medicamentos e vários testes de diagnóstico em fase de ensaios clínicos, embora muitos deles ainda estejam em estágios iniciais de desenvolvimento e com financiamento muito limitado.

VACINA

Atualmente, a única vacina contra a tuberculose (BCG), dada no nascimento, previne a meningite tuberculosa e tuberculose miliar em crianças pequenas, mas tem eficácia limitada contra infecção em adultos e adolescentes_onde estão concentrados 90% dos casos da doença.

"A modelagem indica que uma vacina que previna doenças em adolescentes e adultos será a maneira mais eficaz de reduzir tanto a incidência de casos de tuberculose quanto a transmissão de novas infecções por Mycobacterium tuberculosis [Mtb], em todas as faixas etárias", diz Farrar.

Ele afirma ainda que um número significativo de pessoas no mundo não está sendo diagnosticado e encaminhado para tratamento. A cobertura global do tratamento foi de 70% em 2022, e isso foi muito menor para crianças de 14 anos ou menos (49%).

"Testes acessíveis que possam ser usados para detectar a tuberculose no nível de atenção primária à saúde, em ambientes de poucos recursos, precisam ser desenvolvidos."

A resistência aos medicamentos antimicrobianos também é um problema global crescente. "Continua a ceifar um número significativo de vidas, e a taxa global de sucesso do tratamento permanece baixa."

Segundo dados da OMS, a taxa de sucesso do tratamento para tuberculose resistente a medicamentos é de 63%. Em 2022, apenas duas em cada cinco pessoas com tuberculose resistente a medicamentos tiveram acesso ao tratamento.

Na opinião de Farrar, o desenvolvimento de regimes de combinação mais seguros, eficazes e mais curtos e baratos para tratar todas as formas de tuberculose resistente a medicamentos é necessário, inclusive para as populações mais vulneráveis, como crianças, mulheres grávidas e lactantes, pessoas vivendo com HIV e comunidades deslocadas.

(Informações da Folhapress)

 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).