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Mato Grosso do Sul

Chuva e frio não impedem focos de incêndio em quatro regiões do Pantanal

A mudança no tempo ajudou no trabalho dos bombeiros, mas os esforços dos brigadistas seguem intensos em quatro regiões que ainda registram focos de incêndio.

11 AGO 2024 • POR João Gabriel Vilalba • 11h00
Bombeiros e brigadistas tentam conter o avanço do fogo no Pantanal.   Foto: Brigada Alto Pantanal/IHP

As chuvas e a baixa temperatura no Pantanal Sul-mato-grossense ajudaram as equipes do Corpo de Bombeiros a conter novos incêndios. Apesar das temperaturas amenas, na madrugada deste sábado (11), os militares continuam com o trabalho intenso para combater os incêndios em quatro regiões.

As regiões afetadas são: Miranda, próximo a Salobra e ao longo da BR-262; Serra do Amolar; proximidades de Paiaguás; e Passo da Lontra, na Estrada Parque.

Outra região que exige atenção dos bombeiros é o Porto da Manga, localizado próximo a Corumbá. Nesta área, os militares estão vigilantes para novos focos de incêndio e, por isso, estão realizando apenas trabalhos de monitoramento no momento.

Em Corumbá, os termômetros registraram 12ºC na manhã de hoje (11). 

De acordo com informações meteorológicas do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), não há previsão de chuvas para este domingo na região. As temperaturas no Pantanal devem subir e alcançar até 25ºC. 


Pantanal: Mais de 1 milhão de hectares consumidos pelos incêndios

Os prognósticos sobre estiagem, risco extremo para fogo e possibilidade de cenário crítico dos incêndios florestais no Pantanal, feitos no começo do ano, chegaram neste mês. Agosto e setembro, na média histórica feita pelo Laboratório de Aplicações de Satélites, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ), são apontados como ápice para a estiagem e por isso com maior risco de propagação das chamas. O bioma deve alcançar a marca de 1 milhão de hectares queimados já neste fim de semana.

Em junho, quando houve o período mais crítico deste ano, o fogo chegou a destruir 14,6 mil hectares, em média, por dia. Em julho, quando o frio fez parte da rotina no Pantanal por cerca de duas semanas, a média diária de área queimada chegou a 4,8 mil hectares. Já nesta semana, mais específicamente entre a quarta e quinta-feira, foram consumidos 61 mil hectares em um dia.
 

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